("Não tem brincos: é menino ou menina?", criança sueca posa para grife Polarn O. Pyret)
Nove em cada dez vezes que alguém no Brasil tenta ser simpático com uma grávida ou alguém com um bebê de colo a pergunta é sobre o gênero da criança. Menino ou menina? Já repararam?
Tomemos outra situação: quando alguém olha para um bebê menino nas ruas no Brasil você acredita que haja alguma expectativa quanto a algum sinal, uma marca, deixando claro e evidente se tratar de um menino?
E quando encontra uma menina?
Bom, fato é que nossa menina Marina agora tem 8 meses e eu simplesmente não tenho condições de contar as dezenas de vezes em que fui parada nas ruas em São Paulo por alguém perguntando se tratar de uma menina ou de um menino. Até aí nenhum problema! Bebês no começo não tem cara de nada, depois tem cara de ... bebês!. Ainda mais se tiverem pouco cabelo. O problema começa quando a pergunta vem 90% das vezes antes do comentário: "Ah! Eu não percebi porque ela não tem brincos!".
Decidimos não furar orelha de Marina e pôr nela brincos por pelo menos duas razões: 1. achamos que brinco cai bem em uma mulher, é um ornamento mais adulto, algo do qual um bebê (não sei dizer quando ela for menina o que faremos) não tem nenhuma necessidade de ter e 2. somos fracos, não temos coragem e ponto final. Achamos cruel. Pensamos que submetê-la a dor só se extremamente necessário, como quando damos as vacinas e injeções as quais fazem sofrer todo pai e toda mãe.
("Uma criança linda... mas que pena que não tem brincos para sabermos se ela é menino ou menina..." criança sueca posa para grife Polarn O. Pyret))
A mãe de novo era eu. E eu estava ao lado dela...
A verdade é que eu AMO brincos! Sou a mulher quem mais teve brincos na face da terra e dispenso colar, anel, pulseira, relógio mas nunca meus brincos. Pequenos, grandes, coloridos, argolados, prateados, todos! Desde quando furei as orelhas aos 15 anos de idade. Outra verdade é que eu nem mesmo sou contra brincos nas crianças dos outros. Sou contra a OBRIGAÇÃO, a IMPOSIÇÃO de se pôr brincos em uma bebê ou em uma criança. Sou contra que todo mundo com quem eu cruze na rua se ache no direito de exigir brincos numa bebê para conseguirem reconhecer seu sexo.
(Foi esquiar e ninguém sabe se é uma menina ou menino... porque coitadinha a mãe não lhe furou as orelhas!", criança sueca posa para grife Polarn O. Pyret))
Essas intervenções todas no meio da rua, no supermercado, no jardim, no elevador etc tem me lembrado de novo... a Suécia! Embora lá as intervenções absolutamente nunca existissem. E certa vez, quando eu e Renato, conversando sobre modos e costumes brasileiros com nossa amiga Paulina, uma jovem advogada sueca grávida de uma menina, casada com um outro jovem advogado dinamarquês de pais iranianos, acabamos por comentar meio do nada como era comum as mães furarem as orelhas dos bebês, quando estes eram meninas aqui no nosso país.
A cara de quase espanto, para não dizer horror, de Paulina foi automática. Furar a orelha? Com muito jeito minha amiga disse que tal ato a lembrara algumas tribos e não tinha conhecimento de ninguém de seu convívio na Suécia quem havia feito o mesmo.
Parece exagero? É eu também me choquei e até me senti ofendida com tal afirmação sincera. Não é nada comum alguém usar de qualquer marca para distinguir um menino de uma menina na Suécia, porque qualquer tentativa disso é muito mal visto pela sociedade. Funciona o contrário. As tentativas são de deixar que as pessoas sejam apenas pessoas. Elas não são melhores por serem meninos ou homens, meninas ou mulheres. Elas devem ter mesmos direitos. Devem ser vistas sob a mesma ótica. A de que são indivíduos e merecem respeito. O menino não é impelido a ser o durão, o conquistador e a menina a ser a conquistadada, a presa do lobo. Por isso se não há marcas, nem brincos diferenciando meninos não haverá para meninas. Ao menos enquanto elas não pedirem por um.
