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A história de Preta e Branca e sobre o amor não dito

(Eu e minha irmã Sandra, talvez com seis e quatro anos de idade, posando assustadas para os fotófrafos de rua, Sumaré, 1977-78)

Não sei exatamente quando meu pai decidiu adotar os apelidos "Preta", para minha irmã, e "Branca", para mim, só sei que quando me lembro da gente criança eu me lembro de meu pai nos chamando assim. O apelido tanto de uma, quanto de outra, não ficou. O que ficou, ao menos em mim, foi a lembrança de que todas as vezes que meu pai queria ser muito carinhoso conosco ele nos chamava assim.

Lembro de ter usado "Preta" para falar com minha irmã, em ocasiões especiais, como em seu aniversário, em comemorações do fim do ano etc, numa tentativa de expressar a mesma intensidade de amor que eu sentia que meu pai o tinha feito no passado.

Quem ele amava mais? De quem ele cuidava mais? Quem ganhava os presentes mais bonitos? Quem levava menos bronca da mãe e do pai?

- "A Sandra!", diria a Sônia pequenina.
- "Não! É a Sônia", diria a Sandra menor.

A verdade é que a Preta e a Branca, embora com apenas dois anos de diferença entre si, eram as inimigas-companheiras, de laços mais fortes que as duas conheciam. Elas disputavam da boneca Emília e dos chocolates “bis” até o amor e atenção de seus pais e dos pretendentes a namorados na adolescência.

Quem diz que irmãs são sempre amigas não está de todo certo. A minha amizade com a Sandra só começou mesmo a poucos anos atrás. Até então a gente continuava sendo as duas garotas de um tempo atrás, "brigando" e lutando para provar qual das duas era a melhor, qual das duas deveria receber o "maior amor" do Pai e da Mãe. Inconscientemente, claro, mas foi o que fizemos. 

Eu não sei exatamente quando começa esse ciúme louco entre irmãos, mas creio que seja quando um supostamente vem para "tirar o lugar" do outro. Talvez nasça nas tentativas exaustivas dos nossos pais de nos tratar feito iguais, quando, no fundo, somos tão diferentes e amados de formas tão diferentes.

E isso eu só consegui perceber depois de ser mãe. Eu sei, e isso eu não posso negar, que se tiver um outro filho, ou filha, será impossível amá-lo da mesma forma que amo Ângelo. Amarei como mãe, mas nunca da mesma maneira. Isso é uma "boa mentira" que os nossos pais, desesperados por nos provar seu amor, nos contam para que paremos de puxar o cabelo e tirar o brinquedo um do outro.

Nós não amamos dois homens, dois amigos, os nossos pais ou dois bichos de estimação do mesmo jeito. Impossível ser assim com os filhos. A grande besteira está em tentarmos provar isso para nós mesmos e tentar provar para os filhos que temos. Eles crescerão tentando nos mostrar que é mentira. Tentarão disputar nosso amor, porque não conseguirão enxergar essa igualdade que contamos existir. Apesar disso, eu concordo, deve ser terrivelmente difícil administrar o amor de dois ou mais filhos. Ao menos, eu imagino. 

Bom, tudo ia bem, obrigado! até hoje de manhã. Percebi, com anos de auto-análise e ajuda da psicologia, que todas as disputas só provavam duas coisas:  o quanto eu e minha irmã queríamos ser amadas e reconhecidas pelos nossos pais e o quanto nós nos amávamos. Cada qual tentando fazer uma imagem melhor de si mesma. Uma, tentando provar que não era só a mais bonitinha e menorzinha, mas que poderia ser, da mesma forma, inteligente e respeitada. A outra, tentando se ver não só como a espertinha e esforçada, mas como aquela que poderia também ser bela aos olhos dos outros.


(A Sandra, numa das fotos que fiz dela e das quais mais gosto, alguns meses depois dela ter sido mãe, 2005)

Idéias infantis e imaturas que a gente carrega, construídas a partir de uma realidade fantasiada na nossa própria cabeça a respeito dos fatos que nos cercam quando somos crianças. A fantasia de que não somos tão amados quando deveríamos ou queríamos, a fantasia de que talvez possamos perder o amor de nossos pais, porque nosso irmão é melhor do que nós ou ao menos é assim que os outros o vêem.

