Voltamos de Londres quarta a tarde e ainda tô tentando pôr minhas coisas em ordem. Tenho muito para falar de Londres, da visita a minha amiga Lujan e de quanta coisa passa pela cabeça da gente numa viagem assim.
Eu já tinha estado em Londres há dois anos atrás, mas daquela vez era só eu e Renato. Dessa vez, com um bebê foi tudo diferente. Tudo novo, desafiador e excitante. A cidade me pareceu não só linda, como louca. Em poucos dias a gente pode viver muito, pode pensar, pode mudar. Por isso eu adoro viagens e talvez por isso, desde que fiz minha primeira viagem sozinha (de Sumaré a Bragança Paulista, tudo no interior de São Paulo) eu sinta isso.
Das coisas mais fortes que ficaram da viagem foi a sensação do quanto é valioso ter bons amigos. Visitar minha amiga Lujan, Ted-pai e Théo-baby foi renovador.
Eles são o tipo de pessoa que dão tudo o que têm. Eles dão o pouco ou o muito que têm. São o tipo de pessoa que sempre abrem suas portas. Eles não têm amarras, nem apegos, algo que eu quero muito aprender a não ter. E, apesar de terem um bebezinho de oito meses, vivem com ele como se estivessem com um pequeno adulto em casa, com uma naturalidade incrível. Foi de nós que eles cuidaram como se fôssemos crianças mimadas. Cuidaram de nós como só os melhores amigos cuidam.
Jantares deliciosos e aniversário do Renato com direito a um bolo recheado de conversas profundas com o casal maluquinho. Esses amigos me fizeram pensar como é incrível que algumas pessoas consigam esquecer de si mesmos e cuidar dos outros sem esperar nada em troca. Como podem ficar tão felizes só porque estamos por perto e porque estamos felizes também. Como podem ser ser tão desprendidos, sem egoísmo ou ciúme de cada coisinha especial que têm na casa deles, comprado com custo e amor ao longo do tempo?
Eu adorei ter viajado, embora esteja muuuuito cansada, com dores terríveis nas costas de carregar Ângelo e bagagem pra lá e pra cá, percebi que esses encontros me ajudam a manter gente valiosa como a Lu por perto e a coisa mais deliciosa de ver foi o Ângelo ganhar um novo amigo e aprender rapidamente seu nome chamando-o o tempo todo pela casa: Té Té Té...
Obrigado Lu, Ted e Théo
Comentários
Quando abri o blog e vi estes dois bebês lindinhos fiquei olhando encantada por instantes. O nascimento da amizade deles é lindo.
É sim, é muito bom ter um amigo.
Não precisa muitos, como muita gente faz, colecionando por aí afora. O importante é ter poucos, mas verdadeiros.
Que dias gostosos vocês passaram por lá, heim!
beijos cariocas
E ainda que nos vejamos apenas uma vez por ano, essa amizade terá sempre o mesmo brilho e preciosidade. Vocês serão sempre mais que bem-vindos em nossa casa, e nós te agradecemos muito pelo tempo que passamos juntos e por esse texto tão lindo e comovente pra nós. Que honra! Muitos beijos!
sobre o post, foi tudo a mais pura verdade... Só fiquei intrigada, ou talvez curiosa, com a sua frase: "ouvir de você o que surpreende e o que choca, o que nos despe de preconceitos e máscaras". Adoraria prosear e saber o que nas conversas eu posso dizer que choque... etc e tal...
beijocas