Pular para o conteúdo principal

"Bendito seja o mesmo Sol"


("Sol levantando-se do trigo", Vincent Vang Gogh)


Aqui a manhã de segunda-feira, que começou com chuvinha e 1 grau, já começa a clarear. Para celebrar o dia e o Sol que tenta aparecer por entre as nuvens, uma bela poesia e duas belas pinturas...
Ótima semana para nós!


Bendito seja o Mesmo Sol
Fernando Pessoa (Alberto Caeiro)

Bendito seja o mesmo sol de outras terras
Que faz meus irmãos todos os homens
Porque todos os homens, um momento no dia, o olham como eu,
E, nesse puro momento
Todo limpo e sensível
Regressam lacrimosamente
E com um suspiro que mal sentem
Ao homem verdadeiro e primitivo
Que via o Sol nascer e ainda o não adorava.
Porque isso é natural — mais natural
Que adorar o ouro e Deus
E a arte e a moral ...

(in: Jornal de Poesia)



("Semeador que ajusta o Sol", Vincent Vang Gogh)

Comentários

Myrna disse…
Oiês!!!!!!

Muito ao contrário daí aqui temos um soléu de rachar mamona como diria minha avó, muito calor!!! Puf, puf!!!!

Que bom que ele está retornando por aí para dar mais colorido ainda a esse bloguxo!!!!1

Muitos beijinhos

Myrna e Ana
Anônimo disse…
Olá Somnia!
Espero que vc tenha uma semana "ensolarada" e repleta de energia positiva e felicidade;
"descobri" seu blog a bem pouco tempo e adorei a forma como vc escreve suas impressões sobre a Suécia.
Vou me casar com um sueco e morar aí em Malmö no próximo ano e nas minhas buscas pela Internet, só encontrava relatos "negativos", estava ficando "desanimada", qdo enfim, encontrei seu blog feliz.
Parabéns pela forma como vc escreve! O título virtual (seu penúltimo post), bem que poderia ser de verdade...
Outra coisa importante: o Angelo é um fofo!!!
Abraço e que Deus continue abençoando a vc e sua família, sempre!
Obrigada por me fazer acreditar que embora viver em outra cultura seja difícil, nossa experiência pode ser encarada, ainda sim de forma otimista.
Janaina Souza
Somnia Carvalho disse…
Myrna, então pega uma cor por mim!!! e beijos gelados na Ana!!!
Somnia Carvalho disse…
Janaína,

Å för all dell!!! Você é muito bem vinda por aqui!!! No blog e em Malmö, que considero meu lugarzinho ao sol, no momento.

Pois é... eu sei... muita gente tem o trabalho de fazer um blog para reclamar bastante do lugar onde está e você sabe que sua futura terra para nós brasileiros é muito gelada. Mas você tem sorte porque virá para o sul, aqui não faz tanto frio e quer saber? a gente vai pra rua todo santo dia, com chuva, com neve, com frio de -14. Sim!!! a vida é dura, por um lado, quando se vive fora, mas maravilhosamente cheia de compensações, por outro. Você vera! prepare-se, claro, para dias de tristeza e saudade... dias de choro e solidão, são normais... mas eles existiriam se voce continuasse ai no Brasil tambem... demodesque... vale a pena, porque, ao que parece, sua alma tá longe de ser pequena...
peguei seu email... te mando uma mensagem.. abraco, sonia.
Anônimo disse…
Faça chuva ou faça sol...vou adorar ficar aí com vocês!

E acho que nem vc esperava virar uma "celebridade" virtual. Tô muito orgulhosa da minha cunhada embaixatriz...

Bjs e contagem regressiva!

Tia Dri

Postagens mais visitadas deste blog

"Em algum lugar sobre o arco íris..."

(I srael Kamakawiwo'ole) Eu e Renato estávamos, há pouco, olhando um programa sueco qualquer que trazia como tema de fundo uma das canções mais lindas que já ouvi até hoje. Tenho-a aqui comigo num cd que minha amiga Janete me deu e que eu sempre páro para ouvir.  Entretanto, só hoje, depois de ouvir pela TV sueca, tive a curiosidade de buscar alguma informação sobre o cantor e a letra completa etc. Para minha surpresa, o dono de uma das vozes mais lindas que tenho entre todos os meus cds, não tinha necessariamente a "cara" que eu imaginava.  Gigante, em muitos sentidos, o havaiano, e não americano como eu pensava, Bradda Israel Kamakawiwo'ole , põe todos os estereótipos por terra. Depois de ler sobre sua história de vida por alguns minutos, ouvindo " Somewhere over the rainbow ", é impossível (para mim foi) não se apaixonar também pela figura de IZ.  A vida tem de muitas coisas e a música é algo magnífico, porque, quando meu encantamento por essa música come

"Ja, må hon leva!" Sim! Ela pode viver!

(Versão popular do parabéns a você sueco em festinha infantil tipicamente sueca) Molerada! Vocês quase não comentam, mas quando o fazem é para deixar recados chiquérrimos e inteligentes como esses aí do último post! Demais! Adorei as reflexões, saber como cada uma vive diferente suas diferentes fases! Responderei com o devido cuidado mais tarde... Tô podre e preciso ir para a cama porque Marinacota tomou vacina ontem e não dormiu nada a noite. Por ora queria deixar essa canção pela qual sou louca, uma versão do "Vie gratuliere", o parabéns a você sueco. Essa versão é bem mais popular (eu adorava cantá-la em nossas comemorações lá!) e a recebi pelo facebook de minha querida e adorável amiga Jéssica quem vive lá em Malmoeee city, minha antiga morada. Como boa canção popular sueca, esta também tem bebida no meio, porque se tem duas coisas as quais os suecos amam mais que bebida são: 1. fazer versão de música e 2. fazer versão de música colocando uma letra sobre bebida nela. Nest

O que você vê nesta obra? "Língua com padrão suntuoso", de Adriana Varejão

("Língua com padrão suntuoso", Adriana Varejão, óleo sobre tela e alumínio, 200 x 170 x 57cm) Antes de começar este post só quero lhe pedir que não faça as buscas nos links apresentados, sobre a artista e sua obra, antes de concluir esta leitura e observar atentamente a obra. Combinado? ... Consegui, hoje, uma manhã cultural só para mim e fui visitar a 30a. Bienal de Arte de São Paulo , que estará aberta ao público até 09 de dezembro e tem entrada gratuita. Já preparei um post para falar sobre minhas impressões sobre a Bienal que, aos meus olhos, é "Poesia do cotidiano" e o publicarei na próxima semana. De quebra, passei pelo MAM (Museu de Arte Moderna), o qual fica ao lado do prédio da Bienal e da OCA (projetados por Oscar Niemeyer), passeio que apenas pela arquitetura já vale demais a pena - e tive mais uma daquelas experiências dificilmente explicáveis. Há algum tempo eu esperava para ver uma obra de Adriana Varejão ao vivo e nem imaginava que