(Eu na estrada, em frente às plantações de canola, Malmö, primavera de 2007)
Há muitos e muitos meses atrás me veio o tema deste post na cabeça, mas foi só vendo (com atraso) a idéia da criativa blogagem coletiva da Ciça, o qual eu sobe através da querida Lu, que resolvi arregaçar as mangas do meu pijama de florzinha e escrevê-lo.
(Selinho da blogagem coletiva sugerida pela blog da Ciça)
A idéia veio depois de eu ver que, em resposta a alguns textos, algumas pessoas haviam me escrito comentários nos quais elas sugeriram que obviamente eu só podia ser feliz na Suécia, dado o lugar maravilhoso que é.
Se não maravilhoso, muita gente enfatizara o quanto deve ser bom viver aqui. Morar na Suécia? Uau! Que sonho! Ainda que para alguém isso possa soar como pesadelo, para muita gente que aqui passa parece que eu vivo meio que um conto de fadas ou de madame.
Lembro de ler uma leitora carinhosa que vive aqui perto de Malmö dizer que ela teria certeza que tudo correria bem em seu parto, já que eu havia dito que meu pré natal na Suécia tinha sido realmente muito bom.
A verdade é que a realidade pode não ser bem assim.
Se é bom viver na Suécia? Bom, a resposta é: depende de quem é ou era você antes de lhe surgir a idéia de vir para cá.
(Eu, com a sogra Irene e a Tia Lourdes em frente ao Torso, num ventão danado, Malmö, outubro de 2009)
Há inúmeras e inúmeras coisas que me incomodam aqui e uma delas, por exemplo, é ter a super dificuldade de conseguir falar diretamente com qualquer pessoa da área de saúde. Tudo na Suécia, no que diz respeito à saúde, é feito via telefone antes. E então é preciso descobrir os números, ficar na linha de espera, falar em sueco ou inglês e explicar seu problema primeiro para depois conseguir agendar alguma consulta.
E então, para começar a história toda, você pode odiar viver aqui porque o sistema de saúde sueco não tem absolutamente nada a ver com o brasileiro a começar pelo fato de que ele é praticamente todo público. Não há a exclusividade com o médico como se tem no Brasil com os planos privados e exames são feitos quando os médicos entendem que eles realmente sejam necessários.
E aí eu deveria lembrar também que se você decidir vir morar aqui deve estar preparada ou preparado para as grandes dificuldades da área de beleza. Os serviços são extremamente caros o que faz com que deixar seus pés e mãos perfeitinhos toda semana seja um luxo que algumas suecas que conheci o fazem apenas em festas muito, mas muito especiais, como casamentos. Prepare-se para gastar de 250 a 300 reais por semana caso sonhe em ter unhas e pés feitos por outra pessoa.
O mesmo vale para depilação, corte, tingimento dos cabelos. Para tingir o meu, curtinho, a última pessoa me pediu 300 e aí quem pintou foi uma amiga.
Bom, então precisa começar a pensar que quem vive na Suécia precisa dar conta de cuidar de sua beleza por si mesma e, talvez de vez em quando, poder pagar para ter umas horas de madame.
Outros serviços que deixam a vida aqui um pouquinho só trabalhosa é o fato de não termos porteiros. Nem ajudantes e faxineiras de prédio. Quem limpa os corredores dos prédios, os jardins, garagens etc, salvo algumas exceções, são os próprios moradores. Há rodízio pré estabelecido para o ano inteiro em muitos prédios e não importa se seu dia caia num dominguinho, num feriadinho quente ou muito frio, é sua tarefa e de sua família cuidar do que é de todos. Tem gente que fura, mas a maioria cumpre.
(Uma das vistas de casa: um barquinho vai pelo mar Báltico e a ponte que une a Suécia e a Dinamarca, Malmö, outubro de 2009)
E como não tem o porteiro Zé não tem também aquela chance de dar uma ligadinha básica na portaria e pedir pro cara consertar isso ou aquilo. Não tem como pagar uns trocados por uma pintura do apê ou para carregar a mudança. Não há porteiro Zé nem ninguém que se submeta a carregar, limpar, cortar grama, pegar seu lixo e fazer o serviço literalmente sujo por uma graninha. A maior parte tem seu próprio trabalho, onde ganha provavelmente algo parecido com você e cuida de tudo isso que você também precisa cuidar. É o caso de Rasim, rapaz que trabalha no meu prédio e é um faz de tudo, mas tem o mesmo carro importado que nós e mora bem como a maioria aqui. Muita gente que vai fazer-lhe a unha pode ter viajado mais que você e falar um inglês de cair o queixo. Além disso, todo mundo sabe que sendo a oferta pequena é preciso valorizar o preço e o trabalho, principalmente se é algo que a maioria não sonha em fazer, como depilar "las partes íntimas" (usando um termo genérico, já que não consigo ser clara como a Braxt) e cabeludas de outra pessoa.
