(Eu, feliz e literalmente de pernas pro ar (não vai pensar mal de mim!) Ales Stenar, Kåseberga, verão, 2009)
Há várias semanas, movidas pela energia da Glorinha, a gente decidiu falar, pensar e escrever sobre as cores. E viajando nelas a gente descobriu uma energia diferente vindo de cada uma e, nessa última postagem, a "Pintora Imaginária" nos pergunta sobre nossa cor preferida.
Eu não posso falar de cor preferida, mas sei falar do quanto a cor está em minha vida: nas paredes de minha casa, nos meus quadros, nas roupas, na comida, em todo canto...
E é exatamente pela força que a cor exerce em mim, o modo como ela pode me tirar de um estado de ânimo e pôr em outro que preciso falar do azul...
Estou há três anos nessa Suécia eu já tinha dito aqui que o amarelo sempre vai me lembrar este lugar, para sempre!, mas não mais que o azul... Há três anos vivendo aqui minha sensação é que nem as nossas praias brasileiras são mais azuladas, contrariando o poema...
Não sei se a perda da cor por 6 meses ou mais me faz delirar com o azul que vejo por aqui, mas é assim que tenho me sentido... Fora isso, ter vindo viver em frente ao mar, há um ano, tem me feito ficar praticamente hipnotizada pelas várias tonalidades que o mar assume aqui, por conta da posição do sol e da retidão do terreno... O céu e o mar, totalmente azuis, nunca são do mesmo tom... nunca se confundem e fazem um casamento perfeito...
Foi olhando para o mar, foi desejando não esquecer nunca esta vista do mar imensamente azul e esta sensação de plenitude que ele me passa que decidi ser mãe de novo, junto com o Renato. Foi olhando para o mar que senti os enjôos, passei horas imaginando a criatura que estaria em meu ventre... E foi olhando para este mesmo mar que o nome Marina me veio à mente...
E foram estes os mesmos motivos para que a decisão fosse tomada a dois...
Estou totalmente enamorada de Marina... do azul... dessa paz que invade a gente quando se tem em frente tanta água...
Marina significa a que pertence ao mar, a que veio do mar ou a que nasceu do mar... No caso da nossa Marina, a que foi gerada, a que nasceu entre os mares da Suécia e do Brasil...
Marina azul, o mesmo azul (e não rosa) da primeira roupinha que comprei assim que soube que esperava uma menina...
E é com essa cor que quero ficar, encerrar a prazerosa participação, ainda que não tão frequente, na blogagem da amiga pintora virtual e dizer: "Valeu Glorinha!"
(Brincando nos campos de futebol em frente de casa e admirando o Torso e as manifestações da Primavera, Malmö, primavera de 2010)
(O azul contrastando com o branco da neve, Malmö, fevereiro de 2010)
(O porto, as marinas e o mar azul de outra cidade sueca inspiradora, Göteborg, 2008)
(Ângelo em passeio com a mãe pela praia num fim de dia qualquer da primavera de 2009, Malmö,)
(A imensa ponte que liga Malmö e Copenhaguem e a vista que a gente nunca mais vai esquecer... Malmö, primavera de 2009)
Comentários
Faço idéia como vocês não sonharam coisas aí diante desta plenitude.
Os sonhos foram tão amplos e azuis que deles originou-se a Marina que ganha formas e um dia cor junto a vocês aqui neste Brasil pra lá de colorido.
beijão carioca
Beijos minha linda, obrigada pela sua participação maravilhosa!
Saudades e um grande beijo em todos vocês!
My
Beijinhos.
bjs
Marilena