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39... tic tac, tic tac...

(À espera de Marina, eu ontem em casa, setembro de 2010)

Esse fim de semana brinquei com minha cunhada Adriana de fazer umas fotos e guardar para, ao menos, mostrar para Marina como sua mãe estava no final da gravidez...

Agora começando a semana 39 o que fica na gente é mesmo aquele negócio assim: quando será? hoje? Amanhã? Durante a noite ou de dia? Minha bolsa vai estourar ou minhas contrações ficarão fortes até eu começar aquelas cenas de corre-corre de filme?

Como eu não páro o dia todo fico imaginando que de repente vou sentir assim um quente entre as pernas, a bolsa estourando no meio da rua e eu toda feliz ligando para o Renato: "chegou a hora!"...

Na Suécia, minha barnmörska, uma mulher especialíssima de nome Kerstin, dizia que pesquisas mostram que grande parte das mulheres tem o mesmo sonho nessas semanas: uma janelinha pequena se abre na barriga e o bebê sai por ela... Só não sei se a pesquisa incluía mulheres brasileiras, já às mulheres brasileiras, já que a cada dez com quem encontro nas consultas, 9 tem a cesareana marcada.

Há tantas profundas diferenças entre o modo de ver a gravidez e o parto na nossa cultura e na escandinava que tenho em mente um grande texto sobre o assunto, assim que eu tiver terminado essa segunda experiência.

O que espero é meu corpo continue trabalhando como está até a hora de começar a "expulsar" o bebê naturalmente e que ele saia assim nos meus braços como Ângelo saiu, embora eu saiba que nunca há garantia de que tudo corra assim... Sempre há risco de necessidade de cesareana. O lado bom é que meu médico (o que eu também não tive na Suécia, já que somos cuidadas por parteiras especializadas se não há complicações) é a favor do parto normal e tem me apoiado nisso, o contrário da maioria dos médicos de assistência privada brasileira os quais forçam com todo tipo de história furada do mundo para convencer uma mãe com dor, angustiada e ansiosa a cortar a trilha pelo caminho mais rápido.

(À espera de Marina, eu e Ângelo ontem em casa, com bercinho sueco ao fundo, setembro de 2010)

Ontem minha cunhada me pediu pra fazer uns sorrisos para as fotos e foi fácil pensar em algo que me deixa realmente feliz nesse momento: eu terei epidural!!! hahaha... foi o que eu disse em muitas das fotos e caí na risada. Saber que meu médico fala a mesma língua e sabe de meus desejos mais íntimos e respeita isso é algo bem tranquilizador.

Na verdade é uma anestesia combinada a qual nunca me lembro o nome, garantida por ele como super eficaz e que deixa toda parturiente sorrindo.

Ao contrário daqui, na Suécia as próprias mulheres optam por não receber nenhuma medicação para o parto. Isso inclui analgésicos, o gás relaxante que recebi (e que no Brasil não existe), a epidural etc. A maior parte de minhas amigas não teve nada e é assim que as suecas vêem a questão. Cesareana? Tem até crescido o número de cesáreas no país, mas a proporção é quase contrária a do Brasil: do que ouvi, 1 em cada 10 tinha cesareana e normalmente por conseguir provar que teve problemas no primeiro parto.

(À espera de Marina, o enfeite de porta de maternidade que minha amiga Dani me lembrou que eu deveria ter e me ajudou a fazer, com a bonequinha sueca que comprei pra Marina, setembro de 2010)

Na minha humilde opinião há o exagero tanto lá quanto aqui: lá, devido o sistema ser todo público há uma pressão muito grande para o parto normal. É possível dizer que praticamente não há opção de você chegar numa consulta e dizer que quer uma cesareana. Quem decide isso é o médico e a equipe no momento do parto. Cirurgia é vista como algo anti natural, uma saída drástica para algo que deveria ser um procedimento normal da natureza. Com isso, há ocorrências de erros (não mais do que no sistema público brasileiro, nem se compara!) e problemas decorrentes de demora etc.