Os suecos, devo afirmar, são um povo simples. De vida regrada e comedida. Voltam para casa cedo, cuidam dos filhos e da casa e viajam praticamente só nas férias do meio do ano. Por outro lado, eles tem "luxos" que nós brasileiros lutamos uma vida toda para ter: têm escola pública de alta qualidade a vida toda. De graça. Têm saúde e aposentoria garantidas pela vida toda. São mais ou menos independentes desde os dezesseis até o fim de sua vida.
Sendo simples a vida por aqui é difícil ver suecos esbanjando dinheiro em muitos carros na garagem ou muita roupa de marca. Obviamente há um ou outro que goste disso, mas é exceção, não é bem visto pela maioria e não é o sonho de consumo da maioria. Aliás, por falar em carro, quem tem quase sempre lava o seu próprio, como meu vizinho quase dinamarquês. Ele comprou um conversível para o verão, mas estava a montar algumas peças e lavando o carro sozinho no fim de semana. Lava-jatos, como temos no Brasil, também são um "luxo" que poucas pessoas se dão. Há pouquíssimos lugares, sendo que a maior parte deles são aqueles que você coloca a moedinha e fica a lavar tudo sozinho. No frio, inclusive. Fiz isso com 8 meses de gravidez e algumas vezes mais e daí passei a bola pro marido, já que ele prefere fazer tudo à moda sueca também.
Não há como não lembrar que sendo a Suécia um país onde seis meses do ano é frio a gente pensa o tempo todo em pedir uma pizza quentinha pelo serviço de delivery e esperar em casa enquanto um motoboy traz o jantar. Nem pizza, nem comida japonesa, chinesa ou o que seja através de um motoboy. Em Malmö toda há um serviço de entrega de pizza e não quer dizer que os suecos se matem para tê-lo. É possível pedir uma comida para take away, mas aí é você mesmo quem vai buscar no restaurante, independente dos 20 ou zeros graus que possam estar fazendo no termômetro.
Eu tenho uma lista infindável de itens que podem dar uma melhor idéia de que viver na Suécia pode ser um pequeno pesadelo, dependendo do ponto de vista de quem a analisa.
Já ouvi brasileiros, portugueses e outros dizendo a quatro ventos que os suecos são frios, sem graça, chatos e preconceituosos. E também que a Suécia é horrível de se viver porque o frio é insuportável. Ou que aqui não tem toda aquela ginga que a gente tem no Brasil e toda aquela comida boa... Veja que, independente do que seja a Suécia, se ela será ou não boa para se viver depende mais é do julgamento de cada um.
Sem arroz e feijão todo dia na mesa, sem sua família por perto, sem cerveja na praia, sem bares abertos pela noite toda e shopping que fecha as 5 da tarde no fim de semana. Isso é o que eu vivo e tenho aqui e a Suécia, para a Somnia, ainda assim, ainda é extremamente colorida.
O mesmo que eu vejo com olhos super polianísticos alguém pode ver como algo horrível. Eu respeito o jeito sério dos suecos, primeiro porque os suecos não são brasileiros. Eu respeito e admiro a cultura sueca porque eles conseguiram criar um lugar onde se vive sem medo do que vai acontecer se eu estacionar o carro na rua e não num lugar privado. Não há temor pelo futuro dos filhos na escola ou na universidade. Todos eles poderão estudar, trabalhar, viajar e conhecer o mundo. Todos terão educação e cultura.
