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Mostrando postagens de setembro, 2009

Quer uma mãozinha para arrumar uma namorada ou um namorado na Suécia?

("We are sleeping together", by Frischauge ) Eu não me lembro bem quem, mas alguém tava aqui em casa falando que o pai de não sei quem arrumou uma namorada super bacana na internet. Daí eu emendei com um causo que gosto muito sobre minha tia Vicentina, a irmã mais nova de meu falecido pai, com seu marido João. Os dois se conheceram, na década de 60, se minha excelente memória não me deixa mentir, através de um programa de rádio. Naquela época o rádio fazia o papel que a net faz agora: reunia gente interessante, sozinha e com dificuldade de encontrar sua alma gêmea. Toda vez que lembro deles ou os vejo vem na minha cabeça a Blitz cantando: "Estou a dois passos do paraíso.." Bom... Só sei que o assunto parece que vem batendo sempre a minha porta, porque uma outra amiga, jovenzíssima e solteira, que mora por essas bandas, me contou que ela se inscreveu num site de namoros daqui da Suécia. Eu adorei e pedi o endereço para passar para vocês, caras leitoras e caros leito

Como blogueira virei uma péssima respondedora de emails...

O email também morreu ? Não sei quanto a vocês, mas tenho me tornado cada vez mais péssima para pôr meus emails em dia. Provavelmente tem a ver com falta de tempo. Depois de ter filho percebo que aqueles emails gigantes nos quais eu elocubrava sobre a vida de quase todas minhas amigas e também sobre a minha parou quase completamente.  Tem a ver também com o fato de ter me mudado para a Suécia há dois anos e meio e ter me distanciado da vida real dos amigos, portanto, o email acabou se tornando um meio mais ou menos superficial de manter contato , já que eu preciso manter toda a relação virtual e não só um pedacinho dela. Isso pode ser explicado também, segundo meu marido tecnologizado , através da mudança que vem ocorrendo de comportamentos. O email, para milhares de adolescentes e jovens, já tem sido visto como algo ultrapassado, velhinho assim como as cartas. E gente que tem usado de outros meios mais rápidos e dinâmicos de comunicação, como os sms dos celulares, sites de perfis

"Eu vejo flores em você!"

("Wood & Wool Stool, in: Dec or8 ) Gente bonita do nosso Brasil veronil e gente desse mundão belezura todo, Tivemos aqui uma semana muito das gostosas com a visita da minha sogritia Irene e da Tia Lourdes do Renato. A coisa de reencontrar a família e sentir-se num laço de irmandade é muito saudável. Faz bem para o corpo e para a alma. Tenho fotos e tal, mas não tive tempo nenhum de postar nada até agora. Espero ainda fazê-lo... As duas embarcaram hoje de manhã e ficamos orgulhosos delas que estavam ressabiadas no começo, porque não falavam outra língua que não o português, mas tudo saiu muito bem e estão agora quase nas bandas da Holanda. A casa tá meio vazia e fica saudade, mas a nossa rotina continua e vamos vivendo nossa Suécia linda e logo fria de cada dia. Eu, por hora, volto às minhas aulas e tenho aqui em mãos um livro super bonito de uma história bem sueca, Anna Hanna och Johanna. Preciso terminar de ler, escrever um resumo e apresentar amanhã lá na escola. Vou voltand

Finalmente as respostas!

(Tia Lourdes, Renato, a sogritia Irene e Angelinho, tomando "glas" em frente ao "Castelo do Hamle", em Helsingorg, Dinamarca, setembro de 2009) Gente querida, estou com a visita da sogritia e da Tia Lourdes aqui e não tive tempo de passar pelo blog nos últimos dias. Passeamos e Ângelo tem curtido a farra com elas aqui. Acabei de responder todos os comentários até o post do "Na Suécia também não tem que... vestir menina de cor de rosa". Desculpem mesmo pela demora! Eu sei que é muito chato voltar e ver que vocês estavam falando pras paredes, mas não mais! beijocas e ótimo dia!