Aqui, por outro lado, há essa cultura de que é chique poder marcar sua cesareana. As mães que têm convênios médicos (e isso inclui a minoria das mulheres brasileiras) sentem que é um luxo poder marcar uma data para o parto e não sentir dor. Há uma cultura do medo do parto, do medo da dor. Essa cultura não existe na Suécia e já falei disso muitas outras vezes aqui. Há uma diferença muito grande na forma como a mulher vê seu corpo, vê suas capacidades e vê o processo de engravidar e parir.

Me lembro de ter sofrido muita dor no primeiro parto. Tomei uma dose de epidural leve no início do parto e porque, mesmo depois de estar com o colo todo aberto o neném não passava, tive que aguentar mais 6 horas no processo sem nada para aliviar a dor.

Foi terrível, lembro bem disso, mas também não me esqueço de um dos momentos mais marcantes de toda minha vida: quando enfim consegui empurrar Ângelo para fora e ouvi seu choro... Todo o mundo parou. Era como se eu nem mesmo respirasse. Silêncio profundo e só sua vozinha num choro rápido. As "parteiras" colocaram-no direto nos meus braços, ainda todo sujo e ensinaram Renato (quem havia trabalhado como parteiro junto delas) como cortar o cordão umbilical. Nessa fração de segundos entre tirarem ele de dentro de mim e entregarem em meus braços eu devo ter dito umas cinquenta vezes em inglês, que era a língua com a qual me comunicava na Suécia na época: "Thank you!".


(À espera de Marina, coelhinho de pelúcia da Suécia e bonequinha brasileira dada pela Vavá, setembro de 2010)

Obrigada, obrigada, obrigada... eu não me cansava de dizer, tão agradecida eu estava por terem me dado força a ir até o fim com o processo natural.

Enrolados numa toalha ficamos eu e ele ali e Renato junto... Orientada e livre para amamentar segurei-o firme em meu peito, ainda meio desajeitada. Alguns minutos depois aquele bebezinho pequeno foi se movendo como qualquer outro animalzinho desse planeta... Foi se virando com dificuldade. A cabeça era pesada e tentei ajudá-lo... Foi sentindo meu cheiro, se aproximando mais e mais até chegar conseguir de fato agarrar o bico do peito. E começou a mamar.

Aquele está os mais profundos momentos nos quais me senti muito fêmea e muito mulher, mais humana, mais criatura divina, mais animal junto à natureza. É inexplicável e consigo entender a frustração de tantas mulheres que sonham com o mesmo e não têm tal oportunidade, apesar de imaginar que a emoção de ter um filho e filha não se restrinja a esse tipo de experiência que tive.

Não acho que todo mundo precise viver o mesmo para ser feliz e se sentir conectado a suas crias. Não mesmo! Acho que cada mulher deve ter opção de como quer parir, de como deseja amamentar e se deseja. O que sinto é que normalmente essa "opção" é falsa. Na Suécia talvez muitas desejassem não passar pelo parto como passa a maior parte. Aqui tantas dizem que gostariam de sentir isso que senti e são podadas porque o médico está interessado num parto rápido e rentoso para a equipe. A verdade é que só acredito em escolha quando há, no mínimo, informação sobre os caminhos a serem tomados.

Com tanto incentivo a nunca sentir dor, como se sentir dor ao parir fosse algo anti natural eu não acredito que a mulher brasileira tenha grande escolha. Com tanto propaganda sobre os riscos da medicação para o bebê (o que nem se pode provar de fato) eu não creio que toda mulher sueca escolheria esse caminho tão mega alternativo. Devo confessar, entretanto, que em minha opinião (você deve e pode ter a sua!) entre nossa cultura do medo da dor e da cesareana marcada ainda no início de uma gravidez eu ainda sou a favor da cultura européia e também americana: parto é parte do processo e intervenção cirúrgica é caso para falta de opção e riscos com saúde.

Desde que engravidamos nosso corpo se transforma totalmente para este processo que vai culminar com a expulsão do bebê através de contrações e restante. A não ser que haja mesmo algo errado com o processo, isso vai acontecer tão naturalmente como foi seu peito produzir leite, seu útero abrigar o bebê... Eu realmente sonho com que tantas mulheres brasileiras que só aprovam a cesárea como saída consigam um dia ver essa naturalidade. Sem contar que aqui as opções de alívio de dor são garantidas. É só perguntar para quem teve parto normal com anestesia.

