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Mostrando postagens de 2012

Dia da Consciência Negra: pra quê mesmo?

("Fugacidade n. 11: modelo em lenço vermelho", Somnia Carvalho, acervo: Adriana da Mata) Quando eu comecei a pintar minha série " Fugacidade ", um trabalho misto com fotos de modelos de alta costura eu me deparei com um fato: a maioria esmagadora das modelos desta área eram brancas. Muito brancas: brancas de cabelos loiros ou brancas de cabelo preto. Eu queria pintar uma enorme variedade de mulheres lindas e continuar o projeto sobre como a juventude, a beleza assim como a moda são tão fugazes, mas eu só tinha modelos brancas lindas para trabalhar. As três Fugacidades Negras que pintei eu tive que pesquisar algumas horas a mais do que havia pesquisado para as anteriores. E enquanto eu fazia isso eu me lembrava de minhas "análises neuróticas" como nosso preconceito é velado. Uma separação invisível que é feita todos os dias no mundo todo entre brancos e negros. Eu fiquei, pra ser sincera, meio horrorizada com minha constatação e desde então eu venh

Azulejos em carne viva? O que você vê na obra de Adriana Varejão?

( "Azulejaria verde em carne viva" , Adriana Varejão, 2000) Gente querida, Domingão a noite e tô no pique para começar a semana! Meu grande mural preto, pintado na parede do escritório e onde escrevo com giz as tarefas semanais, já está limpinho, com a maior parte "ticada" e apagada. Estou anotando aqui o que preciso e gostaria de fazer até o fim desta semana e, entre elas, está finalizar a nossa apreciação da obra de Adriana Varejão , iniciada há dias atrás. Como podem ver eu não consegui cumprir o prazo que me dei para divulgação do post final, mas abri mão de me culpar e vou aproveitar para pensar mais na obra com vocês. Aproveito para convidar quem mora em São Paulo a visitar a exposição da artista, em cartaz no   MAM , Museu de Arte Moderna, no Parque Ibirapuera, com entrada gratuita e aberta ao público até 16 de dezembro deste ano. ("Parede com incisões a La Fontana", Adriana Varejão, 2011) Para "apimentar" a dis

Skyfall: 007 com muita ação, boa música e tomadas de tirar o fôlego

  (Skyfall, Adele, música tema do filme 007: Missão Skyfall, 2012) Ontem fui, acompanhada do meu 007 Renato, ver a pré-estréia do filme James Bond e tive uma noite de muita adrenalina e ação. Meus sonhos foram tão agitados quanto as cenas vistas, mas o que não me saiu mesmo da memória foi a abertura. De uma fotografia linda, pesada, até fúnebre somada a uma música de arrepiar da Adele - quem eu conheço um pouco o trabalho -, mas quem não tinha ainda me arrebatado como com a canção Skyfall. Além da abertura, há cenas maravilhosas como as feitas nos campos da Escócia e no topo de um edifício em Xangai. A luz, as sombras, as cores todas são tomadas como coadjuvantes quase toda vez que aparecem. David  Daniel Craig, na pele de James Bond, o loirão grande, até então sem muito sex appeal (pra mim) volta poderoso depois de ter sido "abatido" em uma missão. A morte do 007, o final do qual fala a música de Adele tem a ver com o fato de James Bond estar velho, fora de forma

A educação pela net e as novas formas de conhecimento

(Obra de Don Dalkhe, in: Emily Duong ) Uma tela em branco, tintas de várias cores, pincéis e crayons... Este foi o ambiente de uma de minhas últimas aulas de Filosofia da semana passada, no colégio onde dou aula. Ao invés da habitual sala de aula, um ateliê enorme de arte. A ideia era aprofundar o conceito de "tábula rasa" do filósofo John Locke para quem nós não somos mais do que uma somatória de experiências vividas ao longo da vida. Para este pensador, tanto o conhecimento quanto quem somos é algo que deriva da nossa relação com o mundo, de como nossos sentidos captam este mundo e o outro a minha volta. Cada vez mais tenho sentido a necessidade de extrapolar o espaço da sala de aula, buscar sensações para as reflexões, criar uma forma do conteúdo de Filosofia (e também Sociologia) não acabarem por ser mais uma disciplina a ser memorizada e aprendida para depois ser, como tantas milhares de coisas ensinadas na vida, esquecidas. Nesta aula, em especial, minhas alu

Por que eu quis ser professora?