Não há medo que eles sejam atropelados a qualquer preço no trânsito maluco e nem que eles não voltem porque levaram um tiro perdido na rua. Eles provavelmente nunca serão sequestrados. Não é preciso pensar que alguém que me acompanha do mesmo lado da rua a noite queira me assaltar ou fazer mal a mim ou quem amo. A segurança na Suécia é algo sem preço para quem vem de um país como o Brasil, assim como a igualdade social. Aqui não se vê favelas e não é ver a favela que me incomoda, mas viver com a idéia de que outras pessoas vivem assim. O sistema daqui permite que as pessoas tenham mais ou menos o mesmo padrão de vida, o que faz com que a gente não sinta o peso da culpa de parar em cada semáforo e ver a miséria do outro. Viver sem medo e sem culpa não tem preço, ao menos para mim. E é por essas e outras que eu vivo cantarolando em cima de minha bike Madalena.
Eu me irrito ao telefone por tentar marcar o médico, mas eu sei que o preço de um serviço público e igualitário para mim e para qualquer outro que seja é esse. Poderia ser melhor, diferente, talvez, mas funciona e mantém índices baixíssimos de mortalidade infantil, sem contar que a expectativa de vida é pelo menos dez anos mais que em nosso país.
Não tem faxineira, nem cozinheira, nem jardineiro. É a gente mesmo quem limpa, lava, passa, pole, planta, replanta, lava janelas ou o que seja. Madame é o que não dá mesmo, nem em sonho, para ser na Suécia e em muitos países da Europa. Por outro lado, não há milhares frustrados porque nunca tiveram opção de estudar e porque não têm um trabalho com o qual ganhem o mínimo para levar uma vida decente.
Não tem babá, mas os pais têm escolha de ter licença remunerada até um ano e meio depois do nascimento do bebê. A mãe, sozinha, pode tirar um ano se quiser, mas pode dividir com o marido após os seis meses do bebê.
É frio, mas o espaço público é muito bem cuidado e posso brincar com meu Ângelo em todo canto da cidade. Passo mais tempo fora de casa na gélida Suécia em uma semana, inclusive nos seis meses do inverno, do que consegui ficar em dois meses de férias de verão no Brasil. Passsear não significa ir ao shopping. Conversar não significa falar em frente à TV. Respeitar o outro significa cuidar da esfera pública como se fosse minha.
(Eu e Ângelo brincadno na neve nos campos de futebol que ficam em frente onde moramos agora, fevereiro de 2009)
A minha Suécia colorida não é tagarela como meu Brasil caloroso e cheio de afago, mas me sinto em casa nela. Me sinto respeitada toda santa vez que atravesso uma faixa de pedestre.
A minha Suécia colorida é cinza de novembro a maio, mas me dá quatro estações incrivelmente maravilhosas e diferentes para se viver.
A minha Suécia é dura comigo, me exige que eu deixe de ser a Sônia que fala português, mas me acolhe quando falo inglês em qualquer canto ou me dá um sorriso quando ouve dizer de onde venho.
A Suécia não é o Paraíso que você espera. Ela nem mesmo é Paraíso para quem nasceu aqui e não é para mim, mas ela pode ser - assim como qualquer outro lugar do planeta onde a gente se prontifique a não só comparar e querer transformar como o canto de onde veio - um lugar muito, muito bom de se viver. Depende mesmo é o quanto você consegue se abrir para o novo e não só desejar o velho. Depende do quanto gosta de se arriscar, de aprender, de levar bordoada da vida sabendo que em todo canto haverá uns dias de choro e outros de muito riso.
A escolha de ficar listando e reclamando da lista de coisas diferentes e impossíveis de se ter é só nossa. Posso lamentar tudo o que disse acima todos os dias ou posso curtir a paisagem que vocês vêem aqui.
Eu não quero dizer com isso tudo que "tá vendo, tem coisa positiva e negativa no Brasil e tem coisa positiva e negativa na Suécia". Isso para mim é óbvio. Eu quero dizer que a conclusão do que tiramos de um lugar e do que ele possui tem a ver com o que somos e esperamos. Com o que desejamos para nós mesmos e o mundo. Eu amo o Brasil de paixão e é meu lugar, mas eu devo enfatizar que, para alguém que estudou por anos e anos filosofia, crítica social, manipulação de massas, ética e moral, a Suécia está muito dentro daquilo que eu admiro, daquilo que eu espero o Brasil e muitos lugares do mundo tomem como exemplo.
A Suécia não é necessariamente colorida. Ela o é para mim, apesar dos pesares.