(À espera de Marina, eu finalmente com o bercinho que chegou no avião semana passada, setembro de 2010)

Bom, por ora eu fico com essa idéia. Torcendo mesmo para que tudo saía bem e dentro do planejado. Será meio frustrante para mim se passar por uma cirurgia, mas obviamente essa decisão não está totalmente em minhas mãos e nem deveria.

Aqui fica um pouquinho dessa segunda história de amor... Há três anos e meio fiz o caminho inverso: saí daqui com Ângelo na barriga e o tive na Suécia. Agora saí com Marina de lá e a terei aqui. Fico imensamente feliz de ter tido essas duas oportunidades, inclusive de experiência com o parto em dois países tão diferentes.

(À espera de Marina, Ângelo e Renato num papo cabeça com Marina, setembro de 2010)

Sinto que estou pronta de novo. Montamos o ninhozinho que trouxemos da Suécia, ajeitamos tudo e agora é só esperar para ver a carinha e ter Marina de forma mais concreta. E que muita saúde esteja com a gente, porque amor já tem sobrando! Amém!

Comentários

Beth/Lilás disse…
Linda Sonia!
Você está realmente linda, não estou sendo hipócrita. Seu semblante está leve e ainda por cima magra, só tem barriga. Por aí já vemos que será um parto tranquilo e provavelmente do jeito que sonha, normal.
Tem razão quando fala que por aqui os médicos induzem a parturiente a fazer cesáreas e a gente aceita e acha que é isso mesmo, que é o melhor e que será mais tranquilo. Também tenho minhas dúvidas, afinal cirurgia, abrir com bisturi e a recuperação não é coisa tão fácil como eles acham.
Só espero que realmente você possa ter sua filha com paz e do jeito que está se preparando e sem stress.
Lindo post e vocês três nesta espera gostosa. E você faz aniversário esta semana, né?
Já imaginou se ela chegar no dia do seu niver?!
beijocas cariocas
Lúcia Soares disse…
Sônia Somnia, vou copiar a Beth, porque ela tirou "daqui" das minhas mãos teclando o que eu ia dizer: você está linda, plena.
A felicidade e harmonia de vocês está em todas as fotos.
Falou certo: Marina já tem muito amor e virá em paz, com saúde e alegria.
Muito provavelmente será o parto normal, como você tanto busca.
Mas do jeito que for, nada interfere em nada. Tive meus 3 por cesárea e eles são absolutamente "normais". rsrrs
Amiga querida, que Deus lhe dê um bom parto e vamo que vamo!
Beijo!
Françoise disse…
Uau, finalmente as fotos!!! E está linda, linda mesmo com este sorrisào no rosto mesmo que seja por pensar na epidural neste momento, rs...rs...

Concordo com vc quando diz que o parto normal é o desfecho natural de uma gravidez e portanto, não há motivos para fugir dele antes mesmo de saber o que será mais indicado. É uma pena que não pude ter este privilégio, em nenhuma das duas vezes por complicações durante as minhas gestações. Mais estão aí, bem e saudáveis e agradeço a Deus por isso.

Imagino a alegria e expectativa por saber que este tic tac baterá mais forte a qualquer momento avisando que "é a hora".

Se não te escrever até que a Marina chegue, desejo-lhe um parto maravilhoso, abençoado e que ela venha com muita saúde trazendo muitas alegrias a vida de vocês! Curta este momento final e aproveite todos os próximos, é claro!!!!
Estarei com os pensamentos em você!

Um forte abraço com todo o meu carinho,
Fran
Fabi disse…
Sônia!
Adorei tua postagem sobre essa questão do parto normal e a cesariana. Tenho uma amiga que está a espera do menino Lorenzo e já marcou a cesariana :( Perguntei qual o motivo dela não optar por um parto normal, já que o corpo naturalmente se prepara para chegada do bebê. Adivinha a resposta??? DOR!
É bem verdade que ainda não tive filhos, mas penso que a natureza é tão perfeita que quero tê-los de forma natural, exceto se ocorrer algum tipo de complicação.
Bem minha querida, adorei as fotos. Você continua lindíssima! Desejo que a Marina venha logo e que teu momento seja abençoado. Milhões de beijos...Fabi
Eveline disse…
Oi amiga, tudo?
Estás muito linda, linda mesmo!!!!
Boa sorte no parto, que tenhoas uma boa hora, que Deus e o anjo da guarda estajam contigo e com a Marina.
Estou aqui na torcida pelo melhor.
Beijos
P.S. também não entendo pq as brasileiras fogem do parto normal, mesmo não tendo filhos, ainda acho que o parto normal é o normal, hehehe
Nikol disse…
Mamma,

