(Andreas e Fernanda na festa Anos 80 do Renato, setembro de 2005)
Trilogia das Relações Lindas, Saudáveis e Possíveis, Parte 1
Os fofos se atraem
Imagine uma menina que aos 15 anos vai morar na Alemanha sozinha, aprende o idioma, trabalha como babá, porque acha importante ter sua independência fora, aprende zilhares de coisas e nunca se gaba disso, mas aproveita como experiência de vida.
Essa é uma menina fofa. Ela é a Fernanda, nossa visitante 6.000 e minha amiga desde uns seis anos atrás, quando nossos, ainda namorados, trabalhavam juntos na capital paulista. Ela é perfeita para a nossa primeira trilogia, porque o jeito como leva seu relacionamento é leve, prazeroso, apesar de cheio de dedicação e amor.
A Fer é casada com essa outra pessoa fofa, o Andreas.
Eles são o tipo de casal que você não consegue imaginar um sem o outro.
Eles namoraram desde adolescentes. Eles se acompanham desde adolescentes, quando se conheceram na escola alemã, já que os dois têm descendência loirinha.
Com eles eu e Renato passamos muitos dos nossos melhores momentos em São Paulo.
É até difícil falar deles sem não falar de nós quatro, porque eu sou fã de carteirinha deles dois e temos histórias demais juntos.
Sabe aquele tipo de casal com quem você come comida japonesa, volta pra casa e toma um bom vinho, ri falando besteirol de casal até as quatro da matina?
Sabe aquele tipo de casal com quem você cantarola no karaokê na praia, tenta aprender wind surf, enquanto ela dirige a lancha e ele vai atrás feito um menino feliz?
Aquele casal que procura a melhor fantasia pra sua festa de aniversário, que vem na sua exposição de pintura, que não falta à sua despedida para outro país?
Visconde de Sabugosa no aniversário de Daniel San, setembro 2005)
Andreas e Fernanda são pessoas que gostam de viver. Gostam de estar com os amigos um do outro. Se comprazem em agradar um ao outro.
São abertos e profundos, apesar de muito jovens. Com eles você partilha seus sonhos, telefona, planeja viagens e como os filhos vão ser amigos.
(O troféu abacaxi de melhor fantasia foi para o pessoal do Sítio, Sônia e Andreas, setembro de 2005)
Apesar disso, não acho que seja um movimento natural.
Ser fofo, ser uma pessoa agradável demais, amiga, companheira não é nada fácil. É um exercício.
E eles praticam o tempo todo.
A Fer poderia ser apenas a mulher do amigo do meu marido. Mas não é.
Não é porque ela é o tipo de Julieta versátil, perspicaz, participativa, companheira.
Se ela não tá muito a fim de x que ele queira, então dá um jeito de estar lá quando ele fizer o x que queira.
Ele, idem!
(Em Amsterdã, primavera de 2006)
Os dois cuidam um do outro.
Tomam sol, chuva, choram e riem juntos.
E posso falar tudo isso de camarote porque, desde que nos conhecemos, a vida de nós quatro tem se cruzado, descruzado e assumido lugares um do outro.
Há dois anos, Fer e Andréas se despediam do Brasil para viver por alguns anos em Munique, tentando realizar um dos sonhos que tinham como casal.
Naquele noite, nós duas, feito duas molecas, pusemos nossos maiores desejos para os próximos dois anos, em uma caixinha, e desses desejos estavam coisas banais como perder a barriga que a gente, antes de ser mãe, achava que tinha. Tinha voôs mais altos como ter um emprego legal e viver fora. E tinha aspirações mais puras, como ter Ângelo e Max.
(Feito crianças sonhadoras)
As barrigas pioraram.
Eles viveram 1 ano apenas em Munique e nós, sem saber direito como, viemos parar aqui.
Ângelo e Max, agora, são desejos consumadíssimos. Talvez mais por um toque divino, do que por nós mesmas.
E hoje o dois fofos, Andreas e Fernanda, antes atraídos um pelo outro, agora tem um fofinho para cuidarem.
E como bom Romeu e boa Julieta eles continuam juntinhos, muito juntinhos, numa nova e não menos aventurosa vida, agora a três.
(Fer, Andreas e Max, novembro 2007)
A Fer e o Andréas são a primeira prova de que nem os homens são todos iguais, nem as mulheres, nem as relações que a gente pode construir. Há uma mundo de possibilidades quando a gente aprende a ser fofo também.
Comentários
Bjs
Andréa
Muito lindo o texto, eu ki ando meio desencantada da vida me emocionei ao lê o post, é bom saber que ainda existem pessoas assim, que conseguem encontrar o amor de verdade e fazer tudo dá certo, muito bom mesmo...]
Bjoo!!
ë bom demais ser feliz në?
Eu adooooro lembrar de você cantando a Guineth Patrow (assim que escreve?) lembra????
Seu desencatamento pode ter dias contados!
rs... sempre há um mundo de possibilidades a nossa volta! Feliz Natal!