A escolha depende da realidade, mas depende também das lentes que escolhemos usar a cada dia...
Comentários
Beijo
finalmente me dar conta que o maldito rapsolje é óleo de canola! Me estalou quando vi a fota!
2) Passei com um navio debaixo da Storebelt bridge, indo da Finlândia pra Alemanha (veja a minha fota se quiser! http://camigoestonorway.blogspot.com/2006/08/corao-partido-na-finlndia.html)
3) Adorei todo o texto. Outro dia escutei uma afirmação das mais cretinas, "A Noruega é país de gente rica e educada". Quem afirma isso não tem a menor idéia do que siginifica a igualdade social daqui onde vivemos (eu e vc), e que essa igualdade é atrelada ao não-consumismo - porque os serviços (e bens)são caros mesmo! Penso como vc...
Obrigada por compartilhar as idéias!
beijão de outono frio pra caramba antes do tempo...
Eu vivi na França por 1 anos e ainda tenho amizades brasileiras lá. E acompanho a vida de amigos que ficaram, e sei que esss diferenças podem ser pesadas mesmo. Uma amiga tem um bebê de 2 meses e está sofrendo horrores para se adaptar ao sistema de saúde francês, especialmente porque ela era da área de saúde no Brasil.
Eu tenho muito claras as vatangens da desigualdade das quais a gente se aproveita, mas pra mim o que pegou na Europa foi o frio mesmo. Sou muito solar. E apesar de me indignar com nossas injustiças, fiquei super mal no inverso francês. Não sei se suportaria o sueco.
Como sempre, mandando bem demais nos seus posts e no que quer passar pra todo mundo. Por isso gostiuuu muitiu dessa moçoila.
Viver fora do Brasil pode ser maravilhoso, principalmente, se vc observar estes pontos aí que detalhou ou fazer como eu, sem manjar muito de inglês, mas me comunico super bem, porque falo também a linguagem do amor e o ser humano gosta disso em qualquer lugar do planeta.
Well, tô aqui na Old England, num hotel fofo, às margens do Thâmisa, mais para spa relaxante, enquanto o marido fica fechado numa sala de reuniões, eu bordejo e falo com um e com outro. Em breve, mostrarei fotos das minhas andanças.
Não me esqueça, heim!
Saudades, kiss
E, mais ou menos, combina com o meu, sobre as empregadas domésticas. Também li a Baxt e acho que ela está certa em seus pontos e cada um nos seus.
Eu saberia viver em qualquer lugasr...desde que não tivesse frio constante e cortante, e neve...Mas isso falo de brincadeira, porque se fosse realmente necessário, eu ia ter que lidar com o frio, também. Acho que o "pulo do gato" é exatamente nos adaptarmos às circunstâncias.
Bj
Bjs,
Fer
E nas últimas linhas do seu post até me emocionei, rsss. Era ou é (já nem sei mais...)esse o meu desejo tb, que os nossos governantes tomassem a política social desses países como exemplo!!! Nossa vida podia ser tão melhor... (suspiros). Abraços e parabéns + uma vez!
Pois é, tô adorando isso aqui e vc nem imagina o dia radiante que abriu hoje só pra mim, todinho pra mim.
Fiquei tão emocionada andando pelas margens do Thâmisa, olhando florzinhas, frutinhos selvagens, patos, cisnes, barquinhos, casas de campo da elite inglesa e o céu azul brilhando sobre a minha cabeça e o friozinho que já sou acostumada da minha montanha querida.
Sonia, tô tão feliz!
Amanhã de manhã vou visitar o palácio da Beth minha xará e depois vou para o centro de Londres.
Ficaremos em Kensington e já estamos com uma pequena programação, por isso não posso acertar nenhum encontro agora, mas agradeço a sua lembrança sobre sua amiga. Tenho pena é da Suécia ficar tão longe e eu não poder vê-la e abraçar o Angelinho. Mas isso um dia acontecerá, com certeza.
um super beijo londrino.
Isso soh me convence que para nao dah para ter igualdade, seguranca, bons servicos publicos sem abrir mao de varios luxos. E que infelizmente, muita gente nao esta disposta de abrir mao de luxo nenhum.
bj
Só escrevo para aumentar a fila dos parabéns! :) Seu post diz muita coisa de tudo.
