(Ângelo ao fundo do parzinho de tulipas que achei no lixo do prédio que repintei ontem, Malmö, julho, 2009) É quase zero hora na pacata Malmö, a noite está uma delícia e meu computador está prestes a virar abóbora. Do meu ateliê ouço Bob Dylan e tenho as mãos ainda com restos de tinta seca. Acabo de pintar uma nova tela. Três tulipas coloridas em três vasos brancos. O quadro é colorido e simples, mas é significativo. Expressa minha alegria e expressa o porquê dela: o valor das coisas simples. Estou feliz porque Renato voltou para casa e porque depois de matar a saudade, de presentes, abraços apertados e conversa gostosa percebo que somos cúmplices além de amantes. Estou feliz porque minha cunhada chega amanhã e iremos dividir algumas boas conversas de novo. Estou feliz porque liguei para minha mãe no telefone dela e ouvi sua voz acolhedora. Falei com minha cunhada e sei que meu novo sobrinho vai indo bem. Estou feliz porque cheguei à sexta-feira tendo finalizado tudo que esperava no in