("O Caderno", Toquinho, música que me lembra minha sobrinha Luana e minhas primeiras tentativas de ser a um exemplo para alguém...) Minha mãe me visitou este final de semana e esta é uma coisa que acontece raramente, dada a distância e outras circunstâncias... E eu, claro!, fiquei imensamente feliz e agradecida. Além da companhia, pude curtir com o "maridu" uma deliciosa festa. Entre tanta prosa ela se lembrou como na adolescência eu tinha me apegado à ideia de ser freira missionária e de quando algumas freiras nos visitaram em casa e eu visitei suas congregações na tentativa desesperada de ir ser missionária pelo mundo. Foi a primeira vez que contei à ela como eu desisti da ideia. Na época uma freira, quem depois se tornaria uma querida amiga, me mostrou como meus desejos pessoais não coincidiam com aquela vida. Ao me perguntar o porquê de eu querer tanto aquele caminho, eu respondi com toda ingenuidade do mundo: "é que eu quero mudar o mundo!"

O que você vê nesta obra? "Língua com padrão suntuoso", de Adriana Varejão

("Língua com padrão suntuoso", Adriana Varejão, óleo sobre tela e alumínio, 200 x 170 x 57cm) Antes de começar este post só quero lhe pedir que não faça as buscas nos links apresentados, sobre a artista e sua obra, antes de concluir esta leitura e observar atentamente a obra. Combinado? ... Consegui, hoje, uma manhã cultural só para mim e fui visitar a 30a. Bienal de Arte de São Paulo , que estará aberta ao público até 09 de dezembro e tem entrada gratuita. Já preparei um post para falar sobre minhas impressões sobre a Bienal que, aos meus olhos, é "Poesia do cotidiano" e o publicarei na próxima semana. De quebra, passei pelo MAM (Museu de Arte Moderna), o qual fica ao lado do prédio da Bienal e da OCA (projetados por Oscar Niemeyer), passeio que apenas pela arquitetura já vale demais a pena - e tive mais uma daquelas experiências dificilmente explicáveis. Há algum tempo eu esperava para ver uma obra de Adriana Varejão ao vivo e nem imaginava que

A pior ferida da corrupção é a desesperança

("Sem esperança") Há poucos dias da eleição para prefeitos e vereadores do país e o que vejo, ao debater com alunos e amigos sobre este momento, é uma total falta de esperança. Esta é a pior ferida que homens e mulheres no poder podem deixar em seu povo. O dinheiro desviado serviria para o investimento em educação, transporte, cultura etc e poderia melhorar a vida de tantos milhões de brasileiros e brasileiras que nem mesmo se lembram de ter esses direitos garantidos, isso por si só já é triste e revoltante. Entretanto, noto como, para além da perda material que a corrupção significa está a perda do sentido da política, como bem afirma Hanna Arendt. A pergunta acaba sendo não quem eleger mas para quê eleger. Para quê se as mãos depois serão lavadas no mesmo poço sujo. A corrupção desencoraja. Ela é um vício. Ela contagia. Ela serve tanto para o descrédito quanto para o incentivo de atitudes iguais. Ela obscurece a possibilidade da ética, do bem comum, do homem c

Quer outra vida agora? Domingo: Introdução Fórum Landmark no Rio de Janeiro!

(Poster do filme " Na natureza selvagem ")   Neste domingo: Reunião de Introdução ao Fórum Landmark, no Rio de Janeiro!!! Queridos e queridas, Falei bastante aqui da possibilidade de todos nós criarmos maneiras de ver a mesma realidade que vivenciamos a partir de um prisma nunca antes visto e experimentado. Falei ainda como descobri ser possível não só compreender o porquê de eu agir assim ou assado, de ser  quem eu sou com as pessoas e com as coisas importantes para mim mas, sobretudo, de criar possibilidades novas de agir em aspectos da minha vida nos quais eu me sentia travada, andando em falso, caminhando para trás. Falei de como me senti liberta de fachadas criadas por mim em circunstâncias diversas da minha vida e que me foram segurando de ter a vida que eu queria, aqui e agora. Falei de como consigo perceber novas fachadas tão logo estas se apresentem e lutar para quebrá-las antes que elas quebrem a mim mesma. Falei a vocês do Fórum Landmark e de c

Oi! Meu nome é Somnia e eu tenho 20 e poucos anos!