Outra prova da quase necessidade da sociedade sueca em tentar manter-se indiferente quanto ao gênero é o fato de 8 ou 9 em cada grávida optar por saber o sexo do neném apenas após o nascimento da criança. Além das enfermeiras realizadoras dos ultrassons se mostrarem meio ofendidas quando insistimos em perguntar o sexo do neném durante exame do terceiro mês. Elas poderão rapidamente responder se questionadas sobre isso, mas farão questão de marcar o objetivo do utlrassom: saber se a saúde do bebê está okey.
(Marina, sem brincos, pronta para passear e pirar o cabeção do povo nas ruas, S. Paulo, abril 2011)
O brinco como adorno obrigatório em uma criança é um costume brasileiro. Entende? É um comportamento adquirido, seguido, cobrado como se fosse obrigatório e universal, mas não é.Talvez seja também a verdade em outros países, latinos ou não, mas é uma escolha (da qual gostemos, admitamos ou não) tem a ver com a necessidade de feminilização, sensualização da mulher, típica de nosso país.
Até onde me lembro todas minhas amigas queridas daqui, mães de meninas, furaram as orelhas de suas pequenas, algumas no desejo de as deixarem mais bonitas, outras de pouparem o sofrimento quando estiverem ainda maior. Outras de se orgulharem por terem uma menina e poderem mostrar isso para os outros. A verdade é que isso não me diz respeito, embora eu possa afirmar que também ache uma graça os brinquinhos nas meninas. Não é esta a questão. Vocês estão me entendendo?
Poderíamos então simplesmente finalizar o assunto, afinal como sempre encerra o senso comum qualquer discussão sobre diferenças culturais seria "lá é desse jeito, aqui é de outro jeito" e... ponto final. Eu, entretanto, vejo nesta pequena mania de cobrar brincos de bebês meninas nas ruas algo que reafirma o machismo tão enraizado na nossa cultura. E nisso nós temos muito a aprender com a Suécia.
Uma criança não precisa já ser estereotipada desde tão cedo. Não há nada em um brinco que possa valorizar mais uma bebê do que outra. Diferenciá-la e marcá-la como fêmea pode colaborar bastante em deixá-la bonitinha, mas não deve ser um apelo. Nem uma obrigação. A obrigação é castração. Tolhe a liberdade. Da mãe, da criança. E a gente já sabe o que acontece com mulher cuja liberdade é tolhida desde cedo. No futuro olhares, maridos machistas a esperam, obrigações entendidas como apenas para mulheres e uma sociedade que lhe pagará menos pelo mesmo trabalho exercido.
Certas discussões são estéreis se na prática agimos de modo tão diferente: igualdade e liberdade começam sim desde muito cedo a se ensinar, com ou sem brinco na orelha.
Comentários
que legal vc escrever sobre este tema.
A A. tem 3 pares de brincos, lindos, mas a gente optou por nao furar a orelha dela. Decisao que, como vc pode imaginar, provocou questionamentos muitos.
Tb acho um saco qualquer tipo de obrigaçao sexista/racista: tipo "por faixa no cabelo de bb", "fazer chapinha", "pintar o cabelo indiscriminadamente de loiro ", etc, etc... A imagem do feminino, nestes casos, me revolta e assusta. E quero, enquanto A. eh criança, protegê-la desta obrigaçao/desta imagem.
