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Salvar o Planeta? Que tal fazer exatamente aquilo que você já está careca de saber?



"There's no time for us
There's no place for us..."

Meu (segundo) passeio aos Alpes Suíços me fez pensar demais na minha relação com a Natureza. E me fez relembrar casos e histórias que quiz contar aqui antes, mas não contei.

As montanhas brancas, o poder que elas exerceram sobre mim e a beleza que pude desfrutar "gratuitamente" não me deixaram voltar a mesma, ainda que minha relação com a natureza e o meio ambiente já tenha mudado tremendamente nos últimos três anos de Suécia.

Eu sou o tipo neurótica com sujeira na praia ou em qualquer lugar.

No Brasil, em Riviera de São Lourenço, eu quase tive um colapso nervoso com uma família (aparentemente muito bem de renda) de umas 15 pessoas. A família "cóin cóin" comeu de TUDO que se possa imaginar das barraquinhas, porque tinha grana para pagar suas regalias. Até aí tudo bem. Ou não.

Problema não foi que todos comeram muito. E que também beberam muito. Além de consumir MUUUITA água de côco diretamente da fruta. Super natureba. O grande problema foi que, enquanto se saciavam, foram jogando o lixo embaixo das mesas na areia da praia, assim comos os antigos romanos faziam. Côcos, pratinhos, latinhas, tudo. Fui observando, urubuservando e pensando: "Não é possível que eles não irão recolher no final!". Eram 15 pessoas adultas, fortes, saudáveis.

Não recolheram. Saíram com cara de "posso pagar por tudo" e deixaram o lixo ali. Provavelmente porque imaginam que pagar pelo côco inclui pagar o moço que vende para limpar a praia. E o moço e o pessoal das barraquinhas olharam (outros nem olharam, porque a cena é corriqueira) para a sujeira indignados porque devem ter pensado que toda classe média quer fazer deles empregadinhos, e foram para suas casas empurrando seu trailler.


("Parem de construir rodovias!". Renato, Rogério, Ângelo e Dani, no trem vermelho que nos levou a Davos. Uma das lições que o Brasil ainda não aprendeu: não existe desenvolvimento sem transporte público de verdade! Suíça, abril de 2010)


Essa relação "porcôoo" com a natureza que muitos de nós brasileiros ainda temos é bem mais raro aqui. Na Suécia, na Suíça, por exemplo. Não na Europa toda, porque quanto mais turistas, mais lixo também se vê nas grandes cidades.

É fato que os antepassados de muitos povos daqui depredaram muito do mundo (aliás algo que odeio é quando a mídia brasileira se refere ao número de florestas destruídas pela Europa no passado para justificar que nós agora não precisamos nos preocupar tanto com o que fazemos, como se tivesse chegado, enfim!, nossa vez de poder destruir um pouco e tentar ser civilizado um dia), mas é também verdade que seus descendentes tentam muito agir de forma diferente. E é fato ainda que esse "ter que cuidar bem" nasce de uma consciência de que quem deve cuidar sou EU. EU sou responsável, não a mocinha para quem paguei a caipirinha.

Taí outra coisa que tem gente que odeia e eu acho incrível na Suécia: quase sempre somos responsáveis por recolher nossos pratos em restaurantes e shoppings etc. Deixamos tudo razoalmente usável para quem vem depois. Há gente que não faz, mas é 2 em cada 10.

EU tenho obrigações de limpar, catar, reciclar o meu lixo. No exemplo que me refiro da praia no Brasil, havia ali na areia mesmo tambores gigantes, bem organizados, com lixo reciclável e orgânico a 20 metros de onde a família cor de rosa fez sua refeição.

Eu fiquei até a imaginar os Alpes Suíços sem cuidado. Imagina se quem subisse pra esquiar sozinho aquelas cadeias fossem jogando latinhas, saquinhos etc lá para cima?


(Vista "de baixo" que tínhamos do trem de algumas montanhas dos Alpes Suíços, a caminho de Davos, abril de 2010)

Essa não é uma apologia aos europeus e uma idéia de que brasileiro é porco! Por favor me compreendam. O que tô tentando dizer é que muitos de nossa gente - e não estou falando de quem não tem recursos e formação escolar - ainda consome e suja o mundo como se fossem os úncios a viver nele.