Well, did not understand everything and also did not have the concentration to read everything...but the pics are great, the room for her is perfect, you look great and just the same before you left. A bit bigger belly, wow, but nothing more. I was a monster by that time ;-) Really looking forward now meeting the little girl! Take care and kisses to the boys! And I know you will do it the Swedish way! Kram
Danissima disse…
Somnia,
adorei as fotos que a tua cunhada tirou, mas senti falta de umas fotos de vc peladona...
;-)
abraços e beijos
Celia disse…
Costumo ler seus post e cada vez gosto mais. Lindo esse de hoje. Vc está uma mae linda nas fotos, prontinha pra esperar sua Marina, que com certeza tb está impaciente pra conhecer essa familia tao bonita. Bom semana. Bj
Ivana disse…
Sonia, queridona!
Tu és o retrato da mãe lindona, saudável e feliz, ansiosa por ver a carinha do seu rebento!
Muié, e parece que tu e o Renato se especializaram em fazer filho bonito, né? Se Marianinha sair "purinha" - caboclo do Norte usa essa palavra quando quer dizer que "igual, muito parecido" - ao Angelo no quesito beleza, já aviso que vai dar serviço! ah!ah!ah! Eita pequeno bonito!
Impossível não imaginar a emoção de gerar um filho, a partir do teu relato... O corpo mudando, se preparando. A hora chegando, o bb chorando, mamando em seu seio...
Ser mãe nunca foi assim um desejo visceral meu, mas confesso que fiz planos a certa altura de minha história. Porém, a vida tem me dito "não" para este capítulo. Não azédo por isso, mas é difícil não imaginar o quão maravilhosa esta experiência é... Mas, Sonia, faço parte do time que vai ter de resignificar a maternidade.
Um beijo e aguardo notícias, em contagem regressiva!
Rita disse…
Sônia,

Olá, querida. Que momento gostoso esse, né? E você tá tão bonita. E seus textos transmitem tanta serenidade. Adoro sua sensatez e sua atitude pacificadora: você se posiciona, mas não ridiculariza ou menospreza o outro lado. Um luxo.

Mas quero falar das filhotas. Minha pequena está fazendo 3 anos agora e tenho andado às voltas com as lembranças da chegada dela. E vendo seu post hoje isso ficou ainda mais intenso. Eu sou uma chorona nas horas de alegria então você pode imaginar o tanto de lágrimas boas que derramei nos nascimentos dos meus filhos. Não sei se você é do meu time, mas sei que com ou sem lágrimas de alegria você está prestes a se deliciar de novo com a chegada de um filho, então saiba que estou aqui torcendo para que tudo seja como seu blog: sereno, lindo. E há de ser. Vem, Marina, seja bem vinda, pequenina.

Beijo com carinho,

Rita
Mariana disse…
Oi! Tudo bem por aí?

Vocês ainda são quase 4?? Daqui a pouco serão milhões, tamanho o amor que explodirá de dentro de você, literalmente!