"Só a bailarina que não tem...", carta aberta à Luana, um dia depois do seu aniversário

(Luana, num dia qualquer brincando comigo de pintura de bailarina, Brasil, janeiro, 2006) Lu, lindona da Tia, Ontem foi seu aniversário e a Tia Sônia se esqueceu totalmente. A Tia pensou muito em você nuns dias antes, mas ontem tinha muitas coisas para a Tia fazer que o dia acabou e a Tia não se lembrou. Hoje a Tia ligou pra você no seu telefone algumas vezes, mas acho que você estava na escola. Agora seu pai disse que você foi no cabelereiro. A Tia Sônia quer dizer com essa carta no blog que apesar de ontem ter esquecido seu dia e não ter falado com você sobre como seria sua festa do pijama com suas amigas, a Tia te ama muuuuito. Te adora como adora as coisas mais valiosas que tem na vida. A Tia Sônia também acha que você é a melhor sobrinha do mundo. Ah! e também a mais inteligente, porque até participa de campeonato de xadrez não é? E também uma das mais lindonas, tão linda quanto à bailarina que não tinha namorado, lembra? E também a mais atleta e esperta? Lembra se

Nove porteiras: o longo caminho até o paraíso das mães

(Eu, recebendo um delicioso abraço de Dia das Mães do Ângelo, sem querer aparecer direito na foto, porque não estava bonita o suficiente, maio de 2009) Eu e minha santa mãezinha Maria nunca fomos de ficar de muitas confissões sobre o que sentimos. Minha mãe fala muito e eu também, mas não falamos muito de nós mesmas. Falamos indiretamente. É nosso jeito de funcionar. Ela, extremamente amorosa e dedicada, eu agradecida e carinhosa como uma boa filha tenta ser. Eu não teria nada de novo para contar, não fosse uma conversa que tivemos no skype, bem ao estilo de mãe e filha, nas minhas últimas semanas, ou últimos dias antes de eu dar à luz ao Ângelo, dois anos atrás. Eu já com algumas contrações e com medo do que viria perguntei: "Mãe, como foi seu parto quando eu nasci? Ao que minha mãezinha, que vivia naquela época no meio de uma roça no interior de São Paulo com meu também santo pai José, me respondeu: - Ihhh... Eu tive que passar nove porteiras pra chegar ao hospital Sônia! - O

"(I've had) the time of my life..."

(O ator Patrick Sw ayze) Eu não sei mais porque cargas d'água ontem a noite fui ver uns sites de músicas e aí acabei lendo rapidamente sobre a morte de Patrick Swayze, aquele moço louuuro-lindo que fez eu e muitas outras mocinhas sonhadoras dos anos 80 imaginar um príncipe que dançasse com a gente balançando os ombros e olhando com aquele zoinho fechadinho, como ele fez em Dirty Dancing. Vi e li tanto e quis escrever um post ali mesmo, mas acabei deixando para hoje de manhã... Eu sei que é loucura, coisa de gente muito simprinha mesmo, mas eu tinha uma paixão por esse ator. Uma paixão adolescente daquelas que a gente não esquece. Mesmo depois de vinte e tantos anos, toda santa vez que eu via Dirty Dancing repetir na TV eu ficava lá parada olhando. Certa vez, estávamos em Milão, sim! em Milão, e a TV italiana reprisava o filme. Do quarto do hotel, eu tentava ver rapidamente entre uma troca de fralda e outra do Ângelo, mas desisti depois do Renato passar umas trocentas vezes em frent

Sabe aquele negocinho?

