(Eu e Fran num dia que deveria ser de verão em Malmö, encantadas pelas milhares de tulipas da Praça Gustav Adolf, parecidas até no zóculos mosca, maio de 2010)
Em março deste ano eu escrevi um post até que instrutivo e todo animado (Dicas mil: "vou me mudar e não sei por onde começo!) para quem estivesse vindo para cá e se sentindo meio perdido...
Minha motivação havia sido uns emails de uma brasileira, Françoise, moradora de São José dos Campos, cidade onde passei alguns anos indo e vindo para namorar meu Renato que trabalhava por lá.
E então, a partir disso, ela passou a ser figurinha carimbada na minha vida aqui e também no Borboleta. Até sonhar com a "mardita", que de professora na vida real se transformou em uma enfermeira-sueca-brasileira, eu sonhei de tanto pensar que eu "precisava" encontrá-la antes que eu fosse embora de volta para o Brasil em fim de julho. Eu sou o tipo que gosta de cumprir o que planejou e estava curiosa para encontrar a tal enfermeira.
(Camiseta que ganhei da Françoise para torcer pelo Brasil na Copa, bordada lantejolinha por lantejolinha por ela)
O encontro aconteceu semana passada, depois de uns telefonemas. Eu já imaginava a Fran uma pessoa inteligente e bacana, porque eu ando a ler o "Diário de Bordo" dela e porque o jeito como ela me escrevia aqui e nos emails sempre foi muito amável.
Devo confessar aqui, porém, que estava meio enganada sobre ela ser bacana. E fui pega de surpresa! A Françoise não é bacana ou agradável, ela é suuuuuper calorosa, simples, "conversativa" (eu ando a adjetivar e inventar palavras das quais eu não lembro o nome em porrtugês, sorry!) e de um coração imenso!
(Brincando de adolescente na H&M com Franöoise, Moá de roupa de inverno provando o chapéu do verão que deveríamos estar usando nas praias suecas, Malmö, maio de 2010)
Depois de um abraço gostoso como se fôssemos mesmo velhas amigas na estação de Malmö, fomos juntas tagarelando pelo centro da cidade enquanto ela fotografava e eu ia mostrando tudo com sede de guia que vai embora.
Nosso jeito de falarrr "porrrta" do interior, nossas escolhas, o magistério, a maternidade, as dificuldades de adaptação, tudo foi sendo assim tratado com tanto entusiamos no meio da rua que eu disse: a gente se conhecia mesmo, só faltava se conhecer! rs...
Rodamos e rodamos, dividimos algumas experiências. Ela ria com aquele jeito que tantos brasileiros têm, sabe? Cheio de originalidade e naturalidade, um calor humano o qual me fez concluir o quanto a gente pode perder de contatos de terceiro grau assim se menosprezarmos algumas oportunidades.
Se eu tivesse tratado a Fran como uma só mais uma brasileria que por aqui tivesse chegado eu teria perdido a oportunidade de receber aquele abraço, aquela sinceridade, aquela companhia tão gostosa que até ficar provando chapéu em loja, como amigas adolescentes.
(E das mãos da amiga virtual também veio o primeiro presentinho que a Marina ganhou!)
E foi assim... levei a Françoise para o ponto de ônibus, ensinei como chegar a Malmö facinho e nos despedimos com promessa de encontro ainda antes de minha ida definitiva... E aí aquela "precisão" de encontrá-la que eu estava sentindo meio para "ticar" todas as atividades as quais acho que preciso fazer aqui se transformou naquele sentimento que não me é estranho: "Gracias a vida" que me proporciona encontros assim!
Entre eu e a Françoise "a hora do encontro é também despedida"... mas se "a plataforma dessa estação é a vida" a gente ainda se encontra de novo no Brasil... ah se encontra!
Comentários
Ainda mais com estes zóculos bonitões de mosca que eu gosto muito também.
Uma loira e uma morena, mas o coração tropical as une aí nesta distante terra.
Linda foto de vocês duas e eve ter sido um dia emocionante para as duas, cheias de alegria por se verem.
Quer dizer então que o sotaque é aquele de Taubaté? porrrrta!
hehe
Então, sinta o meu sotaque daqui:
beijuuuuuuuuxxx
Tinha medo de me encontrar com você, acho que pelos textos pra lá de inteligentes e reflexivos que escreve , toda chicosa e eu caipirona neste meio jeito de ser. O que ia pensar de mim???? Sei lá, só o que sei é que é impossível deixar de gostar de você, se já gostava virtualmente agora admiro ainda mais...
Obrigada pela oportunidade de ser melhor porque você existe, mesmo que na despedida! E que venham os reecontros, quero conhecer a Marina!
*Os presentes eram simples mas nas fotos tiradas pelas mãos da Brabuleta estão parecendo de TV, ehhhhh.....
Beijos pra vocês....
Fran
Sinta-se abraçada por nós aqui também. E que você tenha oportunidade de abraçar muitos queridos e queridas aí antes de voltarrrrrrrrrrr!!!!
Muitos beijos
Myrna
Estes óculos grandes meu filho chama de "abelha". Minha nora tem um e fica p.. quando ele a chama de "abelha rainha" rsrsrrs
Vocês são lindas, queridas, e também vou vê-las u dia, cara a cara, se Deus quiser!
Beijos e aproveita seus dias de frio nessa Suécia gelada. Aqui estamos com 20 graus e achando geladeira...rsrsr
Pelo que te conheco, e pelo que venho lendo da Francoise no blog dela, imagino que o clique tenha sido rápido!!
Estão lindas na foto, beijão!!
beijao!!!