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Mostrando postagens de janeiro, 2011

Somnia vende tudo com 50% de desconto: "aproveita que eu tô facinha!"

Madonna , Somnia Carvalho, 2003 Látex sobre tela, 60 x 80 Ano Novo é sempre um novo começo. É tempo de renovar-se. De se desapegar. Todas estas atitudes nos ajudam a experimentar o dia a dia com ânimo e olhar novo. Dessa forma, redecorar ou repaginar o visual próprio e da casa, da forma que dê, acaba dando uma boa força nisso tudo. Foi algo assim que li na edição de janeiro de 2011 da revista Casa Claudia e foram tais idéias que me levaram a este post. Daqui uns dez dias começo uma pequena reforma na nova "casa" para onde iremos e vou me despedindo dessa daqui. De volta ao Brasil, numa vida a quatro e não mais a dois, é hora de um canto maior. Separando as telas da vernissagem e fazendo o post das vendas na Suécia percebi que é tempo de praticar esta renovação, além da óbvia idéia de poder vender de novo minhas pinturas. Para dar um empurrão na sua e na minha renovação resolvi fazer uma liquidação, de quem tá facinha facinha, com 50% de desconto em todas as telas por um mês.

A mãe dessas crianças deve ser mesmo Zuper!

(Angelinho linho linho, na Suécia, em 2007, e Marinacota, no Brasil, em 2011, com o mesmo body dado pela Daníssima)

Segunda? FEIRA, terça? FEIRA, quarta?... Das coisas que eu amo no Brasil

(Feira livre em São Paulo é imperdível!, janeiro 2011) Depois de alguns semanas longe das feiras de rua que eu adoro, ontem desci as ladeiras do bairro e fui à feira com meu possante carrinho de latão. Comprei por 28 reais (ou 107 coroas suecas) isso tudo que está aí na mesa, sem pechincha. Só para se ter uma idéia eu pagaria uns 3 ou 4 reais por apenas uma espiga de milho verde na Suécia. Paguei 3 reais por 6 delas e estavam fresquinhas e gostosas. Se eu ainda estou morrendo de saudade da Suécia? Tô sim, mas que eu morria de saudade de fazer o programa de ontem e encontrar frutas frescas, docinhas, saborosas e baratas como essas ah! isso é lá muuuito verdade!

O que há por trás de "O discurso do rei"

(Colin Firth, no papel do rei George VI e por trás dele o amigo Lionel e a esposa Elizabeth) Minha vida como cinéfala ficou aposentada depois de duas crianças, mas hoje quando vi na net que um filme chamado "O discurso do rei" havia ganhado 12 indicações ao Oscar decidi que já era hora de tentar voltar à vida normal. Normal, na minha situação, significa assistir em casa, enquanto a prole dorme. Tendo visto posso agora dizer que entendo porque o filme dá assunto e indicações. Sem nem entrar na questão e nas referências políticas, nem mesmo na biografia de George VI acredito que dá para discutir horas numa mesa de bar apenas sobre o lado psicanalítico do filme. George, como quase toda criança comum, tem uma insegurança enorme que o faz crescer sem confiar em si mesmo e esconder-se atrás do medo. Em seu caso o problema é a gagueira e seu fantasma o medo de falar. A fala, que em qualquer caso sempre expõe o sujeito, seria uma entrave grande na minha e na sua vida, mas na vida de

A terminar pelas vendas..

"Orange", Somnia Carvalho, 2010 (A tela atrás destas florzinhas foi feita sob encomenda para minha amiga polonesa Dorota, ao final da vernissagem) Em junho do ano passado juntei todas as telas pintadas na época da Suécia em minha própria casa, convidei os amigos e fiz uma vernissagem, da qual falei aqui e também aqui . Dei-me conta esses dias, quando separava as telas ainda não vendidas, que ainda não havia publicado as telas compradas naquele dia e nem terminado a história que havia começado com muitas flores dos amigos. A vernissagem-exposição foi organizada mais ou menos assim: dividi minha casa em três grandes sessões e espalhei as telas pela casa toda. Os visitantes eram guiados por títulos e informações sobre cada obra, além de uma apresentação geral sobre o que consistia cada sessão. - "All we need is love" , projeto que reunia as telas cuja inspiração foram casamentos, histórias de família e fotos de vários personagens, - Abstratos: "Pintura e Música

"E então fez-se a luz!"

(Luminárias da ceramista Flávia Del Prá ) Eu tenho um hobby simplesinho há muito tempo, mesmo quando morava em apartamentos alugados: comprava uma revista de decoração, sentava literalmente de pernas para o ar, e lia a revista todinha. Lia como um livro e sempre adorava entender como funcionava uma ou outra solução para a casa. Além de me distrair das pesadas leituras de tese e aulas, com aquelas fotos de espaços gostosos e tal, eu aprendi muito sobre decoração e fiquei viciada em bater os olhos numa casa e imaginar mil saídas para reformá-la e decorá-la. Sou pior que uma psicóloga quem não descansa nem numa mesa de bar com as amigas ao analisá-las em silêncio! Então, desde a volta ao Brasil, uma das minhas alegrias mensais é ir toda serelepe até uma banca de revista (tem que ser numa banca! sou xiita!) e fazer o mesmo novamente. Compro uma revista, quase sempre Casa Claudia, e espero um momento só meu para me jogar num sofá macio e começar a passear... Na Suécia eu saboreava a decoraç

Brincando de decorar: quarto infantil, por Renata C.