(Casal maluquinho, Liana e Thiago-Otávio na nossa festa do Midsomer, julho de 2009) Eu já falei muitas vezes sobre como isso de viver em outro lugar, falando uma língua que não é a nossa diariamente, ou, normalmente, falando duas línguas a mais que o português, acaba provocando uma confusão na hora de se expressar e mesmo um monte de dúvidas na hora de escrever. Eu faço isso o tempo todo, mas não com tanta graça e elegância. Veja só: O Thiago (ou Otávio para os íntimos), amigo de uma amiga nossa, a Liana , morou na Dinamarca desde seus 16 anos e agora está vivendo aqui na Suécia. Na volta de nossa viagem do fim de semana ele vinha explicando a sua mulher que ele havia gostado muito da viagem, patati patatá... mas que o único problema de fazer a pesca da lagostinha no lago era que: - ... o terreno era muito ingrid! Quiá quiá quiá! A gente não consegue parar de rir até agora. Bom, mas o papo cabeça entre o casal internacional não parou aí. E Liana comentando que a paisagem era linda di

Na Suécia também não tem... que vestir menina de cor de rosa

(Foto de dois meninos brincando de bonecas numa das pré-escolas suecas exibidas no site de propaganda do lugar, fonte: Bjurhovda Södra Förskola) Eu venho pensado este tema há algum tempo, mas vinha adiando porque queria muito ter mais material para ele. Entretanto, o último post da Lola no qual ela fala do quanto a língua portuguesa é machista, bem como outras tantas, me fez lembrar do assunto. Decidi jogar o tema na mesa para discutirmos e aí vou tentando acrescentar a medida que conversamos juntos. Ou deveria dizer eu: juntas? já que a maior parte das pessoas que me lêem parece ser de mulheres? Eu sei que não existe (ainda) paraíso de igualdade entre os gêneros, mas a Suécia está muitos passos adiante do que vemos no Brasil e no mundo. Talvez por isso eu tenha sempre em mente tantas comparações e por isso coloque tanta atenção em coisas que uma amiga sueca, por exemplo, nem notaria. Há vários e vários exemplos de maior igualdade entre mulheres e homens aqui. Bom exempl

Cabana, lagosta e pesca: tudo que manda o figurino sueco

(Um dos senhorzinhos suecos super animados (falante, atleta e dançarino) que conhecemos na festa da Lagostinha no Malmöfestivalen, agosto de 2009) Gente boa, eu vi aí várias respostas ao post das fotos e outros, mas não vou conseguir responder antes da semana que vem... Voltei da escola e vou correr para arrumar uma bagagem gigante para sairmos hoje rumo à cidade Småland, aqui na Suécia. Vocês se lembram daquele festival da lagostinha do qual falei? Pois então, a gente vai para lá ficar em chalés com os amigos brasileiros, vários casais, e vai pescar - repito pescar - a lagostinha direto do lago que tem lá. E a pesca começa a meia noite - re-pi-to, a meia noite!. É claro que quando digo a gente eu não me incluo porque eu moooorro de meda de pensar em aranhas ou meu pé enfiado na água do lago a essa hora da noite, mas muitos dos maridos e algumas moleres estão animadésimas. E será assim que vamos participar de uma das mais antigas tradicionais suecas: pescar e comer sua própria lagosta

Leitor, mostre sua cara!!!

(Eveline Kupske Schwartzhaupt é um leitor tipo "gente que faz!!!" a diferença...) Essa lindona aí de cima é a famosa Eveline. Você nunca ouviu falar dela? A Eveline é uma das cento e trinta, cento e poucas pessoas que passam por esse blog diariamente. O número não é alto não, mas a qualidade é bótima! Essa minha leitora começou a me deixar recados há bom tempo atrás e sempre me deu uma coisa tão boa e super positiva. Entretanto, ao contrário de algumas de vocês que tem blog e quem de quem eu conheço ao menos um pouquinho, eu não fazia idéia de quem ou de como se parecia essa pessoa tão carinhosa que me escrevia sempre. O jeito de falar da Eveline me lembrava muito duas amigas brasileiras, de muito tempo atrás: sempre que falavam comigo elas pegavam na minha mão, de tão carinhosas. A Solange e a Susette. A Solange já se foi e a Susa mora em Bragança Paulista. Agora não é curioso que a gente se sinta tão próximo de alguém que nunca viu? E como podemos admirar gente que lemos em

