Entre o corre corre do penúltimo dia no Brasil, resolvi tomar um táxi entre o metrô Sumaré e minha casa. Estava sozinha. Ângelo havia ficado com a Vavá dele. O calor era imenso. Eu estava exausta e ansiosa por terminar tudo. Havia passado o dia andando de lá para cá, de cá pra lá na loucura de São Paulo e tudo que desejava era chegar em casa o mais rápido possível. O táxi era para mim apenas um meio para se chegar ao fim. Quem o dirigia? Não pensei nisso. Eu havia tomado inúmeros táxis nas últimas semanas e nenhum deles, de longe, me fizeram lembrar "J ohn", o táxista inglês . Um ou outro era indiferente, estava a cuidar de sua vida como eu da minha. Um outro teve a coragem de dizer que não entendia porque nós mulheres resolvemos dirigir carros, já que a única coisa que deveríamos pilotar seria o fogão em casa. Esse um, que dirigia mal pra caramba e ia todo nervoso na direção, não mereceu nem mesmo uma palavra minha. Nem mesmo um olhar. Só o dinheiro que eu fui obrigada a lh