Eu posso imaginar quanta polemica voce nao tenha causado, ainda mais porque provavelmente os 3 brinquinhos devem ter sido ganhados e isso?
sendo sincera e me lembrando agora: eu perguntei ameu irmao e cunhada na epoca que tiveram minha sobrinha se eles iriam ou nao colocar brinco nela! na epoca achei que era algo estranho nao colocarem e pensei que era mais por submissao por eles serem evangelicos... agora que sou mae na verdade fiz o mesmo, creio por razoes diferentes, mas a verdade e que a gente se intromete demais nao e nao?
sandra eu nao sabia da circuncisao obrigatorio dai!!!
qual e a razao? religiosa? o protestantismo? explica pra gente...
verdade! a sophia nao tem brincos! E ai e mais comum as maes furarem ou nao a orelha das meninas?
Eu furei minha orelha quando eu tinha uns 10 anos, nem lembro direito, mas por conta própria. Se tivesse uma filha ia deixar essa escolha pra ela fazer também, afinal as orelhas säo delas.
Ah, super obrigada pela oferta de envio do livro, depois que vocë colocou o nome eu fui ver se já tinha, pois lembrava desse lance de cálculo e achei no outro computador em pdf. Agora é achar tempo pra dar uma treinada.
Obrigada pela dica, pois eu já tinha esquecido desse livro.
Beijo
achei engracado voce falar dos planos que estao fazendo pra filha que ainda nao existe... rs... e assim mesmo a gente tenta pensar como faria para pensar como faria de melhor para eles! e louco isso!
por outro lado eu acho que deve ser um conflito quando se e casada com alguem de cultura totalmente diferente. nao necessariamente um conflito ruim, normalmente e dai que surgem aprendizados...
voce me fez pensar no seguinte: que tendo vivido na suecia eu geralmente falo do que aprendi de legal, mas eu nao penso no que minhas amigas que viveram comigo dizem ter aprendido sobre nossa cultura... trocar e conseguir adquirir o que o outro tem de melhor e muito maduro voce nao acha?
vejo que o livro de memoria tem lhe ajudado muito, voce ate esqueceu que ele existia! hahaha...
entao, nao e assim nao! e o contrario mesmo! quase todo mundo coloca e este nao seria tema para um post meu se alem de colocar quase todo mundo, todos os santos dias em que saio de casa com a minha menina nao viesse me dizer que eu estou errada em nao colocar brinco nela...
acho que nos fazemos muitas escolhas pelos nossos filhos que sao inconscientes e outras conscientes, agora querer escolher inclusive pelo filho dos outros ai e um problema aiiiinda maior...
este ponto teve um pouco mais de questionamento na familia, mas a gente nao batizou nenhum deles. Nao por um contestamento tao forte, mas porque e isso... a gente nem mesmo vai a missa entao por que batizar? somos catolicos de familia, casamos na igreja e foi muuito bom. Eu era rata de igreja, mas hoje nao vou mais... questiono se devo impor isso aos meus filhos... ainda nao sei, na duvida nao batizamos...
alias o post nao tinha como tema criticar a colocacao de brincos no brasil, mas dizer a cobranca para que quem nao coloque o faca nas suas criancas... e comparar com a realidade da suecia para a gente entender que existem MUUUUITAS outras visoes possiveis.
falem!!! a gente quer ouvir!
Não entrei na sala, aliás, nenhuma de nós entrou, ficamos de fora, apreensivas, ouvimos só um chorinho, mais de "susto", apenas na primeira orelha, na segunda parece que ela nem sentiu. Chorou mais por ter entrado sozinha na sala (fomos em um clínica) mas como era muito alegre, já saiu de lá rindo e brincando com a moça.
Nenhum trauma. Acho melhor furar mais cedo, justamente porque as complicações são menores.
Vamos lá: para ter coragem de furar as orelhinhas dela, eu, que nunca tinha furado as minhs, falei que só o faria se não doesse em mim, guardadas as proporções de "endurecimento" do lóbulo. Então, chegando na clínica, primeiro furei as minhas e a dor foi bastante suportável, foi mais um ardor, que parou quase de imediato. Claro que depois ficou um incômodo, como se estivesse inchando. Mas tudo suportável.