(Eu, soprando velinha em celebração aos meus 25 aninhos, Moradia Estudantil Unicamp, 1996) Certa vez eu preenchi um negócio de internet que tinha um nome tipo "QI" e eu achei que tinha a ver com encontrar gente inteligente para papear, fazer amizade, tipo "Face" voltado pra gente inteléca, amante dos livros que nem eu, entendeu? Aí que eu me ferrei e não era nada disso, mas demorou pra moça rápida aqui entender do que se tratava. Os caras ficam me mandando semanalmente uma coisa assim: "Fulaninho, de 44, tá interessada em conhecê-la, você gostaria?" O quê?, que coisa louca é essa! me perguntei. "Siclaninho, de 42, bate com você, gostaria de ter contato com ele?"  Daí que eu falava em voz alta pro meu email assim rindo: "Puta velhinho! E você me pergunta se eu quero sair com esse cara?" Não troco meu maridinha por nada disso aí não! Bom... isso passou e ontem me mandaram de novo se eu queria sair com um "velhinho

Nem Carminha, nem Nina! Vá de Dora!

(Ed, o autor de "A Menina da Saia de Tule" e "Ele não sabia dançar", e sua amiga Ana Serroni, curtindo a vida adoidados!, Itaipu, 2012, foto de Camila Rinaldi) Faz um tempo que não falo aqui da " Menina da Saia de Tule ", mas ela continua por lá, firme e forte! Estamos no capítulo 10! Um livro inteirinho publicado pelo meu amigo Ed (e uma ajudinha minha) através da net e só falta você palpitando, lendo e torcendo pra não só a menina não se dar mal, como para nós também alavancarmos este blog! Esperamos vocês por lá! Prestigiem o Ed (esse cara da foto aí de cima) porque o (peraí que vou procurar no google) ... o João... (peraí que esqueci!) Emanuel Carneiro, autor da novela da Globo (da qual nunca nem assisti meio capítulo, mas gosto de falar mal :)), já tem fama, dinheirinha e sucesso suficiente! rs... Hoje, capítulo 10 de " A Menina da Saia de Tule " no ar: Amor cego, faca amolada.   E pode curtir que a gente gosta!

Messy Blog

Personas queridas, Se vocês têm aparecido por aqui estes dias pode ter acontecido de ter encontrado um blog louco! Com mudanças de template o tempo todo, faltando informações de links, ícones para fazer comentários etc. Essa pessoa aqui está tentando mudar a cara do blog, porque eu sou assim que me dá na lôca e eu preciso mudar urgentemente o layout da casa, da roupa, do blog qualquer coisa que me deixe com sensação de ter controle. O problema é que já testei várias coisas e ainda não cheguei ao que queria. Quero um blog mais dinâmico, mas que me agrade esteticamente e blá blá blá. Até lá, peço desculpas a vocês pelas bagunças e, quando possível, pode me avisar de problemas, se der! Beijos e abraços e ótima sexta-feira!

Eu tô ouvindo "Chan Chan" e você?

Tô aqui fechando boletins etecétera e taus ao som do Buena Vista, porque, como já disse antes, sou mo-vi-da à música! Acho que uma das coisas mais marcantes de nossa era é o incrível e facílimo acesso que se tem a qualquer minuto a músicas do mundo todo! E eu amo isso! Theodor Adorno , filósofo que nos anos 30 defendeu que a Indústria da Música não nos dava espaço algum para escolha, talvez precisasse repensar a tese, (So do I!) bem como eu escreveria um capítulo a mais na minha se o fizesse hoje! Ainda que a opção acabe por ficar nos "nossa! assim você me mata!" eu fiquei realmente impressionada com a diversidade de gosto entre meus alunos muito jovens do segundo grau. Uma grande parte passa por todos os gostos, ouve um pouco de tudo, é fã das mesmas bandas que nós éramos e são orgulhosos disso. Falta só uma pitada boa de música clássica, embora, eu saiba, a música clássica não seja a música dessa época. E aí que agora eu fiquei curiosa para saber que tipo de músic

