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Mostrando postagens de fevereiro, 2011

"Stanno Tutti Bene"

(Marinitas ontem, as cinco da manhã, toda serelepe) Já estamos em casa! E estamos todos bem, principalmente Dona Marina! Por hora muita correria e cansaço além é claro de muita alegria! Beiju!

Esqueçam tudo o que eu disse ontem: a dor e a alegria são sempre relativas!

(Gustav Klimg, "Beethovenfries: Die feindlichen Gewalten", O friso de Beethoven: as forças hostis) Escrevo este post num quarto escuro e a única luz que tenho é a do computador à minha frente. Ali fora há barulhos e sons e bipes, mas aqui só o ir e vir da respiração e o contínuo do ventilador... Não estou sozinha e a razão de eu estar aqui está logo atrás de mim. Dormindo. Há 24 horas eu escrevia um post sobre minha angústia de querer me mudar logo e também sobre o quanto ainda havia por fazer até a semana acabar e eu não ver a hora que a nova vida começasse. Até aquele momento eu ignorava totalmente o que viria acontecer e também que escreveria este outro post, tão diferente, logo após aquele. Embora algumas coisas já fossem realidade naquele momento elas tomaram uma outra direção e me levaram em uma direção e há lugares nem de longe esperados. Ontem, ao fim do dia, eu não estava em casa empacotando coisas para a mudança, nem cozinhando para Ângelo, dando banho em Marina, e

Sorte eu estar de esmalte novo! Senão...

("Groovy kind of love", Mindbenders) Bom dia gente querida que ainda passa por aqui! Estou sem tempo, mas não sem lenço e documento. Segunda-feira, como já falei antes, me mudarei pela nona vez em nove anos de casada. E, por incrível que pareça, não me sinto cansada de mudar, eu só me sinto cansada de estar na mesma e na mesma é que eu não vou ficar, então mãos a obra e ao empacotamento! Apesar da alegria estou a ponto de roer as unhas de vontade de terminar esta semana logo e começar nova fase. Quer dizer quase a ponto, porque depois de um tenebroso "inverno" elas estão lindas e vermelhas de novo... Desde a volta da Suécia que no fundo nos sentimos assim, sem lenço e sem documento, soltos como ainda sem ter-nos agarrado ao que seria nossas vidas aqui. Sem contar que tudo meio amontoado e sem espaço... Tudo deu e está dando muito trabalho... Visitei, ainda grávida, mais de sessenta apartamentos para comprar, recebi dezenas de visitas para vender este... E aí veio Ma

Minha casa é minha cara ou "Na casa de Irene, de noite e de dia..."

(Galinha vermelha de bolinhas brancas para pendurar o guardanapo, casa da Irene Sto. André, fevereiro de 2011) Depois de esperar meses, umas vezes paciente e outras angustiadamente, para a entrega de seu novo apartamento, a Irene, mais conhecida como Vavá do Ângelo e da Marina, finalmente pegou as chaves da nova morada. Desde então, ela e seu companheiro de sempre , Caetano, deram início a uma nova etapa de suas vidas e têm cuidado com esmero de cada detalhe do lugar. Amigos desde a infância, depois namorados e agora avós os dois sempre haviam vivido em casas. A necessidade de mais segurança e tranquilidade levou-os a comprar este apartamento onde a Irene tem brincado de casinha, decorando cantinhos, escolhendo cores e objetos que lhe completem e fazem parte da longa história que tiveram até aqui. (Preto e branco são quase sempre garantia de sucesso na cozinha) Mesmo vovós de mais de sessenta os dois já estão sendo conhecidos no prédio como "vovós mode

"Qui m´importa, qui m´importa, o seu preconceito qui m´importa"

(Benjamin, mãe sueca e pai africano, Samuel, mãe sueca e pai inglês, Ângelo, nascido na Suécia com pais brasileiros e Henrik, mãe e pai suecos, Malmö, 2010) Faltam 11 dias para minha mudança e as coisas aqui estão corridas, mas eu quis parar e fazer um link com o post da super Lilás de hoje, sobre como ela ouve nossos sotaques mesmo na escrita e como isso cria uma ligação com cada pessoa. Esses dias eu vinha falando exatamente de como a Suécia me deixou curada ao menos de uma coisa: vergonha do meu sotaque caipira do interiorrr. Juro! Provavelmente resultado da convivência com gente de todo canto do mundo e com quem aprendi a falar em inglês ou sueco - carregado de sotaque dos dois lados - e que tinha um modo diferente de falar até mesmo de seus conterrâneos, dependendo da região de onde vinha. Lembro sempre das aulas de sueco, onde as professoras adoravam enfatizar que aprendíamos era o sueco oficial, de Estocolmo, porque o do sul, de Malmö e da Skåne toda, era muito forçado e, na op

O bom e o chato é que eles crescem!