Bom, minha nenenzinha furou as orelhas e nunca mais teve problemas, não chorou, não inflamou, não se incomodou com os brincos.
Mas as minhas...Só pra encurtar: até hoje uma delas inflama quando uso brinco. Ou uma ou outra, elas se revezam. Uma fêz li, na revista NOVA, na época em que era informativa e não apelativa, que furar as orelhas com a gente mais velha, é chance da cicatrização nunca ocorrer definitivamente.
Quando tive minha segunda filha, logo nos primeiros dias furei as orelhinhas dela, sem problemas.
nao eh obriatorio, mas a maioria faz, dizem que eh mais higienico em prevencao contra infeccao. Mas estah havendo mudanca...
bjs
S
Ando tão sem assunto, vou ver se consigo pesquisar e postar sobre de onde surgiu a tradição das orelhs furadas. Deve ter sido dos índios, né?
Quando vejo um bebê mais novinho, carequinha, roupinha sem rosa ou azul, olho rápido para as orelhas, a procura do brinco, pra não dar "manota" e ser um menino...rsrrs
Beijo!
Legal mesmo este post e percepções sobre as duas culturas em cima desse ato.
Quero lembrar-lhe que já estamos de férias, por isso não estou comentando ou postando muito, mas sempre quando der, passo pra dar um alôzinho, ok.
uma beijoca grande para todos aí.
Bom, sobre a polemica... eu não tenho nada contra nem a favor aos brincos em bebês. Se fosse minha filha, grande chance de furar qdo baby. Ah, ela nem vai lembrar da dor! Qto a analogia com as criancas suecas, vc devia ter colocado uma foto daqueles briquedos "do lar" (aspirador, ferro de passar, etc) com um MENINO na caixa. É, o assunto da liberdade sueca é debatível. Pq eles obrigam meninos a terem aula de tricô e crochê na escola?!?! Deveriam deixar os meninos escolher, né? :-P hahahaha, só pra não perder o costume de descordar.
Saudade docê! bjs
e verdade ja me disseram que e molinho e nao doi... rs.. eu mesma quando furei senti que ardia bastante e tal... mas tambem ja ouvi amiga dizendo que a bebe chorou muuuito. E uma mae na rua que me disse ter furado e se arrependido muito porque a bebe berrava que so...
sei la... na duvida da dor ou nao, embora a dor seja apenas um dos pontos, a gente nao fez. E de novo vou lembrar nao acho que ninguem esteja errado por fazer.
beijocas
estranho ne? eu sou muito burra nisso tudo e preciso da ajuda dos universitarios para entender. Na verdade se tiver algum antropologo antropologa lendo poderia nos dar uma luz do desenvolvimento deste habito e do habito de furar as orelhas!
tambem deve ter muito com o orgulho de cada povo, da forma como se apresentam, por exemplo,nas culturas africanas.
seguinte eu sabia que vc ia DESCORDAR com e... hahaha... nao podia perder a oportunidade tombem!!! rs...
eu sabia! ja ate imaginava quais seriam os pontos dos suecos que vc atacaria! veja so! por isso montei minha artilharia! rsssss...
brincadeirinha: seu comentario me deu umA OTEMA ideia. Vou falar com jessica e pedir a ela uma entrevista do que ensinam nas escolas primarias e ginasias... eu tenho a impressao de que tambem ha aula de parafuso, montar coisa sei la o que pras meninas... mas so impressao...
vamos ver!
beijos eu amo ter alguem que discorde comigo de jeito tao enfatico quanto oce!
rs
Legal o post!!! Tenho 29 anos e minha mãe não furou minha orelha tb não.., mas sim, aqui é minoria mesmo.
Tenho uma vaga lembrança q me sentia um pouco diferente quando era pequena por só eu não ter orelha furada, tb não vestir só cor de rosa (não me lembro se na década de 80 era tão monocromático a cor de roupa de crianças..era??)Me orgulho muito hj de meus pais terem sido diferentes neste aspecto!!
