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Mostrando postagens de agosto, 2009

200 milhões em ação? Prá frente Brasil!

(Carrega a bandeira, abraça, grita, canta o hino... o inexplicável orgulho de ser brasileiro...) Ontem eu ri com um post da Lola, no qual ela contava a má surpresa de ouvir do dono do restaurante onde ela e o marido frequentam, em Santa Catarina, que Fortaleza ficava pertidiBelorizonte.  Ri da forma como ela contou esse encontro "ininarrável" e achei graça do "maridão" dela sentir-se como que falando com um americano, generalizando, o tipo que acha que o umbigo do mundo é o Estados Unidos e todo o resto é nada ou tão insignificante que não vale a pena aprender. Hoje, porém, quando algo muito semelhante me ocorreu eu não achei a menor graça. Na verdade, quase chorei de tristeza. No meio da aula de sueco, eu, uma outra brasileira e estrangeiros do mundo esperávamos pelo tema da aula. Divididos em grupos deveríamos discutir sobre várias perguntas sobre imigração sendo que a primeira era:  - Quantos milhões de habitantes tem seu país?  Ao que a colega olha pra mim e per

Eu agora estou falando pras paredes...?

Queridos e queridas, eu demorei tanto a responder os comentários dos posts da semana que eu (desculpem ficar cutucando inveja alheia)... huhuhmm... que eu estava em Párrriiii que agora respondendo tudo me senti falando pras paredes. Tem alguém de vocês que volta pra ler resposta de comentário antigo? Ou sou só eu a doida que acha que sim? Que me culpo e fico pensando nas respostas?  Bom, não tem problema. O fato é que adoro receber os comentários e adoro respondê-los. Só tenho aquele defeito na minha pecinha interna que só consigo fazer no momento adequado. Falta tempo e falta uma coisa interna que me dá corda e diz: "Hoje quero lavar", "Hoje quero estudar", limpar, trabalhar, escrever, ler, responder comentários... Sou totalmente sem rotina. Quer dizer isso parece frase de gente doida, já que eu acordo sempre as sete com Ângelo me chamando, passo quatro horas na escola de sueco, cozinho, brinco, lavo, passo e tudo o mais todo santo dia... mas... na medida do possív

O que se pode aprender no exército sueco?

O marido chegou com esse aprendizado depois do futebol internacional do domingo. Segundo ele, os suecos do grupo disseram que no Exército Sueco eles ensinam que: Você pode sempre dez vezes mais do que você próprio imagina. Cem vezes mais do que os seus amigos imaginam que você pode e mil vezes mais do que o que a sua mãe imagina que você pode. Uptdate, segunda-feira: Eu ando mal não? Acabei esquecendo-me completamente de esclarecer porque achei que a idéia acima poderia ser esclarecedora sobre nós mesmos e o que acham da gente. Quando li pensei em muitas de vocês e do que escrevem em seus blogs, do que superam a cada dia e de quantas vezes se subestimam.  Lembrei de minha amiga Liana que há uns dois meses atrás dizia nem conseguir subir na bike, quando eu a incentivei a comprar uma. Na sexta estávamos checando o caminho que fazemos todos os dias para ir ao curso de sueco, voltar para casa e buscar nossos pequenos. Ela pedala 24 km por dia e eu entre 16 e 18 km.  Ficamos bestas com o qu

Com quantos botões se faz uma homem e uma mulher?

( "Life Explained: as diferenças entre homem e mulher", por Cliff Pickover ) É claro que eu não lembro direito o tema, mas estava eu e Renato, meu engenheiro e virginiano marido para quem nunca ouvir falar, falando de alguma coisa. Quer dizer, eu falava de alguma coisa. Ele ouvia. E aí falei de mais algumas muitas e ele ainda quieto. Até que me irritei e questionei se ele não podia ser mais claro ao expressar o que sentia e pensava sobre o assunto, porque pra mim, óbvio! não era tão simples assim aquelas questões patati patatá...  Daí, mais tarde, ele me veio com essa imagem, rindo feito bobo e disse: - Esse aí sou eu! Não aguentei e ri também. Dele. Eita piadinha machista idiota! Ri porque sabia que ele sabia que a piada era total machista e que aquela não era explicação nenhuma daquilo que eu havia pedido antes. E também porque ele sabia que me irritaria. Bom, o caso é que apesar da piada ser repetida, achei a imagem criativa. Não sei até que ponto o autor acredita na defi

O mesmo de um ângulo um tanto mais largo..

