LICENÇA-PATERNIDADE
Cechetti com a mulher, Sônia, e o filho, Ângelo: o pai também sai por quatro meses
Na edição da Época Negócios dessa semana, a revista explora o tema de como vivem e trabalham alguns executivos brasileiros e acompanharam um dia inteiro de cada um. Junto à edição há uma sessão que chamaram de "Inspiração, viagens" na qual há parte de uma entrevista que o Renato deu para a revista no fim do ano passado.
De quebra, tem uma foto já conhecida por vocês, tirada em junho do ano passado pela minha amiga Daníssima Morassutti. Nós três naquele lugar lindo do qual sempre falo: o Ales Stenar. Pena eles terem cortados as vaquinhas e a paisagem do lugar... Ainda assim acho que a imagem é inovadora para uma reportagem de alguém que trabalha e vive na Suécia com a família, não é não?
Por Época NEGÓCIOS
"Achei que o frio seria o que eu mais estranharia na minha mudança para a Suécia, há quase três anos. Mas foi o de menos, comparado à visão de mundo tão distinta dos suecos em relação aos brasileiros. Foi difícil me acostumar, por exemplo, com o jeito cartesiano com que as pessoas planejam a vida. Se os brasileiros têm dificuldade de pensar a longo prazo, com os suecos acontece o contrário. Eles já sabem no outono o que vão fazer no verão do ano seguinte. Em muitos restaurantes, é preciso reservar mesa com um ano de antecedência, se você pretende ir durante os meses quentes, que são os mais disputados pelos suecos. Trabalhar dentro de uma cultura assim significa ter funcionários pouco preparados para lidar com situações de improviso e cenários econômicos instáveis.
No início foi difícil, também, entender a cultura self-service sueca, em que as pessoas fazem praticamente tudo por conta própria, desde limpar o banheiro até plantar flores no jardim. Logo no primeiro ano no país, precisei me adaptar rapidamente a essa realidade porque me tornei pai. Não só no conceito da palavra, mas no dia a dia. Como não há babás para ajudar, o pai precisa ser muito mais participativo, a começar pelo parto. Num ato simbólico, a tradição por aqui é que os pais cortem o cordão umbilical. O bom disso é que, apesar de ter de trocar fraldas, os homens também têm direito a uma licença-paternidade de quatro meses."
Aqui vai uma parte da entrevista... A edição completa e o restante vocês podem conferir nas bancas ou no site, se forem assinantes da Globo.
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Cultura Self Service
Planejar e fazer tudo por conta própria são palavras de ordem entre os suecos
Por Época NEGÓCIOS
"Achei que o frio seria o que eu mais estranharia na minha mudança para a Suécia, há quase três anos. Mas foi o de menos, comparado à visão de mundo tão distinta dos suecos em relação aos brasileiros. Foi difícil me acostumar, por exemplo, com o jeito cartesiano com que as pessoas planejam a vida. Se os brasileiros têm dificuldade de pensar a longo prazo, com os suecos acontece o contrário. Eles já sabem no outono o que vão fazer no verão do ano seguinte. Em muitos restaurantes, é preciso reservar mesa com um ano de antecedência, se você pretende ir durante os meses quentes, que são os mais disputados pelos suecos. Trabalhar dentro de uma cultura assim significa ter funcionários pouco preparados para lidar com situações de improviso e cenários econômicos instáveis.
No início foi difícil, também, entender a cultura self-service sueca, em que as pessoas fazem praticamente tudo por conta própria, desde limpar o banheiro até plantar flores no jardim. Logo no primeiro ano no país, precisei me adaptar rapidamente a essa realidade porque me tornei pai. Não só no conceito da palavra, mas no dia a dia. Como não há babás para ajudar, o pai precisa ser muito mais participativo, a começar pelo parto. Num ato simbólico, a tradição por aqui é que os pais cortem o cordão umbilical. O bom disso é que, apesar de ter de trocar fraldas, os homens também têm direito a uma licença-paternidade de quatro meses."
Renato Cechetti Pinto
Comentários
E é isso aí, nada como uma olhadinha por outros ângulos para redeminseonarmos certos valores que, às vezes, de tão arraigados, parecem "leis naturais".
É ou não é?
Beijocas,
Rita
p.s. Vou pegar a revista e falar: olha, eu "conheço" essa menina, conheço sim! ;-P
Quanto à profundidade do que ele observa sobre a vida na Suécia, digo-lhe que não é nada mole, perto da vida que a classe média leva aqui no Brasil já que ainda contamos com os resquícios de nosso passado colonial e que acaba sendo muito confortável se temos dinheiro para pagar.
Imagino que as casas aí não têm muros altíssimos como a minha e que para cortar a hera, só mesmo pagando um jardineiro, pois marido não dá conta meRmo!
bjs cariocas
Já melhorou da virose?
Seu Renato escreve bem, direto e simples. Pra escrever a mesma coisa,eu gastaria 3 páginas.
Esta foto de vocês é linda.
Também fiquei curiosa pra ler a matéria toda.
Boa essa licença-paternidade, heim?
Quem dera aqui no Brasil os pais pudessem curtir os bebês junto com as mães,né?
Bjim
Bjim
E imagino a familia brasileira com orgulho da parte sueca vendo a revista. ;)
Beijos e boa semana!!
A foto tá realmente linda... pena, muita pena mesmo, terem cortado a paisagem linda das vaquinhas :-)
Engracado que por esta parte da reportagem, dá a entender que pai e mãe saem de licenca ao mesmo tempo (vide o comentário da Lucia), o que não acontece na prática. Qdo papis fica em casa cuidando do baby, mamis volta ao trabalho e vice-versa. Mas que é um benefício daqueles, isso lá é.
Uma vez vi uma reportagem q o índice de divórcio na suécia diminuiu muito qdo o governo implementou a licenca paternidade... acho q os homens passaram a entender melhor as mulheres ;-)
bjos
danissima marquei sua foto agora! ce viu!!! eu tinha esquecido!!!! haha