(Quarto infantil decorado por Renata do " Uma esposa expatriada ") Esta delícia de quarto de brinquedos é do filhinho da Renata, brasileira que vive na Tailândia com sua família, e também adora o tema decoração e o aborda em seu blog . O ambiente foi decorado por ela com várias caixas coloridas, organizando e facilitando o acesso aos brinquedos. Aliás, acho muito bacana ensinar aos filhos que os brinquedos são sua responsabilidade. Não são da mãe, nem da babá. E se tudo está em ordem além de dar mais gosto de brincar, dá também ânimo de guardar. E em cada "cantinho" do quarto criado pela Renata pode-se escolher o que fazer. Adorei até as bolas todas empilhadas num cesto. Faço o mesmo com as do Ângelo! Tapete para se jogar, livros para ler, jogos e brinquedos. Eu queria ser a criança que vai brincar nela! Valeu Renata pelo engajamento na brincadeira!!! :) E você? Não vai mostrar seu cantinho do xodó? Irene, mostra a mesinha branca com as cadeiras vermelhas! Lilás e t

Idéias de decoração nada egoístas: você quer uma?

(A ex-mesa dos vizinhos dinamarqueses, depois de muito uso na minha varanda e antes da reforma final, Malmö, 2010) Adorei os comentários do post abaixo sobre inspiração para decoração na Suécia e aqui vai um suplemento dele. A Dani me sugeriu buscar móveis antigos e reformá-los, a corajosa Lucinha fez um post mooooito bom sobre a decoração - ou a falta de decoração - da casa dela, muitas mostraram como gostam de decorar seus espaços etc. Entretanto, algo me chamou muito a atenção nos coments do post dela. A Renata falou brevemente de sentir-se um pouco culpada por falar em decoração em meio a tantas catástrofes como, por exemplo, os mortos nas enchentes do Rio de Janeiro. A gente aqui num blá blá do que fica legal na casa e tanta gente preocupada em sobreviver. Eu concordo. Também pensei rapidamente o mesmo quando escrevia meu post. No entanto, continuei. Pensei que continuar a discutir assuntos do nosso dia a dia não significa que não sentimos, não lamentamos e desejamos muda

Decoração com inspiração sueca

(Sala dos meus sonhos, idéia da revista sueca Hus & Hem ) Daqui um mês devemos nos mudar para um novo apartamento, há apenas algumas quadras de do atual. Família maior pede mais espaço e vida nova pede um novo início. Então adivinhem qual o assunto que anda rondando minha cabecinha de vento, 25 horas por dia? Sim! Decoração! Fico pensando como vou decorar aqui, ali, em como vou ajeitar tudo por lá. E como vou arrumar dindinha para fazer tudo também, of course!, mas isso são 3 minutos, o resto é... Entre as idéias, os sites e blogs ( decor8 ) que visito a respeito percebo o quanto meu universo agora sofre influência da decoração de interior sueca e também dinamarquesa. E uma das coisas as quais eu adorava na Suécia era ter acesso a móveis descolados e bonitos por preços muito bons. A maravilhosa e baratíssima Ikea cujo dono espalhou filiais por quase o mundo todo, mas não no Brasil ainda, é um excelente exemplo. Em São Paulo percebo que minha antiga opção, a Tok Stok, ficou sem g

Pintura para ver.. e ouvir!

(As suecas Helena e Nina levando a artista Somnia muito a sério, Malmö, junho 2010) Em junho de 2010, escrevi um primeiro post de como havia sido a vernissagem que criei para expor minhas telas ainda lá na Suécia. Na ocasião falei apenas das flores recebidas e de como havia sido gostoso aquele momento. A intenção de escrever outros posts e falar mais a respeito do que me inspirou a pintar cada uma delas, e também como brotara a idéia de fazer uma vernissagem para os amigos em minha despedida, deu lugar para assuntos mais urgentes e o tempo passou. Acabei tentando dar sequência nisso com o post " Dicas de como fazer de você sua melhor empresa ", quando recebi um comentário no meu site . Minha intenção era mostrar como normalmente as coisas nos acontecem quando insistimos naquilo que gostamos de fazer, como era o caso da portuguesa Constança de quem falei lá. Além disso, queria provar como é preciso que achemos uma forma de expor nosso trabalho, dar a cara a bater e ver o res

"Esses horrorosos, os trabalhadores braçais!"

Eu acho muito curiosa (para não dizer deprimente) a mentalidade de muita gente da classe média brasileira. Dias desses ouvi um zunzunzun entre duas mulheres no prédio onde moro e fiquei pensando que, não dificilmente, quem tem "nível" acaba agindo igualzinho àqueles que "não têm". O bafafá começou mais ou menos assim: uma mulher no andar de cima jogou água de forma inapropriada em sua sacada e esta acabou caindo lá embaixo, no parquinho, onde as crianças, inclusive o Ângelo, brincavam. A avó de uma das crianças reclamou em voz alta qualquer coisa e a outra retrucou. A coisa continuou e cada qual respondia mais feio a ponto de, neste momento, eu e qualquer um da vizinhança ouvir a troca de elogios. Até que a de cima disse algo bem grosso como: - "Fica quieta sua velha maluca!" Ao que a outra retrucou algo no sentido de que era velha, mas ao contrário dela, muito educada. - Vai estudar!, esbravejou. Você faz jus ao trabalho que faz mesmo! Sua trabalhadora br