Como depois dos 9 fui morar no Japão, acabou q não foi problema, já q por lá tb não se tem o costume de furar a orelhinha da criança...e tb acho q é muito menor essa diferenciação de cor-rosa menina cor-azul menino.
Além de toda a dscussão da razão das cores serem tão divididas aqui, a verdade é q pessoalmente acho q a criança fica tão, mas tão mais bonitinha com váaarias cores, tudo misturado, forte!!
Acho meio tristinho, na verdade, a criança estar TODA de rosa (acho q os meninos exploram um pouco mais nas cores não? azul, verde etc..), em uma época q não se precisaria de tantas amarras né...
Adorei o post!!
Bjo
Eu também não furaria as orelhas do meu bebê. Deixaria crescer e ela decidir.
Eu mesma só tenho uma orelha furada, pois na outra o procedimento foi mal feito quando eu era bebê, rasgou o meu lóbulo e foi preciso dar pontos. Depois disso, nunca mais pude furar a orelha direita e hoje ela possui uma cicatriz do corte. É muita crueldade submeter os bebês a isso.
Abraço!
Minha mãe não furou a minha orelha e eu também não furei a da minha filha. Além de N motivos, uma pergunta que eu faço pra quem insiste no assunto é 'Você dorme de brinco? Gosta de dormir de brinco? Por que um bebezinho que é muito mais delicado tem que usar brinco e dormir com ele?'
E pra que? Pra agradar a quem? A sociedade machista brasileira? Tenho certeza que o bebê não é o grande beneficiário desse ato.
Enfim, me soa primitivo mesmo. Sim, é coisa de tribo! Concordo com sua amiga sueca. E detesto a imposição, como vc disse. Quando fui ao Brasil no natal do ano passado, primeira viagem da filhota pra Brasil, a fofinha com 4 meses... advinha o presente que ela mais ganhou? Brincos! Inclusive da sogra. Eu sei que as pessoas fazem 'na boa intenção' mas me deixou morrendo de raiva...
Adorei esse post !!!!
Furei minhas orelhas quando era criança , mas minha mãe so furou quando eu mesma pedi .
Desde entao, deve ser a terceira vez que meus furos fecharam...tenho alergia a metal, qualquer outra coisa que nao seja ouro deixa minhas orelhas inchadas e vermelhas,...kkkk pra eu usar brinco todo dia, duas opções : ou usaria o mesmo brinco todo dia ( de ouro) e nem tiraria da orelha( como quem usa aliança tambem nao tira) , ou teria que ficar rica pra comprar tanto brinco de ouro assim,l.kkk
Pois bem,desde entao ( ha uns 3- 4 anos ) meus furos devem ter fechado pela terceira vez e desisti de usar brincos,porque me machuca.
Nao uso anel nem pulseira por conta da minha profissão ( sou medica , e acho horrível examinar paciente com essas coisas penduradas ou pior - ter que ficar tirando pra examinar )
Quando muito,gosto de usar um colar ou lenço , mas nada alem disso,
E você está certíssima , acho um absurdo furar orelhas de bebês , coitados !! Rsrs
Nao tenho filhos, mas se tivesse , so furaria as orelhas quando eles pedissem, sendo menino on menina ( agora um monte de homem usa brinco, ne ?)
Beijo,prazer!! Vou vir aqui no seu blog mais vezes,
Acho que você esta corretíssima, absurdo furar orelhas de bebês,
Eu furei minhas orelhas quando era criança,mas porque pedi, e minha mãe autorizou.
Hoje nao uso mais brincos porque costumo ter alergia a metais , minha orelha sempre inchava e ficava dolorida...de tanto ficar sem usar, meus furos devem ter fechado pela terceira vez....rsrs.
Uso um colar ou lenço de vez em quando, e so .
Parabéns pelo post , vou voltar mais vezes,