Dá um alívio e um friozinho ao pensar que eu posso estar pela Suécia daqui a dois anos.
No geral confirma a expectativa de que precisamos estar abertos para aceitar as mudanças se iremos abraça-las.
Boas palavras, boa forma de ver a vida e votos para que você continue a vê-la muito e muito colorida.
Ingrid.
Beijos !!
Vavá Irene
1)A Suécia é realmente maravilhosa, mas para uns, nao para outros. Adorei a tua resposta pra "Se é bom viver na Suécia?". Tu explica muito com tao pouco! Pra quem nao consegue largar alguns confortos e nem admite que existem outras formas de vida tao vàlidas quanto a sua, a Suécia seria um lugar impensàvel de se ser feliz, por exemplo. Jà pra quem preza a cordialidade e a justiça, a Suécia jà começa a entrar nos planos.
2) Na parte de esbanjar $, vejo que é a tua realidad em Malmo e a minha agora em Lulea, que sao bem diferentes de Estocolmo. Eu sinto em Estocolmo aquela coisa do "tu é o que tu tem", uma corrida social pra chegar "là" antes e com mais status do que o outro. Uma pena, porque adoro outros aspectos de Estocolmo!
3) Por fim: a nossa vida é nossa, e a nossa felicidade é nossa. Um paìs que mais tenha a nossa cara pode facilitar as coisas, mas nao hà lugar nesse globo que nos de felicidade de mao beijada, nao existe onde onde se pise e uma luz brilhe dentro da gente. Agora se eu vou passar anos e mais anos aqui, eu prefiro ver o copo metade cheio do que metade vazio!
Bom final de semana!
ps: e é por esse e outros posts que eu continuo vindo aqui no teu cantinho!
Seu comentário me fez rir à beça... Sim, nomes curtos, começados com L. Minha sina? Desculpe o susto, esqueci de avisar que a foto era véia... Quando o navio passou debaixo dela, a chaminé passou com menos de 5 metros de folga. O Capitão sempre precisa fazer uma manobra especial pra passá-los ali. E se vc ainda mora no mesmo lugar, fique de zóio no próximo gigante que passará por baixo dela. Tem 200mil toneladas, acho que dá pra vc ver a alho nu!
Volte sempre pra visitar, suas palavras sempre me divertem.
beijo
Nao poderia deixar passar o domingo sem dar um alozinho a todas as amigas queridas que me deixaram comentarios maravilhosos.
Realmente, isso aqui parece um sonho, que se esta dentro do filme de Harry Potter e uma modernidade louca nas ruas. O que e aquela Harrods, my God!!!!!!
Eu tambem estou feliz, mas muito cansada, ja andei muito hoje, mas lhe digo que vale cada segundo, pois sao tao lindas as coisas nesta terra que a impressao e que se esta dentro de um sonho.
Nao posso blogar, pois no hotel que estou nao tem wireless e pagar em libras para isso, sinceramente, e muito caro. Estou aproveitando o finalzinho da tarde para dar um alo a todas as amigas queridas e desejar-lhes um excelente domingo, porque o meu, esta maravilhoso.
super beijos londrinos
Sei tambémn que conhecer um lugar a passeio não é o mesmo que morar nele. Mas cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é...
Bjs,
Dri
so para dizer que fiquei tao sem ar com tantos comentários sinceros, bonitos e animadores que volto depois para responder com muita calma cada um... ate daqui a pouco, beijocas da suecia, em malmo, com 7 graus agora de manhã...
Pois saí dos 10 em Londres e encontro a beira do Tejo 27 graus - tá parecendo com o meu Rio de Janeiro isso aqui, bão dimaissssss!
Bem, como não posso ir até aí, deixei uma surpresinha lá no blog. Passa lá depois.
super beijos lisboetas
1. a fota tava demais, ja te falei la no seu espaco!
