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Mostrando postagens de julho, 2011

Dica ótima de graça! Você não pode perder esta oportunidade!

(Se Michelângelo fosse vivo como gostariam de pagá-lo? Ilustração de Luís Di Vasca , autor do blog sobre a piada que é ser artista no Brasil) Talentoso, inteligente, irreverente e atrevido! Estas são apenas algumas das qualidades de Luís Di Vasca que aparecem ao longo da troca de diálogos feitas entre ele e seus quase sempre prováveis clientes. Cheguei até lá por dica da Lolíssima e não me contive! Um blog com material para uma excelente comédia de como se vê o trabalho do ilustrador e do artista de modo geral! Sucesso Luís!!! E dinheiro como pagamento!!!

Na Suécia também não tem... problema de pisar na grama

 (Piquenique com dezenas de amigos em meio ao gramado do FölketsPark, Midsommer, Malmö, 2010) Eu já era razoavelmente velhinha quando fiz minha primeira viagem à Europa e ela foi não só inesquecível como também transformadora. Eram muitas coisas diferentes, nunca vistas, nunca vividas, conhecidas só em filmes e livros sobre as quais eu poderia escrever muitos textos a respeito. Entre tanta coisa me lembro muito bem da felicidade de ter visto aquele povo todo espalhado pelos gramados das cidades lisboetas, francesas, espanholas e belgas.  As pessoas não estavam fazendo nada de muito especial. Uns liam, outros conversavam, dormiam, descansavam, namoravam, ficavam literalmente de papo pro ar apenas ali deitados nos gramados verdinhos e cheios de florezinhas brancas e amarelinhas que nasciam na relva úmida.  E também me lembro de ter desejado poder voltar muitas outras vezes e sonhado em poder viver num daqueles lugares, onde a vida parecia tão bucólica, algum dia. (Esquilo se alime

"Vem embora comigo!" nesta e em muitas outras sextas!

Gente querida, gente amiga, gente incentivadora, gente que gosta de arte, gente que faz arte, Convido vocês para inaugurar comigo hoje, sexta-feira, dia 29 de Julho, meu novo espaço chamado "Toda Sexta-Feira" com o qual venho dispendendo certas horas de trabalho para conseguir finalmente dar início ainda este mês. Será um espaço diferente daqui e também diferente do site que já havia apresentado a vocês. Este novo blog será destinado à apresentação e venda, toda nova sexta-feira, das minhas pinturas e objetos de arte de forma sistematizada e mais facilitada. Aguardo vocês lá! Será um prazer tê-los também lá comigo! O endereço do blog é: http://todasexta-feira.blogspot.com/ E ele está vinculado a uma loja virtual minha no seguinte endereço: http://www.elo7.com.br/todasextafeira/ Sejam muito bem vindas e muito bem vindos para apreciação e também sugestões! Beijocas! Somnia.

Síndrome de Homer, episódio no. 3: tv, panela e sala de espera

Dia de retorno ao médico.  Sem paciência para o elevador tomo as escadas. Chego na sala, senha na mão, escolho um lugar quieto. Quase toda a gente está de pescoço esticado, olhos fixos na tela da fina TV presa ao teto.  Num outro canto um painel com luzes e números: 118. Caramba! Checo meu número novamente: 126. Então deixa eu ver o que esse povo anda olhando tanto ali... Afinal eu nunca tenho tempo para assistir à televisão. Bom momento de aproveitar... Hum... Cerro os olhos tentando ler as legendas porque o som está desativado. Percebo que trata-se do programa de uma conhecida apresentadora brasileira, Ana Maria Braga, alguém de quem eu já ouvi falar e vi bastante fotos em revistas de fofoca. Uma moça, vestida de branco, chora muito... E então a câmera volta para a apresentadora que fala uma porção de coisas entre elas algo o qual consigo ler: "panela". Hummmm... panán! Outra senha! Caramba! 121! Até que está indo rapidinho... Olho pra lá, olho pra cá e lá está a m

Na Suécia também não tem... que dar sinal para o circular parar

(Ônibus do sistema Skåne Trafiken que opera na região onde fica Malmö, Suécia) Aproveitando o ensejo do tema anterior ... Pois é. Nada de esticar o braço, apontar o dedinho para pedir ao motorista do ônibus que pare no ponto para você. No país da gente discreta e organizada você deve proceder assim ao ver que o ônibus se aproxima: Dê um passo para a frente. Mantenha-se próximo da placa sinalizadora do ponto. Olhe para o motorista, pois isso já dará idéia de que você tem a intenção de embarcar. Ainda assim, atenção! Se você ficar no ponto, mas estiver claramente fazendo outra coisa, sem essa postura de "esperando pela parada" e ninguém mais for tomar aquele ônibus pode ser entendido que aquela não é sua condução. Neste caso sim, o motorista irá adiante e não adianta gritar, se descabelar, tentar se jogar na frente do veículo porque eles não páram meeesmo! Simples assim. E não se preocupe porque se você fizer tudo como manda o figuro sueco da discrição e boa educa