(Festa Lagostinha, eu, Ângelo, Kenth, Ângela dançando e Gus se matando de comer lagostinha, vídeo feito no Malmöfestivalen, agosto de 2009) Pessoal, Que bom que alguns de vocês viram e gostaram do primeiro vídeo! Fui revê-lo e percebi que não dá para fazer muuita idéia da população sueca, já que quase todos que apareceram no primeiro viveram algumas boas primaveras. Eles estão fofos naquele primeiro vídeo, mas nesse dá perceber que tem muita gente jovem tombém. Além disso, a moçoila aqui aparece com Angelinho bastante neste outro vídeo e aparece também o senhorzinho fofo de quem falei antes. Aquele que tem 70 e poucos, corre maratonas, tem uma empresa e sabe o que é site e blog.  Aqui mais um com uma música mais animadinha, como eu imaginei passar no primeiro post e com uns suecos, eu diria, meio costas largas, se é que as meninas solteiras de plantão me entendem... Tudo bem que não dá para ter uma idéia total, mas dá para ver o potencial da juventude sueca... Ops! Eu-se-me-esqueci que

Os suecos "frios e sérios" em cenas nunca vistas antes...

(O começo da festa que quebra o gelo sueco: festa da Lagostinha, clique e confira o vídeo, Malmöfestivalen, agosto de 2009) Só depois de dois anos vivendo aqui acabei participando do que, na minha opinião, é a melhor festa sueca: a festa da lagostinha (Kräftor), na abertura do Malmöfestivalen. Essa época em que o país autoriza a pesca da lagosta (já que a pesca sem planejamento geraria a extinção dessas) há por todo canto milhares de suecos comendo os tais peixinhos. Se não estou enganada, agora restam apenas vinte dias oficiais para que se pare de pescar e comer lagostinha pelo país.  Os suecos se reunem entre amigos, família ou em festas, como o Festival, para comer toneladas dos crustáceos regados a qualquer bebida que se possa passar pelas mãos. Foi também a única festa sueca em que vi milhares de pessoas bebendo ao ar livre, em praça pública, já que qualquer bebida alcoólica, em espaço público, é "meio que proibido" aqui.  As mini lagostas não são, também na minha humir

" Je suis en visionaire...", Diário de bordo, parte 1: de Malmö a Paris

(Estação de trem em Paris, foto de Dri Cechetti, agosto de 2009 ) Minha aventura começou com um sorriso e um bom dia grande do motorista do ônibus que tomei para ir de casa até a estação de trem. - God morgon! disse o bonito moço descendente de alguém lá do Oriente. - God morgon! respondi mais feliz do que sempre estou as seis da matina. E antes que ele me desse o troco minha péssima pronúncia americanizada do "station" (que em sueco é algo como stárrrônnn) denunciou-me. Então ele emendou em inglês: - Good travel!  Sim, boa viagem seria mesmo o que eu teria pela frente e, embora já tivesse estado algumas vezes na cidade luz, eu estava animada como se fosse a primeira. No ônibus só eu e o moço motorista. O ônibus era meu e tudo me parecia possível... ..... De manhã eu havia dado um beijo de "Eu te amo" no Renato, enquanto ele ainda estava sonolento e já entregue a mamadeira para o pequenino do outro quarto. Com fome ele já havia chamado "mamãeeee" e eu não

"Eu voltei pras coisas que eu deixei, eu volllteeeei!"

("As vedetes de Paris", eu e Dri felizes da vida, posando para fotógrafa do barco que nos levou para ver as "Vedetes", os lugares mais conhecidos da cidade, agosto de 2009) Querida pooovo brasileiro e queridos leitores todos, Passei a semana toda bem longe do meu computador. Estive tentando levar a tia Dri para ver algumas coisas ainda antes dela embarcar daqui a pouquinho. Estive cuidando do Ângelo, que havia ficado ótimo e feliz com o pai no fim de semana, mas caiu doentinho na segunda. Vai ver queria chamar a atenção da mãe. E conseguiu. Ele agora já tá bem de novo e serelepe. A viagem foi sim muuuito boa. Tudo valeu a pena. Dá para notar na nossa cara de felicidade que a fotógrafa do barco captou aí acima? Foi a quarta ou quinta vez que estive em Paris, já não me lembro, mas cada centímetro de tempo que tivemos aproveitamos para andar e ver tudo que podíamos na cidade luz. Vinhos no Sena e crepe de chocolate pelas ruas. De bicicleta, de metrô e a pé fomos explor

"I love Paris..." sem querer causar inveja...

