Pular para o conteúdo principal

Diário num Exílio (Radioativo): dia 5 e pós exame

("Supergirl decadence", Donald Soffritti

Radioactive Lady Sônia não mais radioativa e nem um pouco ativa. Mitos sobre vômitos e enjôos obrigatórios durante exame no hospital detonados. Mitos sobre enjôos e mal estar terrível pós exame se mantém. Unfortunally!
Pãozinho com água? Enjôo! Qualquer comida? Ânsia. Enjôo. Dor de cabeça ter-rí-vel! Corpo eliminando tudo, absorvendo hormônio sei lá mais o quê. Lady feliz de estar em casa. Lady beijou e irradiou todo mundo com abraços. Beijos. Abraços. Enjôos. Noites rolando e arrotando. Lady quer ser normal! Amiga diz que missão para Lady é impossível! Lady perdeu quase 2 kilos, mas Lady parece a porca Pig. Toda inchada. Esquelética e inchada. Cara. Pés. Mãos. Lady sabe que tá no fim. Não ela! O inchaço! E Lady sorri! Lady tem planinhos. Lady quer ir no mexicano. Lady quer ir no japonês. Lady quer tomar frozen marguerita. Lady quer caipirinha de frutas vermelhas. Lady quer sair com as amigas. Lady quer namorar. Lady quer passear e bater perna. Lady até queria ir trabalhar. Lady não consegue, mas Lady não é coitadinha. Lady gosta de drama. Lady só deseja e enjoa. Lady tristinha porque não detonou tudo!
Mitos sobre ficar de saco na lua dias depois do exame: confirmados Adam! Soooo unfortunally!

update 10 abril:
Uma das médicas quem cuidou do meu tratamento do iodo radioativo me ligou agora. Ao explicar tudo que a Lady anda passando com enjôos, tonturas, enxaquecas e prostração ela me disse que isso tem a ver única e exclusivamente com o fato de Lady ter ficado 1 mês sem tomar hormônios para fazer a radiação. O iodo já saiu do meu corpo. Então, agora é esperar que o Synthroid faça efeito no meu organismo. O que nos leva a concluir que: o mito do enjôo, ânsia e vômito por conta do iodo está? Detonado! hihihi...

Comentários

Lúcia Soares disse…
Vai passar, vai passar!
Beijo!
DAnissima disse…
A maior parte dos desejos da Lady tem a ver com a pança feliz: caipirinha, mexicano, japonês... Gostei de ver! Me sinto a tua alma gêmea ;-)

me passa a receita da waffle? eu fiz uma no domingo, mas nao ficou aquela maravilha...

força!

beijos e abraços
Paloma disse…
Querida Somnia, sempre leio seu blog, embora nunca comente. Seus escritos me inspiram, me confundem e às vezes me deixam com trilhas sonoras que me acompanham vida afora. Desde que comecei a acompanhar sua saga "radioativa", estou com essa música da Elis na cabeça e decidi compartilhá-la com você.

"(...)
Outras vezes, rebento simplesmente
No presente do indicativo
Como a corrente de um cão furioso
Como as mãos de um lavrador ativo

Às vezes, mesmo perigosamente
como acidente em forno radioativo,
Às vezes, só porque fico nervosa
Eu Rebento
Ou necessariamente só porque estou viva

Rebento
A reação imediata
A cada sensação de abatimento
Eu Rebento
O coração dizendo bata
A cada bofetão do sofrimento
Eu Rebento
Como um trovão dentro da mata"

O link no youtube é do festival de Montreux:
http://www.youtube.com/watch?v=ok-W1EcdLkg

Um abraço muito carinhoso!

Postagens mais visitadas deste blog

"Ja, må hon leva!" Sim! Ela pode viver!

(Versão popular do parabéns a você sueco em festinha infantil tipicamente sueca) Molerada! Vocês quase não comentam, mas quando o fazem é para deixar recados chiquérrimos e inteligentes como esses aí do último post! Demais! Adorei as reflexões, saber como cada uma vive diferente suas diferentes fases! Responderei com o devido cuidado mais tarde... Tô podre e preciso ir para a cama porque Marinacota tomou vacina ontem e não dormiu nada a noite. Por ora queria deixar essa canção pela qual sou louca, uma versão do "Vie gratuliere", o parabéns a você sueco. Essa versão é bem mais popular (eu adorava cantá-la em nossas comemorações lá!) e a recebi pelo facebook de minha querida e adorável amiga Jéssica quem vive lá em Malmoeee city, minha antiga morada. Como boa canção popular sueca, esta também tem bebida no meio, porque se tem duas coisas as quais os suecos amam mais que bebida são: 1. fazer versão de música e 2. fazer versão de música colocando uma letra sobre bebida nela. Nest

"Em algum lugar sobre o arco íris..."

(I srael Kamakawiwo'ole) Eu e Renato estávamos, há pouco, olhando um programa sueco qualquer que trazia como tema de fundo uma das canções mais lindas que já ouvi até hoje. Tenho-a aqui comigo num cd que minha amiga Janete me deu e que eu sempre páro para ouvir.  Entretanto, só hoje, depois de ouvir pela TV sueca, tive a curiosidade de buscar alguma informação sobre o cantor e a letra completa etc. Para minha surpresa, o dono de uma das vozes mais lindas que tenho entre todos os meus cds, não tinha necessariamente a "cara" que eu imaginava.  Gigante, em muitos sentidos, o havaiano, e não americano como eu pensava, Bradda Israel Kamakawiwo'ole , põe todos os estereótipos por terra. Depois de ler sobre sua história de vida por alguns minutos, ouvindo " Somewhere over the rainbow ", é impossível (para mim foi) não se apaixonar também pela figura de IZ.  A vida tem de muitas coisas e a música é algo magnífico, porque, quando meu encantamento por essa música come

O que você vê nesta obra? "Língua com padrão suntuoso", de Adriana Varejão

("Língua com padrão suntuoso", Adriana Varejão, óleo sobre tela e alumínio, 200 x 170 x 57cm) Antes de começar este post só quero lhe pedir que não faça as buscas nos links apresentados, sobre a artista e sua obra, antes de concluir esta leitura e observar atentamente a obra. Combinado? ... Consegui, hoje, uma manhã cultural só para mim e fui visitar a 30a. Bienal de Arte de São Paulo , que estará aberta ao público até 09 de dezembro e tem entrada gratuita. Já preparei um post para falar sobre minhas impressões sobre a Bienal que, aos meus olhos, é "Poesia do cotidiano" e o publicarei na próxima semana. De quebra, passei pelo MAM (Museu de Arte Moderna), o qual fica ao lado do prédio da Bienal e da OCA (projetados por Oscar Niemeyer), passeio que apenas pela arquitetura já vale demais a pena - e tive mais uma daquelas experiências dificilmente explicáveis. Há algum tempo eu esperava para ver uma obra de Adriana Varejão ao vivo e nem imaginava que