DIálogos inesquecíveis com Ângelo: o sorvete du hooomi

(Vídeo: Ângelo tentando comprar sorvete na Alemanha, eu e Renato de "coadjuvantes" ao fundo, tia Dri filmando, agosto de 2009) Em, Hamburg, na Alemanha, Ângelo achou uma lanchonete com o símbolo da Kibom (que tem em todos os países aqui, mas muda o nome). Enquanto eu e Renato procurávamos o caminho do Museu, tia Dri filmou a tentativa dele de abrir a lanchonete fechada e comprar o glas (sorvete) com o dono do lugar, o o "homi" que ainda nem havia chegado...

Diálogos inesquecíveis com Ângelo: que bicho é esse?

(Ângelo curtindo a cama nova que tem duas ovelhinhas na cabeceira ou, segundo ele, dois bä bä vita lamm, agosto de 2009) Com um livro cheio de bichos nas mãos... - Ângelo, diz para a mamãe que bicho é esse? - É a Mamamuuu! - Como é que a vaca faz? - Múúú! - E esse? - Magaruga! (que quer dizer: tartaruga) -Ah... olha Ângelo... - Ahhh!!! (com cara de muito surpreso!) O bébé vita lam! (que quer dizer ovelha). Bérr Bérrr!!! - E esse outro? - Popónatu! - Hum... como o Hipopótamo faz? - Uaaauuu! - Olha Ângelo o tigre! - Não... (balançando a cabeça sério) não é tigui mamãe, é a onnnça! - Ah... então tá. E esse? - Cavalo! faz ió ió ió! ... Pequeno glossário sueco-português: * Vita: branco ** lamm: carneirinho *** bä bä vita lamm : nome de canção infantil sueca

Sobre os amores e amizades "incondicionais"

("Amigos são mágicos", Sascalia ) No caminho de volta da escola, vinha eu e minha amiga Liana no ônibus já que o vento e a chuvinha nos fizeram desistir de pedalar. Entre uma prosa e outra acabamos por falar dos diferentes tipos de relações que desenvolvemos com as pessoas. O assunto começou depois dela virar pra mim e dizer: "Vê se pára de reclamar! Você já reparou como reclamou hoje?" É claro! Uma alfinetada na sexta-feira não é nada tão aprazível, mas levei mesmo numa boa. Mesmo porque ela disse numa boa e temos daquelas amizade saudáveis onde se tem abertura pra falar o que se está sentindo. E foi aí que expliquei a ela que eu já havia percebido que sou mesmo o tipo reclamão quando estou com ela. Não quer dizer que eu não adore sua companhia etc. Eu gosto e muito! Minha amiga é carinhosa, sabe ouvir, é divertida e é companheira. Sem contar que é meio multi uso, do jeito que admiro. E obviamente eu não sou só uma mala sem alça ao lado dela, caso contrário, ela t

"Je suis en enfant", Diário de bordo, parte 2: Paris é nossa!

(Museu Des Invalides, foto de Dri Cechetti, antes de minha chegada, agosto de 2009) A primeira coisa que aprendi quando voltei de minha (até tardia, mas antes tarde do que nunca!) primeira viagem internacional, em 2003, foi que não dava e não adiantava tentar contar tudo. Percebi que ninguém entenderia o que havia se passado naquela viagem. Foi o que ocorreu quando fui mostrando as fotos de Lisboa, um lugar que só de falar o nome eu ouço o fado no meu ouvido, bem como quando mostrei as fotos de Madri, onde gastei mais horas dentro do inesquecível Museu do Prado do que pelas ruas e em Paris, o lugar de sonhos onde nossa viagem terminara naquele ano.   (Num restaurante qualquer de Lisboa, degustando o fado pela noite afora, ,Lisboa, setembo de 2003) Lembro-me de mostrar o álbum e dizer: "Mas esse monumento era muito, muito grande...", tentando explicar a sensação que fora estar diante daquilo. Entre todas as imagens, o Jardim de Versailles era a coisa que mais tinha me deixado