Pessoar bom de prosa, A caipira aqui vai alçá voú sozinha amanhã... Será a primeira vez que viajo e passo a noite sem o meu Ângelo, desde que ele nasceu há dois anos e um mês atrás. Simmm, simmm é verdade.  Eu sei que pode parecer rííídiculu para quem não tem filho pensar que isso signifique realmente algum passo, mas é. E não é fácil de dar. Ficar sem meu marido nunca foi problema. A gente viveu o namoro de 6 anos sempre separado, cada qual trabalhando, estudando numa cidade. Casados, ele viajava direto e eu tinha as vezes uma semana, duas para programar qualquer coisa que quisesse fazer. Eu também já o deixei para borboletiar pelo mundo, mas com o Anjo mudou tudo. Esse cordão que eu venho tentando cortar e vou tentar cortar o resto da vida é grosso que só sentindo. E quem primeiro me incentivou a alçar vôo para uma terra que eu amasse e fosse pertinn daqui foi o amorzão da minha vida, o Renato. Como ele não gosta de repetir destinos, mesmo que o destino seja? Parrrriiiii... então, eu

O que você vê nesta obra? "Garota na ponte", de Edvard Munch

(Garota na ponte ('Mädchen auf der Brücke') Edvard Munch, cerca de 1900, foto de Hanneorla ) Infelizmente já se passaram cinco meses desde que eu postei a última tela na seção " O que você vê nessa obra ?". O curso de sueco intensivo me tomou todo o tempo de visitas a museus e aí faltou inspiração para continuar, já que os museus me são uma fonte de inspiração para muitas coisas. Entretanto, como disse rapidamente num outro post , estivemos em Hamburg, no norte da Alemanha semana passada e visitei o Kunstalle , um museu muito bom, que me surpreendeu bastante pelo acervo importante que tem. Não gostei e não gostamos de Hamburgo, no geral. Tudo muito grande e difícil de ir, mas do Museu uau! Babei... Lá pude ver algumas das obras pelas quais sou louca de amor e conhecia apenas de ver e ler nos meus livros. Entre outras telas fantásticas como algumas de Chagall, Kirchner, Rottluf e Nolde, tive o prazer de ser apresentada à "Garota na ponte", de Edvard Munch.

"Na Suécia também não tem" frentista de posto

("Eu sou terrível! Você vai ver!", Super Renato operando uma das máquinas do deserto sueco, região de Ystad, agosto de 2009) Era uma tarde de sol e céu azul e íamos pela costa sul da Suécia em direção àquele monumento de pedras ,  numa pequena cidadezinha depois de Ystad. Tudo ia bem, obrigada, até que Super Renato percebeu que estava sem gasosa. Hummmmm... posto?  - Procure no GPS* pra mim Sônia, disse ele. Fuço daqui, de lá, várias indicações e nada... Ai ai ai o que faremos sem combustível aqui no meio dessas fazendas, no meio do nada?  - Pronto! Achei um posto há 3 km daqui..., disse eu. - Mas estamos no meio do nada! arguiu Renato que sempre contesta primeiro o que eu falo. - Vai! Vai! Vai! arguí novamente, já que sempre recontesto o que ele fala do que eu falo. Passa fazendinha, passa boi, passa boiada... Não vai ter posto nenhum aqui, pensávamos, e esse mulherzinha da máquina deu bola fora... - Aquiiiii!!!! gritei. Mas tá ... fe...chado??? - Claro que não Sônia! arguiu