Ocorre que o mesmo pai que nos dera apelido tão carinhoso, demonstrava carinho, cuidando, brincando, cantando e saindo por trinta anos, de madrugada, para trazer nosso leite, mas não dizia. Seu Zé não era um homem de muitas palavras carinhosas. Não seria difícil de entender as razões. Certa vez ouvi-o relembrando com minha tia Nair, sua irmã mais velha, que com uns dez anos de idade eles dois apanhavam de meu avô, com vara feita de bambu, por motivos que até aquele dia (os dois com sessenta e poucos), ainda não conheciam.

Seria fácil de compreender se a gente entendesse tudo de psicologia lá pelos 5 anos de idade, mas o problema é que enquanto somos as Pretas e as Brancas a gente só quer mesmo é ouvir aquilo que confirme o que imaginamos. E não é estranho pensar como essa nossa necessidade caminha com a gente até envelhecermos. 

Eu não acho que os problemas que a gente enfrente quando adolescentes, jovens ou adultos venham todos de erros dos nossos pais, impossível! Mas eu tenho certeza que muitos deles vêm de erros que lhes atribuímos. E um "erro" que atribuí durante muito tempo a meu pai foi o de que ele não conseguia demonstrar-nos seu amor com palavras ou gestos explícitos, depois que crescemos. 

Uma querida amiga, não brasileira, que tenho aqui disse que falou assim para o marido esses dias: "Você poderia, por favor, me dizer "obrigado" de vez em quando?". Ela se referia ao fato de ter "deixado" uma super carreira de gerente no seu país, mudar-se para cá, cuidar do filho e da casa e de tudo o mais, sem reclamar e sem ter nenhum reconhecimento por isso. Ao que ele lhe respondeu: "Mas eu fico agradecido!". E ela: "então, por que você não diz?".

Essa é a mais pura verdade. Dependendo do papel que estamos cumprindo nós simplesmente achamos que não precisamos dizer tudo, porque "é óbvio" que a pessoa deve perceber o que sentimos. E se estamos no papel contrário a idéia que temos é a de que "é claro" que não dá para saber, se a pessoa não diz.

(O Júnior, meu sobrinho, no dia do seu nascimento, um dos motivos que me fez chorar e o segundo (o primeiro foi a Luana) que me incentivou a querer ser mãe, abril de 2005)

Foi essa conclusão a que cheguei hoje depois de receber uma mensagem de minha irmãzinha, ou irmãzona querida. Ela me dizia o quanto se sente chateada por eu nunca responder aos comentários dela no blog, ao passo que me desmancho nos comentários para os meus "amigos". Eu, por meu turno, me chateei com a acusação. Como assim não comento? Claro que respondo! Respondi a todos e vários eu respondi com bastante carinho!, disse eu mais ou menos assim. E eu realmente tinha certeza disso. É minha irmã, é claro que eu respondo com carinho!

Não conformada, busquei no blog os posts nos quais me lembro exatamente que a Sandra deixou recados. De fato eu respondi, mas as respostas estão longe de demonstrar algum "carinho". Nem mesmo atenção direito eu demonstrei. Se eu imaginei uma resposta e fiquei super feliz com o comentário dela eu não escrevi nada. Vai ver ficou perdido nas "entrelinhas" da minha cabeça. Exatamente o contrário do que faço para meus "amigos", os quais conheço apenas de falar na internet ou gente que tenho em alta conta. E checando os posts vi que já escrevi um especial para meu irmão Lê, mas nunca para a Preta ciumenta.

Minha primeira atitude foi revidar a acusação, apelando para o sentimento de culpa de minha irmã menor, usando o fato de termos ficado, Renato, Ângelo e eu, todos doentes ao mesmo tempo, semana passada e essa, numa virose danada que nos pegou com todas as dificuldades que alguém que vive "sozinho" em outro país pode ter. A segunda, entretanto, foi inversa.

Se eu não me lembro da história do "Sociedade dos Poetas Mortos" direito, me lembro bem de uma cena do filme, na qual o professor pede aos alunos que subam na carteira do professor, lá na frente, e tentem ver a sala de aula num outro ângulo. Tentando tomar a posição do outro eu posso tentar ver com os seus olhos, ensina o professor. Posso tentar sentir sua dor e sua alegria. Posso tentar ver-me num outro ângulo, passar de vítima (posição a qual normalmente assumimos) a algoz, ou de acusadores à vítima.

