(Desenho de Gaelle Boissonnard)
Soneto de aniversário
Passem-se dias, horas, meses, anos
Amadureçam as ilusões da vida
Prossiga ela sempre dividida
Entre compensações e desenganos.
Faça-se a carne mais envilecida
Diminuam os bens, cresçam os danos
Vença o ideal de andar caminhos planos
Melhor que levar tudo de vencida.
Queira-se antes ventura que aventura
À medida que a têmpora embranquece
E fica tenra a fibra que era dura.
E eu te direi: amiga minha, esquece...
Que grande é este amor meu de criatura
Que vê envelhecer e não envelhece.
(Vinícius de Moraes)
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Eu sou uma pessoa que tem muita consideração pelos amigos e pela família, mas uma péssima memória para as tais datas que gosto de celebrar. Ainda assim, muitos me escreveram belíssimas coisas na semana passada, através do orkut ou de email, através do celular ou do blog. Alguns enviaram flores, como a Dri, outros me mandaram fotos e me fizeram homenagens simples e sinceras, como meus irmãos e minha mãe.
Eu ainda não respondi, talvez eu nem precise, porque esses amigos que me têm em alta conta sabem o quanto eu fico agradecida. Entre essas demonstrações todas, está este cartão e esta poesia, enviado pela Daníssima, pelo correio, que uso para enfeitar este post.
Eu, que sou dada às emoções exageradas e sentimentais fiquei feliz e emocionada.
Obrigada a vocês todos!
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saudades e carinhos