Terceiro concurso de blogueiras da Lola: Maternidade

(" Fátima", Chidi Okoye ) Molerada toda, A Lola encerrou o segundo concurso (que eu infelizmente perdi de me inscrever, já que adoraria saber que eu consigo escrever um texto aceito como feminista) no qual a Marjorie que eu uau! acho booooa (no sentido literário da palavra, não a conheço pessoalmente) demais ganhou. Eu fui tão honesta quanto no primeiro: votei dos dois micros que tenho em casa, já que não conseguia decidir o que fazer.  Votei na Marjorie (que ficou em primeiro lugar) e na Juju linda Moreira (que ficou em terceiro). PARABÉNS MENINAS!!! Eu eu também queria ter votado no texto da Denise que era sobre um caso da menina abusada pelo pai e sobre o julgamento da Igreja, com o qual eu tinha ficado horrorizada, mas daí pensei que ela já era tom famosa no pedaço que não votei. Cabou que parece que todo mundo pensou o mesmo e a Denise teve pouco voto... Reforço que não foi esse o critério que me fez escolher os dois textos que citei. O blog da Marjorie e aquele text

"You can't always get what you want..."

(Eu, de qualquer jeito, em Varberg, Suécia, agosto de 2009)  "You can't always get what you want" , lá lá lá lá lá laaaa... foi a canção que acordei cantando na quarta-feira, enquanto ouvia meu Spotify e dançava na beira da pia lavando uma mamadeira do Ângelo. Ainda de pijamas, limpando as coisas do café da manhã eu cantei com minha guitarra especial, com cerdas de lavar leite... E me senti rainha do mundo e poderosa. A vida, em dias assim, parece mesmo infinita de vida. Cantando like a Rollling Stones eu fiquei pensando nos versos e dizendo a mim mesma: "Você não pode ter sempre o que você quer!". Deixei por um tempo de ser a mulher dinâmica e cheia de energia para dar numa sala de aula para ter essa experiência de vida aqui com os meus amores. Tem dias que sinto muita falta, tem dias que penso que poderia viver só para eles a vida toda...  Mudo o tempo todo e todos os dias... Na maior parte deles é como na manhã de quarta passada... Fiquei

Estive em alguns cantos e lembrei-me de você...

(Com a "Garota na Ponte", de Edvard Munch, no KunstHalle, em Hamburgo, Alemanha, agosto 2009) O meu sumiço repentino da semana passada está bem explicado aqui. Com a visita de minha cunhada Dri decidimos descer de carro até a Alemanha. Renato tinha uma semana de férias e aproveitamos para deitar sob o sol que estava ma-ra-vi-lho-so... Os dias da semana que passou foram inesquecíveis. Azuis, quentes e aconchegantes...  Hoje postei uma tantada de posts que havia tentado colocar durante os intervalos dos passeios, mas não tinha dado... Vou voltar hoje, com certeza, para responder os comentários do meu último post.  Em cada canto que passei pensei em contar para vocês... Contar que a Suécia nem minha vida é perfeita. Estão muito longe de ser, mas em tantos dias tudo parece mesmo ser assim... ou ao menos em certos momentos de certos dias.  Passeando pelo norte da Alemanha e mais para o norte da Suécia eu me dei ainda mais conta de quantas vidas especiais existem por aí..

"Por onde for quero ser seu par..."

(Ângelo nos ombros do pai, Malmö, abril de 2008) Eu queria muito ter publicado este post no domingo, mas não consegui. Deveria ser uma homenagem a tempo para o dia dos pais, mas hoje de manhã, vendo o Renato com o Ângelo de novo juntos pensei que deixar de fazê-la por conta da data já passada seria uma bobeira.  Todas as vezes que vejo como o Renato se debulha de amor pelo Ângelo eu penso o quanto meu pai deve ter feito o mesmo eu eu nem sequer me lembro, porque era pequena demais.  Eu penso no quanto os pais são figuras tão importantes no crescimento da gente. Como precisamos aprender com seu jeito mais solto e brincalhão. Como é preciso ter seus ombros e seu apoio, como nós nos miraremos em seu amor e em suas exigências, até mesmo quanto nem sequer imaginarmos, pelo resto de nossas vidas. Meu querido pai já se foi, mas não há um dia sequer que a figura dele, seu sorriso, o choro de sua sanfona e o que vivi com ele não estejam em mim. E é assim que eu quero que um dia o Ângelo se lemb

O maior craque brasileiro na Suécia, homenagem ao avô

(Ângelo com o uniforme do Palmeiras, desfilando pelos gramados malmoenses, Malmö, agosto de 2009) (Jogo de cintura e ginga com a bola, quem tem??? Ângelo nos gramados em frente de casa, mostrando tudo que já "nasceu sabendo" sobre bola, Malmö, agosto de 2009)