Na Suécia também não tem... cobradora e cobrador de ônibus

(Interior de ônibus do sistema de transporte público de Malmö, sem roleta, sem cobrador) Terça de mannhã e não posso perder o hábito de? Tá tá tá! Pensar em Brasil e Suécia! Semana passada, e ontem novamente, tomando ônibus aqui na capital para ir aqui e ali resolver coisas adivinha qual foi o post que pensei não poder deixar passar? Yes! Na Suécia, assim como em vários outros países na Europa, não tem uma pessoa especial para cobrar as passagens de ônibus no transporte público. Eu sempre notei isso. Notei logo nos passeios de tempos por algumas capitais européias, mas na Suécia chamava mais ainda a atenção por conta do sistema hiper-mega-blaster organizado. O sistema em muitos países por onde passei era assim: a gente compra o ticket antes em alguma máquina ou balcão pelas estações rodoviárias e aí deve ter sempre junto da gente porque, tome cuidado! um cobrador pode aparecer repentinamente e checar se você não tentou engabelar o sistema. Então, embora não haja roleta e uma p

Ao que nos é dado todos os dias.... de graça!

The Aurora from TSO Photography on Vimeo . Amanhã a pequena criatura que vivi com a gente, de cachos caramelos, olhos vivos e profundos, um sorriso quase eterno faz 4 anos. E eu agradeço a oportunidade de conhecê-lo! Feliz Aniversário meu querido e amado Ângelo! Você é das coisas mais belas da natureza...

Na Suécia também não tem... problema de jogar papel no vaso

Toda vez que eu volto aos posts desta sessão "Na Suécia também não tem" eu pareço receber uma avalanche de idéias, das mais interessantes às mais idiotas e besteironas. Estando no Brasil eu tenho vontade de escrever um post da série a cada meia hora de tantas diferenças e nuances marcantes entre o meu país e o país da minha amiga Victória. E vou tentar dar um fim em um que me atormenta cada santa vez que consigo ir ao banheiro aqui no Brasil. "Não jogue papel no vaso sanitário" é um recado recorrente em banheiros públicos, mas eles simplesmente não servem para quem viveu tanto tempo jogando o papel exatamente dentro do vaso porque lá esta era a única opção aceitável e correta. Na Suécia a gente não jogava papel higiênico no cestinho ao lado do vaso. Cesto servia apeans para outro tipo de lixo que não fosse papel. Simples assim e algumas das razões são: - o papel higiênico, como qualquer outro papel, é biodegradáve l. Todo sueco e sueca sabe então que o papel

Na Suécia também não tem... que fazer rodeios para dizer "não"

(Tô de mal!, "Não falo com você", Natalie Dee ) "Knowing me, knowing you There is nothing we can do Knowing me, knowing you We just have to face it, this time we're through... Breaking up is never easy, I know but I have to go... Knowing me, knowing you It's the best I can do..." (ABBA, Knowing me, Knowing you) A respeito dos suecos e suecas se pode dizer muitas coisas, e embora eu ache esta afirmação um tanto polêmica, ouso afirmar que ao contrário dos brasileiros os suecos não fazem "rodeios" nem "floreamento" para dizer o que desejam. Comparem comigo o seguinte exemplo: semana passada eu recebi uma moradora do nosso condomínio pedindo para que eu participasse de um abaixo assinado  a favor da permanência do nosso zelador quem a nova síndica decidiu despedir. Concordei rapidamente e assinei de cara, mas ainda assim, os 5 minutos de conversa entre eu ela foram recheados de talvez umas 17 vezes da seguinte frase: "... olha é pa

"A persistência da Memória": Dali, Freud e nós no mesmo barco

(A persistência da memória, Salvador Dali) Há pouco estava descascando laranjas limas para a sobremesa e uma memória muito forte me veio à mente: meu pai, no dia em que morreu, descascando e chupando várias pequenas laranjas limas. Esta foi uma memória constrúida. Eu não estava presente, minha mãe quem me contou isso e eu somei àquilo que eu já conhecia sobre meu pai e seu amor por esta fruta. Entretanto, a partir do dia em que ouvi a narrativa de minha mãe, mais de 7 anos atrás, eu nunca mais fui capaz de chupar laranja lima sem "reviver" esta cena. É como se eu tivesse construído-a para mim de forma a acabar acreditando que eu estava presente quando meu querido pai teve uma parada cardíaca na cidade onde eu cresci, mas não mais morava... É pacificador, me tranquiliza. Ao contar isso, minha amiga Elo me contou uma memória persistente dela sempre que executa a mesma tarefa... E outra, Daníssima, pelo facebook, disse pensar em mim sempre que ouve a música "Dancing q