(Tão diferentes e tão iguais, Preta e Branca, chorando na hora do cumprimento, no dia do  casamento da Branca. Amigo Klaus ao fundo,  janeiro de 2002)

Ver num outro ângulo e perceber, sem mágoa, os meus erros é o que a Sandra Regina de Carvalho, minha irmã nunca citada direito no blog, para quem peço em minhas preces todos os dias; mãe do meu lindo e de quem morro de saudade, Júnior; amiga com quem subi no pé de mangueira todas as tardes de minha infância e comi bolinho de chuva assistindo à sessão da tarde; com quem brinquei de Emília e de quem puxei os cabelos; de quem tive inveja quando e quem me inspirou a querer ser mãe, me fez perceber novamente hoje.

Embora a Branca se sinta tão conectada à Preta todos os dias de sua vida, ela parece que se esquece que amar apenas não é suficiente, mesmo que ela mesma viva reclamando isso aos quatro ventos. Amar apenas é bem pouco de vez em quando, sobretudo quando a distância pode deixar ainda mais dúvidas na cabeça de quem está do lado de lá.

-"Sandra Preta amo você, irmã querida!"

Comentários

Anônimo disse…
Lindo post Somnia!!! Enquanto lia, passaram-se várias ideias na minha cabeça, várias coisas que queria comentar.

Preta é um apelido que sempre ouvi uma amiga da minha mae chamá-la. Nega, é uma forma carinhosa q minha mae tem de me chamar. Tenho uma amiga muito querida a qual chamo de preta (lembra, é aquela que está grávida?! e para quem fiz um post!). Mas sempre me perguntei o pq desses apelidos serem carinhosos. Apesar de nao saber a resposta eu os adoro!

Quanto a expressões de carinho do teu pai e do marido de tua amiga tenho tb algumas consideracoes. :S No primeiro caso, talvez seja o fato de se tornar pais (com a ideia óbvia de amor - "sou teu pai/mae, então é claro q te amo") existe um certo descuido com o fato de expressar o sentimento oralmente. São apenas suposicoes, mas outras razoes podem estar envolvidas.

Já no segundo caso, bom, suecos em geral tem sim uma certa dificuldade de expressar o que sentem (talvez também se encaixe na idéia óbvia de amor). Quem sabe?! Mas lógico que existem inúmeras excessões.

Acho q ja escrevi demais, ta parecendo um post...agora nem lembro o q queria comentar a mais hehehe

xero amore
Unknown disse…
É muito difícil repartir aquilo que amamos e que julgamos ser nosso.É "meu" pai é "minha" mãe,é "meu" filho,"minha" filha e por aí vai...Na verdade nossos primeiros inimigos são "nossos" irmãos.É com eles que travamos uma luta constante. É com eles que brigamos,competimos.É uma mistura de amor e posse que continua por toda nossa vida.Mas no fundo é muito bom ter irmãos para amar e defendê-los com unhas e dentes.
Lúcia Soares disse…
Uau! Li e quase me "destemperei"!
Eu também tenho apelido de Preta, por parte do meu marido, muito eventualmente e sempre com muito carinho.
Tenho 5 irmãs! Imagina a "ciumada" que rolava. E tenho 4 irmãos. Como pode um pai e uma mãe amarem 10 filhos da mesma forma? Difícil entender...Mas o bonito é isso, cada um desperta uma parte do amor. O amor tem muitas faces.
Eu tenho 3 filhos, 2 mulheres e 1 homem. Não tenho predileções. Mas eles acham que sim...Difícil agradar a todos, né?
Sua irmã deve estar feliz, agora! Como é bom receber uma declaração de amor! E via internet! Você é um ser humano da melhor qualidade! Bj
Beth/Lilás disse…
Ai, danada!
Não posso nem escrever agora de tanto que meus zóinhos tão embaçados!
Também tenho uma irmã, mais nova 1 ano, e este post me fez lembrar dela.
Volto depois, sem lágrimas.
bjs cariocas
Beth/Lilás disse…
Ai, Borboletinha vc me arranca o coração pela boca com estes posts glamurosos!!!