A Lola, a Somnia e a história de um livro que nos reuniu

(Eu e Lolíssima, em encontro memorável, na Livraria da Vila, S. Paulo, maio de 2012) Algum tempo atrás (nem acredito que já faz uns três meses!) eu mencionei rapidamente aqui que eu tinha um "encontro marcado" com a Lolíssima aqui em São Paulo por conta do lançamento do livro dela, "Escreva Lola Escreva: Crônicas de Cinema". Eu fiz das tripas coração aquele dia para estar na Livraria da Vila e conhecer a pessoa por quem nutro uma admiração, uma amizade e um carinho e-nor-me há uns quatro anos, desde que vivendo na Suécia e escrevendo um blog, eu vim a cruzar com o admirável mundo da Lola.  Nestes anos a Lolinha meio que virou celebridade através de seu blog. O " Escreva Lola Escreva " disparou cada dia mais em centenas e centenas de visitantes, milhares de seguidores e admiradores (ou críticos) fiéis. Nestes anos eu devo admitir que aprendi horrores visitando a Lola e lendo suas opiniões abertas, muito críticas e cheinhas de personalidade. 

Um curso de 3 dias para sua vida mudar de rumo! Você quer?

Bom dia gente querida! Queria saber se acaso já passou pela cabeça de alguns de vocês deixar a vida que têm e mudar totalmente o foco do que fazem.  Você já desejou viver de algo que faz bem e ama fazer, mas não sabe exatamente como começar a fazer isso? Ou já até fez um teste mas desistiu porque se sentiu perdido sem saber como continuar e ter sucesso? Queria dividir com vocês uma descoberta muito legal que venho fazendo a respeito de marketing digital, ou seja, como usar a internet para criar maneiras muito mais eficazes de vender ideias e produtos.  Eu sei a Somnia falando em "markenting digital" parece algo como "meo, a mulher foi abdusida por ETs e agora está querendo levar a gente com ela!", mas fiquem tranquilos! Eu estou só cheinha de ideias, transbordando! E muito feliz pelo fato de estar tentando colocá-las em prática! Nesse negócio de marketing digital eu tô só começando, mas o "guru" que tem me ajudado muito nisso é o

Você será uma mulher... em breve!

Bom dia! Bom dia! Bom dia! Hoje é quinta-feira e não pude resistir a vir aqui dar um "oi!" para vocês todas e todos aqui! E dizer que eu espero que seu dia seja uma delícia e cheinho de energia! Aqui vai uma música que minha amiga, Dri Silveira, me enviou esses dias para me lembrar de como eu e ela fazíamos uma festa danada toda vez que íamos sair para paquerar, dançar, se divertir na época da faculdade, lá na Unicamp. Esta música, da trilha sonora do filme Pulp Fiction, era nossa trilha sonora para nos arrumarmos... A gente dançava, cantava na escova de cabelo, de cima da cama, sonhando com abraços, beijos e noites cheias de riso. O dia que ela me mandou o vídeo eu mandei uma mensagem pro meu maridu lindu, o Renato, lembrando-o como eu o amo, porque era ele o mocinho para quem eu me arrumava enquanto ouvia e dançava o "Girl you will be a woman soon!"... Não é bom demais sentir-se vivo assim! Tô aqui dançando! Hoje é meu dia de folga, mas você pode da

A abertura das Olímpiadas e o que há de mais bonito na humanidade

Estou tendo a sorte de estar livre agora e poder ver boa parte da festa de abertura das Olímpiadas 2012 e um pensamento toma conta de mim: que coisa mais linda é a diferença. Não pude ver a entrada de todos os países no desfile, mas vi a maioria e em todos senti a mesma alegria imensa em ver como cada cultura se manifesta na pele, na cor, no jeito e na maneira de ser de seu povo. A beleza da humanidade está exatamente em como nós somos tão únicos, como indivíduo, mas também como povos. E as Olímpiadas, ao meu ver, sempre conseguem captar esta magia. A magia do encontro, da amizade, do desejo de superação própria. Fiquei e estou muito emocionada ao ver tanta gente unida por uma coisa só. Isso me faz pensar que nós temos jeito, que podemos, apesar dos interesses egoístas que também estão semeados em meio a todas as nações, fazer do nosso mundo algo melhor e mais cheio de sentido. E que o símbolo fique na nossa memória como prova do que somos capazes... Amém!