"La ci darem la mano": o passado presente num milésimo de segundo

(Dueto de Pavarotti com Sheryl Crown, "La ci darem la mano", Don Giovani) Estou aqui, um pouco em meio ao caos que eu mesma criei em meu ateliê-escritório. Tem mais ou menos uns duzentos livros espalhados, potes de tintas pra lá e pra cá e uns tanto mais objetos. Tenho uma mania maluca de organizar a casa externa para daí começar a me arranjar por dentro. É tempo de procura por trabalho, de mudança radical na vida levada nos últimos anos. Tudo isso requer energia, organização e mesmo que eu esteja totalmente sem tempo quando vejo já estou com todas as prateleiras no chão tentando organizar as coisas... Ao som de Pavarotti bem alto, enquanto a criançada brinca comigo por aqui ao mesmo tempo agora, eu percebi isso: o quanto tantas coisas em mim, na gente, não mudam nunca! Lembro de ter uns doze, treze anos de idade e fazer a mesma coisa na casa de minha mãe. Escondida e em silêncio eu organizava meu quartinho, meus poucos livros, minha cama, ouvindo música clássica na

O curioso caso do menino invisível

(Pôster do intrigante e comovente "O Curioso Caso de Benjamin Button) Mais uma estação e as portas do trem se abriram rapidamente. Uma pequena multidão brigou no olhar por um e outro assento, entre eles uma jovem mãe e seu bebê. Os olhos de Sonildes quase voltaram ao livro deitado em seu colo, mas algo a fez parar por alguns milésimos de segundos meio assustada. O horror estampado na pele, na face de uma pequena criança. A viagem era rápida e estar ali com mãe e filho em frente, ouvir a mãe cantarolando tão serenamente e feliz com seu filho era uma vivência mais forte do que Sonildes esperara enfrentar naquela rápida viagem de metrô de sua casa até o centro da velha São Paulo. O bebê era feliz. Sorria e respondia muito aos carinhos da jovem morena, cuja idade provavelmente não passava de uns 26 anos. O que chamava atenção de Sonildes e de todos ao redor era a face do menino. Suas pálpebras caídas e muito avermelhadas ficavam ainda mais à mostra naquela pele toda solta, esca

Segunda sueca

("Guldlock", Eva Dahlgren) O dia em São Paulo amanheceu chuvoso. Céu cinza. Apesar da baixa temperatura na madrugada, o dia não é frio, mas é um típico dia de inverno brasileiro. Ao preparar o café da manhã ainda no escuro lembrei-me das muitas e muitas manhãs de inverno na Suécia. A atmosfera mais quieta, a névoa, o escuro e automaticamente precisei ouvir Eva Dahgren que para mim é a cara do lado frio e fechado da Suécia. Ao mesmo tempo a forma quieta e contida de ser dos suecos e suecas. Esta música é linda, minha preferida da cantora quem, aliás, diz no início deste vídeo acima, antes de cantá-la, que é também a música que ela mais ama cantar.  Dá para sentir um peso na melodia, mesmo que não se entenda a letra... Lembro-me ter ouvido na casa de uma amiga também sueca e pedido emprestado. Amava mesmo antes de entender qualquer palavra, antes de estudar a língua. Abaixo a letra em sueco e uma versão fraquinha tomada no google só para vocês terem uma idéia do senti

TV aberta e qualidade de programação é um casamento impossível?

("Branco profundo", Michael Kvium ) Assisti (pela primeira vez ao vivo e não pela internet) ao que considero ser o melhor episódio do programa SOS Casamento , da emissora do Senor Silvio Santos Abravanel, no SBT. Antes, porém, que eu continue este post é preciso fazer meu costumeiro papel de chata e dizer o contrário do que possa parecer. Não. Eu não sou nenhum pouco fã de televisão. Eu não vivo a escrever sobre programas televisivos, mesmo porque quem me conhece sabe qual minha visão sobre o exagero do papel da tevê no nosso país. Posso dizer, entretanto, que Ana Canosa e a equipe de SOS hoje fizeram eu me lembrar alguns dos porquês. Eu detesto tentar usar o raro e precioso tempo que tenho em frente à televisão para descansar, me distrair, aprender, me entreter e sentir como minha inteligência está o tempo todo sendo subestimada. Eu não tenho nenhuma tolerância com piadinhas preconceituosas , agressões de baixo nível só pelo ser, só para conseguir ibope. Eu o