E tô dizendo ainda que essa relação com a natureza poderia, quem sabe, talvez ser mudada se essas pessoas se abrissem para novas experiências e visões.

A Suíça é tão tão organizada com lixo que faz a Suécia parecer bagunçada nesse quesito, onde eu vi, semana passada, um ferro de passar roupa no meio do lixo orgânico aqui no prédio onde vivo. É raro, já que quase todo prédio tem uma separação muito boa de lixo, mas acontece.

Aqui, há não só separação do lixo em todos os prédios comerciais e residenciais, como também em casas. Quando se tem casa é obrigatório pagar aluguel dos latões de reciclagem. E MEGA IMPORTANTE é totalmente proibido colocar sacolinha de lixo nas calçadas, como primitivamente ainda se faz no Brasil.


("A culpa não é minha!" A frase que autoridades e a grande maioria dos cidadãos brasileiros adora para tirar de si as responsabilidades que lhe cabe, São Paulo, Estadão, setembro 2009)

Em São Paulo, durante nossa viagem de fim de ano, fomos passear numa noite, em Alto de Pinheiros e nos Jardins (bairros onde só gente com dinheiro vive e compra) e fomos passando por entre os amontoados de sacos pretos de lixo espalhados pelo meio das ruas, levados pela água de uma chuva que caiu por meia hora.

Era tanto lixo espalhado que parecia cena de filme Highlander, de fim de mundo, coisa assim.
Lemos depois que a Prefeitura de São Paulo tem negligenciado o projeto para impôr as caçambas de lixo obrigatórias que deveriam substituir as primitivas sacolinhas.

Então quando há tragédias como as que São Paulo teve recentemente e o Rio está vivendo de desabamentos e alagamentos não dá para ouvir e engolir que ficamos indignados, mas ainda nada fazemos.


(Vista "de cima" de algumas das montanhas limpíssimas de Davos, onde Renato, Dani e Rogério esquiaram, com dezenas de latas de lixo, Davos, abril de 2010)


"There's no chance for us
Its all decided for us..."


Será que não temos ainda nenhum poder de reação e decisão?

A separação que se faz na Suíça e a quase perseguição que se tem a uma pessoa se ela acaso jogar lixo em lugar errado é uma consciência da "emergência" do momento que eles criaram.

O controle rígido da reciclagem inclui multas para quem não o fizer, que podem ser aplicadas depois de se checar quem foi o responsável pelo lixo errado.

É uma relação de respeito com a natureza que a gente brasileira precisa criar. Como fazer isso? Ensinando, cobrando de boca, cobrando multa, organizando coleta seletiva decente etc. Mais que isso: fazendo algo que eu não tive coragem de fazer e me sinto participante da porquisse dos outros: apontar, denunciar, mudar o comportamento.

Eu deveria ter chamado a atenção da família cóin cóin cheia de dinheirinho na praia, assim como devia ter tirado o ferro do meio do lixo orgânico. Aliás essa é uma das boas coisas que tenho aprendido na Suécia. Eles são chatos. E não sem importam com isso.

Seja no trem, no ônibus, nas ruas, já vi muitos suecos e suecas chamando atenção de adolescentes, crianças e adultos desconhecidos com coisas do tipo: "você não pode jogar o lixo aí", "tire os pés do banco, porque você o está sujando!"

Eu passei adiante porque não fui eu quem fez errado. É quase um ligar o "f"-se porque eu tô fazendo a minha parte.

E tá errado. E é muuuito pouco.


(Reciclar e criar menos lixo é preciso: cadeiras que colhi no lixo de meu prédio: antes e depois da transformação para habitar nossa casa, Malmö, novembro de 2009)


"But touch my tears with your lips
Touch my world with your fingertips
And we can have forever
And we can love forever"

Sair da zona de conforto, como disse minha amiga consciente e chata (porque todo mundo que toma pílula vermelha vira chato pra quem só toma a azul), Camilinha, é o ato mais corajoso que se pode fazer hoje em dia. E a gente não sai por razões mil, mas a gente precisa. Ser pessimista de vez em quando é preciso.

Eu quero agradecer o azul em frente de casa, mas, apesar de eu amar meus óculos azuis, eu não quero usá-los para disfarçar o que vejo.

