Pular para o conteúdo principal

"Somewhere on a desert highway"...


(Unknown Legend, Tunde Adebimpe)

Seguindo minha rotina do domingo (dos feriados e de todos os dias), ontem eu estava de pé às 6 da matina. Sim! As mães gostam de dormir até tarde, mas desde que sou uma este é um desejo riscado do caderninho, inclusive porque, se a criançada não acorda (o que é raro!), o corpo já acostumado desperta.

Café da manhã caprichado pra todo mundo, água para as plantinhas e orquídeas, músicas deliciosas na vitrola moderna e muito passarinho cantando na sacada. Domingo delicioso? Sim, mas não perfeito.

Sei pela minha mãe ao telefone que meu vô João, com seus mais de 90, está na internado numa UTI. Penso na vida. No tempo e no tempo de cada um. Ao contrário do que deveria ser não fico triste ou pessimista. Visualizo meu avô no quintal de terra de sua casinha ao lado de minha avó, quem sempre me pergunta o nome das crianças e do Renato. E também onde estou morando... Vejo ainda o sorriso com que ele nos recebe todas as poucas vezes que por lá chegamos e como chora ao irmos embora para que voltemos logo...

Coloco a trilha de "Rachel getting married", filme cujo tema são as relações familiares e sobre o qual escrevi uma crítica semana passada. A história, suas canções e sua atmosfera ainda não me saiu da cabeça. É sempre assim!  Filme bom nunca acaba quando os créditos dele começam. E a gente nunca quer se levantar rápido da cadeira para ir embora ou desligar a TV.

Me dei conta também de que, apesar de ter falado muito da trilha sonora, acabei me esquecendo de colocá-la para vocês ouvirem e então está aqui duas versões de uma das músicas, Unknown Legend (Lenda Desconhecida) tema para começarem sua segunda feira. E a gente pode começar meio conectado já!

Tenho tanta dúvida de qual versão gosto mais que estou colocando a mais cool, cantada no filme pelo músico e ator Tunde Adebimpe, quem fez o o papel do noivo e a canta  para Raquel na troca de alianças, e também a balada original, de Neil Young, cuja balada mais brega faz a gente dar uma viajada pela estrada.

Então convido você a partilhar desse meu pequeno prazer e espero que sua semana seja muito boa ou ao menos que você a encare como tal porque algumas sensações e experiências na vida podem ser perfeitas, completas e inteiras, mas a vida em si é um misto destas com outras nem sempre boas ou muitas vezes bem ruim.

ps: Ah! e continuem votando nos melhores textos do nosso concurso, porque a contar pelos votos que não param de se distribuir, tudo isso será muito excitante!


((Unknown Legend, Neil Young)


Unknown Legend

"She used to work in a diner
Never saw a woman look finer
I used to order just to watch
her float across the floor
She grew up in a small town
Never put her roots down
Daddy always kept movin',
so she did too.

Somewhere on a desert highway
She rides a Harley-Davidson
Her long blonde hair
flyin' in the wind
She's been runnin' half her life
The chrome and steel she rides
Collidin' with
the very air she breathes
The air she breathes.

You know it ain't easy
You got to hold on
She was an unknown legend
in her time
Now she's dressin' two kids
Lookin' for a magic kiss
She gets the far-away look
in her eyes.

Somewhere on a desert highway
She rides a Harley-Davidson
Her long blonde hair
flyin' in the wind
She's been runnin' half her life
The chrome and steel she rides
Collidin' with the very
air she breathes
The air she breathes."


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

"Ja, må hon leva!" Sim! Ela pode viver!

(Versão popular do parabéns a você sueco em festinha infantil tipicamente sueca) Molerada! Vocês quase não comentam, mas quando o fazem é para deixar recados chiquérrimos e inteligentes como esses aí do último post! Demais! Adorei as reflexões, saber como cada uma vive diferente suas diferentes fases! Responderei com o devido cuidado mais tarde... Tô podre e preciso ir para a cama porque Marinacota tomou vacina ontem e não dormiu nada a noite. Por ora queria deixar essa canção pela qual sou louca, uma versão do "Vie gratuliere", o parabéns a você sueco. Essa versão é bem mais popular (eu adorava cantá-la em nossas comemorações lá!) e a recebi pelo facebook de minha querida e adorável amiga Jéssica quem vive lá em Malmoeee city, minha antiga morada. Como boa canção popular sueca, esta também tem bebida no meio, porque se tem duas coisas as quais os suecos amam mais que bebida são: 1. fazer versão de música e 2. fazer versão de música colocando uma letra sobre bebida nela. Nest

"Em algum lugar sobre o arco íris..."

(I srael Kamakawiwo'ole) Eu e Renato estávamos, há pouco, olhando um programa sueco qualquer que trazia como tema de fundo uma das canções mais lindas que já ouvi até hoje. Tenho-a aqui comigo num cd que minha amiga Janete me deu e que eu sempre páro para ouvir.  Entretanto, só hoje, depois de ouvir pela TV sueca, tive a curiosidade de buscar alguma informação sobre o cantor e a letra completa etc. Para minha surpresa, o dono de uma das vozes mais lindas que tenho entre todos os meus cds, não tinha necessariamente a "cara" que eu imaginava.  Gigante, em muitos sentidos, o havaiano, e não americano como eu pensava, Bradda Israel Kamakawiwo'ole , põe todos os estereótipos por terra. Depois de ler sobre sua história de vida por alguns minutos, ouvindo " Somewhere over the rainbow ", é impossível (para mim foi) não se apaixonar também pela figura de IZ.  A vida tem de muitas coisas e a música é algo magnífico, porque, quando meu encantamento por essa música come

O que você vê nesta obra? "Língua com padrão suntuoso", de Adriana Varejão

("Língua com padrão suntuoso", Adriana Varejão, óleo sobre tela e alumínio, 200 x 170 x 57cm) Antes de começar este post só quero lhe pedir que não faça as buscas nos links apresentados, sobre a artista e sua obra, antes de concluir esta leitura e observar atentamente a obra. Combinado? ... Consegui, hoje, uma manhã cultural só para mim e fui visitar a 30a. Bienal de Arte de São Paulo , que estará aberta ao público até 09 de dezembro e tem entrada gratuita. Já preparei um post para falar sobre minhas impressões sobre a Bienal que, aos meus olhos, é "Poesia do cotidiano" e o publicarei na próxima semana. De quebra, passei pelo MAM (Museu de Arte Moderna), o qual fica ao lado do prédio da Bienal e da OCA (projetados por Oscar Niemeyer), passeio que apenas pela arquitetura já vale demais a pena - e tive mais uma daquelas experiências dificilmente explicáveis. Há algum tempo eu esperava para ver uma obra de Adriana Varejão ao vivo e nem imaginava que