2. sim, e verdade... muita gente acha que educacao tem a ver com dinheiro, mas nao tem... tem a ver como o dinheiro e distribuido! isso sim e educacao porque educacao tem a ver com etica e moral, tem a ver com ver o outro como igual e cheio de direitos como eu... tem a ver em pensar que eu tenho obrigacoes comigo e com todo mundo!
beijos
sim! e verdade! a gente se aproveita muuuito da desigualdade e e por isso que ela continua se perpetuando nao e?
franca? uau! meu sonho! jura que o frio te pegou? acho que agora que to descolada com a suecia a franca eu aguentaria facinnn... rs... mas e verdade que nao e facil nada facil mesmo... pra mim o escuro e pior!
beijos e bem vinda!!!
voce ta aqui tao perto e a gente nao pode se encontrar!
sim... viver fora do Brasil pode ser algo transformador, totalmente transformador, mas precisa certa abertura sim senao tudo vira um poço de lamentacoes nao e?
beijossss e ja disse que adoro que me chame de sonildes! tenho umas historias sobre ela na cabeca que nunca mais tive tempo de escrever! peninha!
voce tem razao, por mais dificil a gente sempre se adapta... adapta reclamando ou encarando numa boa...
eu acho que passado o primeiro ano tudo fica mais facil, embora o primeiro ano tambem seja o mais excitante! beijocas
eu adoro quando meus leitores choram com os textos! hihi... sorry!
sim! e de chorar, de se emocionar pensando o que o Brasil poderia ser! juro! quando penso em tudo que tem de bom, no povo, no clima, no jeito amoroso nosso penso que com um pouquinho so de menos egoismo de muita gente as coisas seriam tao tao diferentes... bem vinda! comente mais!!!
1o. eu adoro ouvir sotaque portugues nos comentarios! ai como adoro os portugueses! tenho amigas que nunca mais esquecerei dai!
2. seu comentario me deixou sem ares, muito! foi tao sincero e tao profundo... normalmente nao sei receber elogios, nao sei muito olhar pro que e bom em mim e voce fez eu ver isso de um jeito bom! obrigadissima! saber que tem gente como voce do outro lado me da uma injecao de animo muito grande!
3. mande pro email do blog uma foto sua mulher, dai posso anexar no post que ainda nao fiz sobre os leitores que mostram sua cara!
bem vinda sempre! beijinho
voce nunca mais sera a mesma depois de Londres.. depois de Lisboa nao e?
acho que a gente se divide em um antes da europa e outro depois.
beijos
oi meu Deus depois que vc comentou aqui outro dia eu so canto na cabeca "Barbara Barbara nunca e tarde pra ..." do chico!
bom e verdade nao abrir mao do luxo e contribuir em grande parte para a miseria do outro, para a miseria social!
e eu tambem teria motivos para odiar a suecia se eu nao tivesse essa essencia deslumbrete que tenho! hehe
verdade! seis meses e lua de mel nao e?
mas tambem tem o fato de passado esse tempo tudo ficar bemmm mais facil!
acho que o problema do reclamar, como disse a paola num belo post outro dia, tem seu lado positivo, mas tambem pode emperrar qualquer experiencia voce nao acha?
voce e real? haha... brincadeirinha! e que criei esse apelido para uma amiga daqui! ingrid! dai eu fiquei pensando que no inicio era ela me zoando! haha..
bom, eu fico feliz por voce! e eu adoraria passar por isso de novo! quando vc chega tudo e dificil, mas e tao magico! juro! a experiencia de nao conhecer nada, nao entender nada e tao tao maravilhosa e profunda... com o tempo isso vai dando lugar para uma sensacao de sentir se mais em casa....
tomara que vc venha!
sim... ter tudo de bom num lugar so seria magnifico ne?
mas embora eu consiga entender esse seu sentimento de perda, de vazio doido, eu devo dizer que no fundo o seu Renatao querido e eu a gente gosta mesmo e disso... de ser tao diferente sabe?
a gente nao teria motivos pra sair do Brasil se fosse tudo igual a qualquer lugar e tudo de bom, o sair e que da esse sentimento de pertencer ao mundo. O Re sempre amou isso e eu tambem...
eu fiquei realmente muito feliz que vc possa ter vindo de novo! e que o angelo possa curtir a vovozinha de um jeito gostoso como curtiu... voce e a Lourdes foram uma visita agradavel... so deu mesmo foi vontade de voltar logo de ferias pro brasil... a saudade sempre aperta!
voce tocou num ponto importante! eu falo da suecia como sendo tudo igual, mas vivo apenas na pontinha dela! eu viajei e tal, mas senti que em estocolmo a coisa ja e mesmo mais cosmopolita e tal!
acho que generalizo um pouco, mas tambem porque eu sempre viajo e vejo os suecos repetindo o mesmo comportamento aqui e ali...