Acabei de ler o seu último post e senti muito orgulho, de ter uma amiga tão consciente, tão aberta às forças da natureza, tão madura, tão, tão... Estou respondendo por e-mail pq ainda não recuperei minha senha no blog...
A maneira como você descreve o processo do parto é tudo aquilo em que acredito e tento passar para as gestantes que acompanho todos os dias, e também às futuras mamães ao meu redor( familiares, amigas, amigas de amigas,etc). Já tive a honra de presenciar nascimentos lindos, naturais e prazerosos graças à minha escolha profissional!
Espero que você contagie as mulheres para que se deixem parir, se permitam sentir dor e pedir uma peridural, sem se achar menos mulher,deixem seu corpo se abrir e naturalmente receber a vida que tão ansiosamente esperaram por vários meses! Aliar a ciência com a natureza é o que há de mais humano e moderno! Para que a cesárea seja uma decisão médica, e não uma escolha.
Você tem muita razão quando diz que o ideal é se conhecer todos os caminhos que levam ao nascimento, mas sabendo exatamente as dores e as delícias de cada um, e aí sim, optar. Cada mulher tem o direito de "escolher" como quer que seu filho nasça, mas com consciência e toda a orientação do mundo! O maior problema é que os "doutores" não falam tudo, não explicam que a cesárea é uma big cirurgia abdominal, e como todas, têm riscos sim, e que só vale à pena passar por eles se o parto vaginal não for possível.
Pelo que vc conta, o nascimento do Ângelo não foi dos mais fáceis, mas guerreira que só vc foi até o final! Pode apostar que a Marina vai chegar mais suavemente e, "se Deus quiser", regada à uma bela analgesia peridural!!!
Que bom q vc encontrou um médico assim, raridade por aqui, mas aí em SP eles já existem em maior número! Acompanho vários sites de parto natural (um dos mais legais é o www.partocomprazer.com), assisti recentemente à uma discussão sobre o parto orgásmico(orgasmic birth), acho q vc já deve ter ouvido falar, tem um vídeo lindo, não sei se está disponível na internet.
Tem também um vídeo chamado "breast crawld", no youtube, que mostra exatamente o que vc descreveu na primeira mamada do seu Angelinho. É lindo! Talvez vc já esteja "careca e barriguda" de ver essas coisas, mas se ainda não viu, ainda dá tempo antes de pegar as malas e o lindo enfeite de porta!
Desejo um parto especial pra vcs! Que o Renato seja sua super "doula", e que a Marina se aconchegue nos seus braços, pelada, quentinha e rosada! Como estão minhas bonecas agora, num banho quentinho e cheio de espuma!
Depois de tanta correria pra deixar o "ninho" tão lindo e aconchegante, agora é hora de esperar mais um pouquinho, e curtir, relaxar e descansar, à espera da Marina, como vc diz!
Ah, vc sabe que o Renato pode contribuir "profundamente" para começar o trabalho de parto, né????!!!!
Beijos de uma quase parteira,
Mariana.
Somnia Carvalho disse…
Queridas amigas, leitoras brasileiras e dear friend Nikol,

e muito gostoso ouvir isso tudo de voces! essas experiencias que relatam, esses sentimentos que partilham comigo...

tenho pensado muito em maternidade e gravidez, suecia e brasil, desde que cheguei... e muito diferente mesmo... algumas coisas me incomodam na postura das maes brasileiras e conto isso em outro post, mas de forma geral acho que ser mae nao e uma escolha la muito simples se a gente encarar a responsabilidade como deva ser...

nao e simples, mas e bom demais disso tenho certeza... vou ver se consigo responder todas com calma despues... por ora beijao para todas...

Mamma!!!

(esta e para a amiga Nikol que escreveu em ingles ai em cima)

This final days I m thinking al the time in you and we walking around in malmo... eating, choosing good desserts.. .rs... and you so big! my time is almost finishing too!!!

miss you
Anônimo disse…
Prontinho, decidido: vou te levar na minha banca de TCC pra explicar a parte teórica e depois só apareco pra explicar o projeto da minha maternidade de parto normal! rsrs Antes de morar na Suécia pela 1a vez sempre pensei em ter por cesariana (tão pregada pela minha família e amigas), até que lá balancei e quando voltei me informei e hoje não quero nada além do normal! Quem bom que por fim foi como tu querias de novo!
Beijos!
Sula Carvalho disse…
Primeiramente parabens pela filha linda!

Segundo, quero elogiar o post fantastico. Estou gravida e meu filho vai nascer na Suecia, assim como o seu Angelo. Aqui no Brasil ja tinha planejado o parto na agua mas acabei de descobrir que na Suecia nao pode. Fiquei meio desolada e vim fazer pesquisas na net quando encontrei seu post. Fantastico, muito inspirador,muito confortante e confesso que me deu uma animada. Obrigada e sucesso!

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