Já tinha escrito pela manhã prá você, mas novamente vejo que não entrou meu comentário.

Voltei, pois escrevi que fiquei emocionada e os zóinhos embaçados de lágrimas, pois também tenho uma irmã 1 ano mais nova que eu e lá em casa ela era a Preta e eu a Branca. Nada de distinções sobre isso entre nós e nem pelos pais.
Mas, a disputa pelo amor e atenção, depois que refleti sobre o que vc escreveu, vejo que era mesmo árdua entre nós.

O que vejo é que esquecemos de dizer aos nossos amados mais próximos o quanto os amamos e desejamos o melhor para suas vidas.

Você aproveitou a reclamação da "lindinha" da sua irmã para responder com esta bela mensagem de amor. Fiquei emocionada, imagino ela!

E vou parar por aqui, pois já vi que tem uma ciumenta no pedaço, mas termino dizendo que a Borboletinha Branca é um doce de pessoa e um lindo coração.

beijos cariocas
Anônimo disse…
Somnia, apesar de ler seu Blog , quase que diariamente nunca comentei, porem hoje foi impossível passar imune a ele , simplesmente lindo ! Muito carinhoso e sensível.
Como sou a mais velha de três irmãs , entendo muito bem suas palavras , fiquei realmente emocionada . E me fez repensar muitos fatos de minha infância e vida .Me fez lembrar de meu pai que hoje não está mais aqui conosco e de como as vezes realmente somos egoístas e até mesmo insensíveis com aqueles que mais amamos.
Grande beijo e obrigada por essas belas palavras
Anônimo disse…
"quem fala agora é a homenageada"...

Sônia nao sei bem como começar e tb nao quero escrever uma carta, mas faço das suas palavras exatamente o que se sempre senti e nunca te falei: como somos bobas em deixar as pequenas mágoas aparecerem mais do que os mais lindos sentimentos. Como é facil falar de vc p/ minhas colegas e p/ tantos que conheço (sempre enchendo o peito de muito orgulho de vc), mas como é dificil dizer pra você o quanto TE AMO TAMBEM, é estranho pq creio que se algum dia eu tivesse me colocado em seu lugar talvez eu nao tivesse te falado o que falei essa semana.

Nao quis te magoar se percebo que faço isso fico três vezes pior que vc, mas acho na verdade que queria te falar o quanto quero tá perto de vc. É engraçado pq fiquei o ano todo planejando como será a sua visita no Brasil, ja pensando que nao vamos ter tempo se quer de ficarmos juntas - (comer um lanche só nós duas - irmos fazer unhas ..., enfim tricotar um pouco ...) Nossos pequenos com certeza nao nos darão tempo pra isso rsss.

Fiquei feliz por demais com o que vc colocou - talvez se tivéssemos conversado vc nao teria acertado tanto nas palavras. "Te amo por demais" e me perdoa se de alguma maneira te magoei ...
Anônimo disse…
Ahhhh,
quando li este ultimo post me peguei com um sorriso no rosto e com lagrimas nos olhos, pois me lembro de ter testemunhado algumas das brigas, e me transportei para aquele tempo na rua da vila. Morri de saudades de um tempo muito bom...
Sonia Branca - aproveite o caloroso Brasil (estarei com ele logo)queria poder nos encontrarmos
Sandra Preta - voce estah linda na foto do post.
Beijos a voces Ebony and Ivory
Sandra Mala...
Somnia Carvalho disse…
Hey pessoal, desculpa a demora, mas começo a responder agora...

Então Ju, concordo totalmente com você com respeito a primeira consideração: quando são pessoas próximas a tendência é a gente descuidar... a gente deixa de regar a plantinha porque ela tá sempre ali não é? do lado... e se esquece que tal como as que não estão todos os dias conosco e nos amam tanto, ela precisa ser regada com cuidado, carinho e atenção.

No segundo caso poderia até ser, mas minha amiga não é sueca. Ela é do leste europeu e o marido também. Entretanto, ela tem uma mistura maior e consegue demonstrar e falar muito sobre mais sobre o que sente etc.

