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Mostrando postagens de abril, 2010

Yellow na música e na pintura

("Yellow", acrílico e massa corrida sobre tela, Somnia Carvalho, 2010) Estou aproveitando toda a inspiração provinda dessa nova fase da gravidez e da Primavera e pintando tudo que tenho vontade. Estipulei um prazo para fazer por aqui uma pequena vernissagem (já que funciono sobre pressão) para os amigos e a tela acima é mais um resultado. Para quem gosta do amarelo vai essa que faz parte de uma série que estou fazendo baseada toda em música. A idéia é deixar-me contagiar pelo que ouço e aí ir pintando, ou transferindo, minha leitura da música para a tela, entrelaçando as duas artes. A primeira tela da série foi comprada pela amiga Niko l e se chama " The hours with Despeche Mode ". A azul foi pintada ao som da maravilhosa " The poet acts ", tema do filme "As horas", de Philip Glass e a parte vermelha e mais escura ao som de " Precious " e " Enjoy the Silence " do Despeche Mode. A segunda é mais recente. Toda em tons de azul f

"Todo mundo sabe que eu não sou sueca quando..."

("Um casal feliz", tela, bem mal fotografada, que fiz muito antes de sonhar vir morar na Suécia, Somnia Carvalho, 2003) . ..passo em minha bicileta de manhã, com 7 graus no termômetro e céu nublado, cantarolando em voz alta como se já fosse primavera. Explico: Os suecos só usam preto ou roupas escuras no inverno e música na bike só se for do walkman. Apenas quando a temperatura aumenta para uns 10 graus e a Primavera começa meio que oficialmente é que se mudam as cores das roupas e todo mundo se sente feliz e se sente bem em demonstrar isso... Sem cantar na bicicleta obviamente, porque eles são suecos não deslumbrados como eu. ______________________________ ps: começo hoje esta sessão nova, fazendo um brincadeira com os posts de minha amiga Ju Moreira quem, baseada num livro daqui, escreve uma sessão intitulada "Você sabe que é sueco...", confira neste link .

"Na Suécia também não tem..." TV em consultório e hospital

(Menina lendo livro, escultura de bronze, site do Jardim Japonês , Inglaterra ) Esse assunto é velho, velho para mim, porque simplesmente todas as vezes que fui a um hospital ou clínica de saúde aqui na Suécia eu pensei neste post, mas passou... Ontem, eram 7:47 da manhã e peguei minha bike para ir a uma consulta que seria as 8:00 da manhã. Cheguei lá 7:51. O lugar fica há dois quarteirões de casa. A clínica é particular ( Cura Kliniken , para quem vive aqui), onde comecei com o Dr. Bo (dá pra ver o simpático doutor "velhinho" que na foto deve estar uns 20 anos mais jovem, e que no Brasil já estaria aposentado), mas mesmo assim não pago consultas ou ultrassons que estejam na lista dos direitos de grávida, estabelecidos pelo sistema de Saúde. Por isso posso usar a clínica do lado de casa e chegar em três minutos. Ter atendimento bom e não pagar nada mais por isso. Coisas de Suécia! Outra coisa de Suécia é que ao chegar eu vou lá para uma saletinha especial, com sofás super con

Deu azul!

(Coleção bebê primavera verão da loja sueca H&M) Sim! O resultado acabou sendo azul. Depois que fizemos o ultrassom hoje e confirmamos qual o sexo do nenenzinho aqui dentro da Violeta Paz (além de saber que está tudo crescendo muito bem) eu passei numa das lojas que gosto daqui e comprei essa primeira roupinha pela qual eu vinha babando as últimas semanas... Azulzinha, exatamente da cor da nossa menina. (O ultrassom de 18 semanas da primeira netinha da Vavá e do Vô Caetano e da segunda da Vó Maria, 14 cm e 220 gramas, Malmö, 2010)

Violeta Paz é que eu me chamo!

("Violeta Paz", detalhe da tela que fiz hoje, inspirada pela postagen lilás, Somnia Carvalho, abril 2010) Semana passada eu fui contagiada pelo vermelho de vocês e tentei, tentei ardentemente criar uma tela em vermelho... Eu queria mostrar como essa cadeia de influência, essa rede que se chama internet pode nos afetar negativa ou tão positivamente. Depois de ler a história do vermelho cabelo da avó da Glorinha eu queria pintá-la... queria pintar sua força e sua ingenuidade. Queria pintar sua feminilidade e queria pintar o amor de sua neta por ela. E como minha tentativa de expressar em cores o que sentia não funcionava fui tentando outras telas. Tentei em três telas diferentes algumas idéias... criar uma tela em vermelho (a partir de uma foto preto e branco) da minha sogra Irene no dia de seu casamento sendo pega pelo meu sogro Caetano, num ato espontâneo de amor... Depois tentei uma dançarina de tango e parei na metade... Depois minha linda amiga Liana

Estamira! Para toda ação há uma reação...