"Our last summer"

("Our last summer", ABBA) Olá minha gente muito querida! Mais uma vez passei pelo meu escritório, olhei o computador, pensei num dos mais de dezenas de posts imaginados no último mês mas não escritos... Lembrei de como este lugar aqui e os encontros que me proporciona me são importantes... Virei as costas com o mesmo pensamento de que um texto corrido, cheio de desculpas simplesmente não serve para nada. É vazio e não diz o que ando sentindo, pensando. Não conversa com vocês e partilha muito pouco. Abri então mão de escrever um super post e apenas vir dizer que, enquanto ouvia novamente o "Our last summer" do ABBA eu pensei em muitas de vocês e muitos de vocês. Estamos de férias. As crianças em casa. Eu trabalhando muito com elas. Viajamos. Vimos a neve no Chile. Cozinhei muitos dias com meus pequenos. Entre muitas gripes, diarréias etc muita brincadeira também. Tem sido intenso em todos os sentidos. Eu disse ao Renato que volto de férias dia primeir

Livres, mas acorrentados: Rosseau para começar o dia

("Halleluja", Molly Sanden ) Já teve manhãs em que você acordou e sentiu, mais do que em qualquer outro dia, uma sensação realmente pulsante lhe dizendo assim: "estou viva!", "estou viva!", "esta é minha vida!"? Então eu tenho isso com certa frequência, eu devo assumir. Brincando de ser filósofa, de ser artista e sendo pisciana é fácil eu me sentir arrebatada por alguns momentos e pensar: "Caramba! minha vida é aqui e agora e eu estou vivendo-a!". Semana passada eu fiz a mesma pergunta para alunos e alunas do terceiro ano do colégio onde dou aula. O tema era Rousseau e como este filósofo francês acreditou que o sentimento, e não a razão, é capaz de nos fazer sentir a verdadeira liberdade. Para Rosseau nós nascemos livres. Além disso, somos naturalmente bons. Perdemos tanto a bondade natural quanto o sentido de liberdade por conta das imposições sociais, cobrando de nós maneiras adequadas de se relacionar. Nós somos civili

Beethoven no domingo

Houve uma época em que eu gastava parte do minha mirradinha bolsa de estudante para comprar, ao menos, um cd de música clássica por semana. Comprava normalmente em sebos e depois passava horas e horas ouvindo, estudando, trabalhando ao som dos maiores compositores da humanidade. Numa dessas vezes, comprei os clássicos para violino do Beethoven, do qual este vídeo aí tem a primeira parte. Uma leitora daqui me disse há pouco tempo que sonha em ir num concerto ao vivo e eu fiquei me lembrando, depois disso, dos que pude ir. Vale a pena cada centavo economizado, vale cada esforço, embora não necessariamente a gente precise pagar caro para ir a concertos. Ao menos aqui em São Paulo há sempre algo acontecendo de graça ou há também ingressos muito baratos, como os que eu normalmente sempre paguei, 15, 20 reais. O local não é o melhor para se sentar, mas ainda assim é demais! Enquanto escrevo estou ouvindo o concerto e deixo aqui para quem quiser começar o domingo de alma nova.

E o vencedor é: "Os verdes campos da minha infância"!

("Os verdes campos da minha terra", Agnaldo Timóteo) Marmelada no concurso da Borboleta? A sogra ganhando o concurso com 159 votos? Nãnãninãnão! A Irene foi a vencedora do " Uma música, mil lembranças " com o lindo texto " Os verdes campos da minha infância ", o qual, aliás, me fez acordar cantarolando Agnaldo "Temóteo" hoje pelas ruas das Perdizes. Sou só eu que choro quando escuto esta música? Verdade! Nem posso lembrar que começo a chorar... Ai ai que saudade do meu paizinho Seu Zé!... ai ai... Irene, parabéns!!! Sua história comoveu muita gente e se nem todo mundo chora ao som do "Temóteo" como eu, muita gente adorou ouvir suas lembranças. Tá aí a prova! O resultado ficou assim: 1o. lugar:  Irene Cechetti :  " Os verdes campos de minha infância " - 46 votos 2o. lugar:  Daniela Barbagli:  " Até mais ver " - 33 votos 3o. lugar: Nina Sena:  " A história de amor entre Pingo e Laura "