Acho que essa é uma dificuldade de pessoas de algumas culturas, mas mesmo aí no Brasil quentinho conheço muita gente super legal, mas que não consegue ser calorosa com quem ama. Não consegue dizer, oi, obrigado... e sinto que em muitos casos são mais os homens, embora conheça mulheres com o mesmo problema.

beijocas!
Somnia Carvalho disse…
Oi Irene,

é verdade, o uso do pronome possessivo nesses casos de amor já diz tudo! excelente ponto!

os irmãs são os primeiros inimigos, mas inimigos que a gente ama, coisa maluca não?
Somnia Carvalho disse…
Lúcia, quase não acreditei no que você disse de serem em 10 filhos! uau!

minha avó até ficou grávida 19 vezes e meu pai tinha muitos irmãos mesmo, mas eles brigaaaavam que era uma coisa! haha..

agora me confessa aí vai: voce não tem predileção né? mas é ou não é diferente o jeito que você gosta de um e outro? fico imaginando, se vc teve um com uma idade, num tempo, e outro em outras circunstancias, sendo outra pessoa, voce os ama de jeito diferentes nao? curiosidade minha, porque so tenho 1! rs...
beijos
Somnia Carvalho disse…
Lúcia, quase não acreditei no que você disse de serem em 10 filhos! uau!

minha avó até ficou grávida 19 vezes e meu pai tinha muitos irmãos mesmo, mas eles brigaaaavam que era uma coisa! haha..

agora me confessa aí vai: voce não tem predileção né? mas é ou não é diferente o jeito que você gosta de um e outro? fico imaginando, se vc teve um com uma idade, num tempo, e outro em outras circunstancias, sendo outra pessoa, voce os ama de jeito diferentes nao? curiosidade minha, porque so tenho 1! rs...
beijos
Somnia Carvalho disse…
ô Dona Beth, primeiro, adoro saber que seus olhos ficaram marejados! hihi...

segundo: voce e a branca? e voce era má? porque eu era má com a minha preta tadinha... acho que porque era mais velha...

aproveita o Natal e fala com sua pretinha também! sabe que o post me rendeu momentos gostosos essa semana! beijao
Somnia Carvalho disse…
Lúcia,

você não imagina como é gostoso saber que você, que nunca vi, mas tá sempre aí, ficou pensando sobre si mesma e sua vida etc. É demais! talvez isso prove como nos seres humanos somos tão tão parecidinhos, embora tenhamos cada qual seu jeito todo unico de ser.

Adorei saber que vc tá do outro lado da linha!
Somnia Carvalho disse…
Sandroca Prretona,

pra vc ter uma idéia da gravidade do ciume e da maluquice eu nunca fiz idéia que vc falasse de mim pra suas amigas benhê! pra mim você tá sempre tentando demonstrar que o que eu faço e fiz e sou não é nada demais! hihi... quer dizer, agora eu até acho menos! rs...

também acho que escrever foi mais fácil, porque eu me sinto embarassada de falar isso ao vivo... tonta que nem criança!
Somnia Carvalho disse…
Sanda Mala, ce não tem idéia de como eu queria te encontrar agora no Brasilzão... eu tenho tanta saudade!

e me sinto super culpada e em divida com voce que e sempre tão carinhosa mandando presente, cartão... e eu? eu sou tão faltosa em tanta coisa...

mas! te adoro do mesmo jeito la da vila! mas com muito mais admiração agora!

beijos pra voce e usa familia linda e por favor me esclarece o que e o elbony e ivony
Beth/Lilás disse…
Qué isso Barbuleta! Eu era mais velha e branca, mas não era ruim não! Pelo menos eu penso que não!

Mas, sabe como é irmã caçula, sempre se acha injustiçada e minha irmã é cheia dessas bobagens até hoje. Já disse prá ela que tem novos psicólogos no pedaço e mandei ela se tratar. haha

E vê se pára de me botar emocionada porque eu tomo remédio prá pressão alta e minha pressão altera-se com o emocional e vc poderá ser responsável por uma senhora, na primaveril menopausa de sua vida, ir pro buraco mais cedo. hahhahahah

UauUuaUuauUau! Hoje eu tô com a corda toda! haha

bjs cariocas

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