(Cena do documentário "Estamir a", de Marcos Prado, 2004) Desde o post da semana passada sobre minhas ações com o meio ambiente, tenho ido de bicicleta levar parte do meu lixo que eu não conseguia reciclar no prédio onde moro atualmente. Na Suécia, o sistema de reciclagem do lixo é bastante organizado e está entre os melhores do mundo, apesar de eu perceber que não há uma padronização em todos os condomínios e também que há gente que reclame da demora do recolhimento das caçambas em áreas distantes. O sucesso da reciclagem do lixo no país é uma combinação de várias ações diferentes, cada qual tomando para si sua responsabilidade: 1. A Prefeitura cobra que todos os prédios comerciais e residenciais usem latões de plástico, onde são feitos a coleta seletiva pelos moradores, incluindo os que vivem em casas no centro ou fora dele. 2. Há cobrança de um aluguel mensal pelos latões que são distribuídos pela Prefeitura, então, cuidar do lixo acaba custando no bolso, de alguma forma.

Vulcão na Islândia e caos em todo norte da Europa

(As lavas do Vulcão que explodiu ontem na pequena Islândia) Se não provocasse tanto caos e oferecesse perigo, ver um vulcão em erupção estaria entre os grandes efeitos da Natureza maravilhosos de se ver. Na verdade está para muitos turistas que se dirigem para regiões vulcânicas a fim de ver os efeitos destes. Ontem, um enorme vulcão, na pequena ilha chamada Islândia (terra Natal da amiga Karen ) entrou em erupção e paralizou as atividades de dezenas dos mais importantes aeroportos da Europa. Centenas de milhares de pessoas tiveram seus vôos cancelados e os trens não foram suficientes para dar conta de quem queria voltar para casa. (Islândia: a pequena Ilha cravada sobre dezenas de vulcões e o norte da Europa, afetado pela fumaça negra) Nosso amigo Gustavo, marido da frequente leitora e comentadora Xu , que voltava à Suécia ontem de um vôo da China, aterrisou na Polônia porque o aeroporto Kastrup, em Copenhaguem, fechou as portas, sem condição de adminstrar vôo nenhum. O mesmo ocorreu

Do lixo ao luxo, parte 2: tendências "cabeça"

(De Paulo Coelho a Dante e Nietzche: "Assim falava Zaratrustra", "A Divina Comédia" alguns das dezenas de livros que peguei em meu lixo, títulos em sueco e inglês, Malmö, novembro 2009) Uma das idéias mais fortes que assimilei nos últimos tempos foi que especialistas de tendências e meio ambiente estão provando que nossas atitudes de ser, viver e consumir precisarão passar por uma mudança radical para que a vida no Planeta sobreviva. Entre tais tendências de comportamento lembro-me de que comprar produtos de segunda mãos era a mais forte delas, algo que vem acontecendo entre peguenos grupos, normalmente em países de primeiro mundo. Uma jaqueta valerá cada vez mais pelo valor passado que teve. Haverá marcas e assinaturas nas roupas para provar que o tempo que ela tem "vivido". E quanto mais usada, mais valor comercial terá. Comprar trecos e bugigangas será considerado crime e, em pouco tempo, os países precisarão ter medidas muito fortes contra o comércio d

Salvar o Planeta? Que tal fazer exatamente aquilo que você já está careca de saber?

"There's no time for us There's no place for us..." Meu (segundo) passeio aos Alpes Suíços me fez pensar demais na minha relação com a Natureza. E me fez relembrar casos e histórias que quiz contar aqui antes, mas não contei. As montanhas brancas, o poder que elas exerceram sobre mim e a beleza que pude desfrutar "gratuitamente" não me deixaram voltar a mesma, ainda que minha relação com a natureza e o meio ambiente já tenha mudado tremendamente nos últimos três anos de Suécia. Eu sou o tipo neurótica com sujeira na praia ou em qualquer lugar. No Brasil, em Riviera de São Lourenço, eu quase tive um colapso nervoso com uma família (aparentemente muito bem de renda) de umas 15 pessoas. A família "cóin cóin" comeu de TUDO que se possa imaginar das barraquinhas, porque tinha grana para pagar suas regalias. Até aí tudo bem. Ou não. Problema não foi que todos comeram muito. E que também beberam muito. Além de consumir MUUUITA água de côco diretamente da