(Marina, na semana passada com 4 meses e meio, foto da tia Dri, fevereiro de 2011) (Ângelo com a "camisa do futebol", foto da tia Dri, fevereiro de 2011) (Os dois em amarelo, foto da tia Dri, fevereiro de 2011)

O valor do dinheiro numa sociedade piramidal ou Brasil: em se pagando tudo dá!

(Teste grátis de idiotice: 5 dólares) Ontem passou aqui em casa o quarto encanador, desde que voltei, para ver um probleminha básico de registro quebrado. Todos os anteriores desistiram porque o serviço era simples demais e eles obviamente estavam sempre bastante ocupados. O senhor de ontem, quem achei na lista telefônica, veio, falou muito e tratou tudo com muito profissionalismo. Era algo simples mesmo, afirmou, e ele faria tudo em, no máximo, uma hora de trabalho. Antes, porém, dele abrir a porta e só voltar na segunda-feira para resolver o servicinho simples perguntei quanto aquilo me custaria, ao que o senhor falante respondeu com ar seguro, como quem me dava uma informação conhecida por todos, como sei lá "O mar é feito de água": - A senhora me paga 560 reais e tá tudo certo. Ah tá bom... tá bom?, pensei tentando reproduzir a fala do homem na minha cabeça. Será que ele disse quinhentos e sessenta reais? Quinhentos em português significa um cinco e dois zeros... peraí! E

Sverige, Sverige... Jag saknar dig så mycket!

Miss Li e Lars Vinnerbäck, juntos em "Om du Lämnade mig nu" Ontem, acabei bem sem querer, caindo no blog de uma islandesa quem gosta bastante de decoração. Sabe, daquele país chamado Islândia que fica ali pertinho? E da mesma forma fui parar em um outro, também bem bonito, de uma finlandesa . E aí percebi a sensação tida: era como se eu ainda tivesse na Suécia... mais que isso senti o ganho desses anos: a Islândia, a Finlândia tudo agora me parece tão familiar, tão próximo, tão real e tão possível afinal conheci montes de gente dessas terras enquanto estive em Malmö... De vez em quando dá aquele bode, afinal foram quatro anos longe do Brasil exercendo trabalho de esposa e mãe com minha suada tese de doutorado mofando na gaveta. Isso depois de anos de provar um monte de tudo, filosofia, sociologia, artes, pintura, professora de cursinho, sei lá mais o que... E aí vem aquele pensamento assim: "Eu tô precisando provar o que para quem mesmo?" Então falo em voz alta: &q

REA! REA! REA! A pedidos: as telas com os preços!

REA, em sueco, significa promoção. Acabei de falar com minha amiga Nikol, quem tem quatro telas minhas em sua casa, e ela me lembrou dessa palavra que amávamos ver nas vitrines de Malmö. Depois do post das telas em promoção, recebi vários emails de gente interessada em uma tela e outra, mas que queria saber dos preços. Até a amiga Lilasona me fez a cobrança num comentário, num foi fofa? Ocorre que proporcionalmente ao quanto eu a-do-ro pintar, criar e falar disso eu de-tes-to pensar e falar de preço. Ceis sabem comé né? Nisso eu sou mesmo uma grande artista. Artista com esmero! Tenho muita dificuldade para decidir os preços, mas mais que isso para divulgá-los. Se for para amigos e amigas a coisa só piora, porque entra toda uma subjetividade e fico maior sem graça de "arrancar" dinheiro de quem gosto. Vejam só as loucuras! Bom, fato é também que ao pintar eu sempre tenho em mente aquilo que seria tipo "o mínimo" de valor que eu mesma aceitaria por cada tela. E e