ver o copo cheio e muito legal! adorei a expressao!
eu nao li madame butterfly, agora vc vai ter que me explicar porque cargas dagua eu posso ser chamada assim!!!
hehe... eu sempre gostei de nomes com tres silabas" haha...
eu fico tom feliz que vc tenha visto duas suecias ja!
a do natal, do inverno e a do verao! sao tao diferentes nao e?
e voce sabe que eu fico toda encabulada quando voce diz que o texto ta bonito? imagina receber elogio assim de gente que ja e super manjada e famosa no mundo das revistas e da TV?
eita cunhada brastemp!
:)
Obrigada por compartilhar suas idéias. Lindo post, perfeitas colocacões...
Já li muitas vezes seu blog e comentei algumas vezes, meu marido (sueco) é seu "fã" também.
Voltando ao seu texto, moramos aqui em Malmö (Sorgenfri) e eu estou aqui há 06 meses, "re-iniciando", estou no SFI há 2 meses, buscando trabalho e desde que cheguei tento marcar um ginecologista, ainda, sem sucesso. (Vou acabar me consultando no Brasil, qdo for em Dezembro).
Seu texto me caiu como uma luva, pois, tenho tido dias de "visão míope" e comparacões. Apesar de reconhecer todas as beneces da vida na Suécia, ainda assim, um questionamento + melancolia insistem em querer fazer de mim, a morada.
Talvez seja a saudade da minha família e amigos, talvez seja pq ainda nao consegui um trabalho, ou quem sabe, não seja o "medo" do novo ...
De qq forma, confio que um dia perceberei um Suécia colorida como a Suécia de Somnia.
Hej då!
ah menina o começo é difícil que uma coisa! não estranhe se a tristeza não deixar voce enxergar nada mais aqui do que frio, chatice e sem graceza...
fiquei super feliz com seu comentario e ver que voce voltou, lembro de vc comentar faz tempo...
e seu marido le o blog? que legal!!!
eu tambem to no sfi, faco o curso de manha la no sprakverket, a gente pode se encontrar la para começar!
nesse tempo a gente precisa mesmo e de gente que nos entenda e que viva o mesmo, partilhar o que sentimos e o melhor jeito!
seja vem vinda a me escrever e marquemos um encontro:
borboletapequeninanasuecia@gmail.com
ou me mande o seu que te passo meu telefone.
beijos, sonia.
Obrigada pela resposta ao meu comentário.
Vc tem razão, o comeco é mesmo difícil ...
Eu faco SFI no Ubåtshallen, Folkuniversitetet, próximo ao Västra Hamnen.
Meu email é janaina_1@hotmail.com , vou te enviar já, já, meu telefone.
Bj, Janaina
aqui em portugal trabalho como controlador de qualidade numa empresa metalurgica. gostava de saber se e possivel exercer um cargo destes ai na suecia? e se acham fundamental para isto saber falar sueco?
ja agora podiam me dizer o nome de algumas empresas metalurgicas ai na suecia?
obrigado
responda para meu mail se nao se emportar: affmde@hotmail.com
Conheci teu blog somente hj, uma pena, perdi mts posts interessantes, mas to lendo algumas coisas. Vi que tu voltou ao Brasil, e vi que apesar de algumas dificuldades, já está comecando a se sentir realmente em casa. Li que tu nao deu mt sorte com algumas visitas na Alemanha :-) moro no sudoeste do país e amo viver aqui, os dois países tem mts coisas em comum, mas de fato, como disse sua amiga Nikol,depende mt em que regiao da Alemanha vc está. Postdam, onde vc falou, é norte, e lá pro norte as pessoas sao mesmo mais fechadas ao novo, ao estrangeiro, enfim.
Bom, esse foi um comentário de olá, mt prazer em conhecer, tá? Volto, certamente, pra acompanhar a saga da família "de volta ao lar" :-)
Um beijo e mt boa sorte em tudo no Brasil, aliás, posso perguntar, se nao for mt incômodo, porque vcs decidiram voltar? Sabe? Eu nao sei como me sentiria se um dia precisasse retornar ao Brasil, moro aqui há apenas 5 anos,mas me sinto tao, extremamente adaptada, que nao sei, nao sei como reagiria voltando ao Brasil :-(