Eu sei que você nem eu vamos viver para sempre. "Who wants to live forever?", mas a gente precisa entender que o tempo de achar que a destruição do planeta aconteceria, já aconteceu.

Eu preciso fazer alguma coisa porque eu quero que Ângelo e seu irmão ou irmã, seus amigos, que os filhos de vocês e os netos deles e delas, possam desfrutar dos Alpes Suíços, da amarelinha ou azul Suécia, das praias brasileiras ensolaradas como a gente ainda pode.

Eu proponho uma coisa essa segunda-feira azul ultramar (da corzinha que está o mar lindíssimo aqui na minha frente e da cor da postagem que muitas e muitos de vocês estão fazendo): que a gente faça um movimento REAL para sair da nossa zona de conforto. Denunciando e agindo.

Chega de fazer cara de "tudo bem" quando os amigos desperdiçam litros de água na nossa frente para lavar aqueles talheres. Chega de ver jogando o lixo pela janela do ônibus e ficar com cara de "ó" que horror. Sem briga, mas com atitude de ensino.


(Não dá para ser feliz sem ser responsável. A família que eu tenho agora desfrutando de uma das maravilhas dadas de graça pela Mãe Natureza. Ângelo, eu e Re, em Davos, abril de 2010)

Então, para começar, a gente vai escolher 3 coisas que nos deixam MUITO IRRITADAS e IRRITADOS no comportamento alheio, quanto ao cuidado com o meio ambiente.

E, segundo, a gente vai escolher 3 coisinhas que a gente já sabe que deveria fazer, mas não faz, para tentar ainda salvar nosso planeta azul.

Minha lista do que eu não suporto no comportamento de gente querida ou não é:

1. Lavar louça deixando a água escorrer, enquanto se ensaboa ou faz outras coisas. Tenho pessoas queridas que gastam mais do que uma máquina de lavar gastaria em 3 lavagens para lavar louça de duas, três pessoas.

2. Não reciclar o lixo por preguiça e comodismo. Tenho amigas queridas que dizem "eu não tenho paciência pra isso!"...

3. Deixar lixo na praia, jogado, ou em sacolinhas, para que alguém pegue mais tarde.


(Aprendendo brincando: a relação de amor e respeito com o meio ambiente precisa começar cedo, Sistema de irrigação como brinquedo, num parquinho de Baden, Suíça, abril de 2010)


"Forever is our today"

Minha (vergonhoza) lista do que sei que posso fazer muito fácil e ainda não faço, mas que vou mudar, junto com vocês:

1. Dizer para quem gosto e conheço E para quem não conheço que ela DEVE agir diferente e repetir o porquê, ainda que pareça primário. (Na Noruega há uma campanha universitária constante na qual os alunos saem às ruas e pegam o lixo de alguém que atirá-lo no chão, dizendo: "você perdeu isso?"

2. Caminhar uns 500 metros até a coleta de lixo mais próxima para depositar o material que meu prédio não separa, já que me sinto culpada todos os dias por não fazê-lo por puro comodismo e ou falta de tempo.

3. Ensinar o Ângelo com brincadeiras a economizar água ou outras atitudes legais. Ele já tem o costume praticamente natural de jogar todo lixo que encontra na lata, mas ainda desperdiçamos comida demais, quando ele brinca de cozinhar.

O futuro é agora.

E, por mais piegas que possa nos parecer, depende de mim e depende de você, e não só de quem tem o grande poder nas mãos. O poder de grandes mudanças está nas mãos de todos. Eu posso tentar sozinha, mas sozinha eu não vou conseguir muita coisa. Eu preciso de vocês. E vocês precisam de outros que vocês conhecem. E assim a gente forma uma corrente em torno desse Planeta Azul.

E, então, o que você pode fazer para mudar o mundo? HOJE?

Comentários

Camila Hareide disse…
Isso mesmo, Sonildes... Abaixo o povo que até fala em natureza e meio-ambiente porque é politicamente correto, mas faz p*** nenhuma a respeito.

Aqui em casa eu até abro as caixas de suco e iogurte e arranco as partes plásticas antes de coloca-las no lixo de papel. Temos tentado guardar a água da máquina de lavar roupas pra enxaguar as embalagens pra reciclagem.

Mas olha, aqui na minha Noruega o povo ainda joga muito lixo na rua, especialmente no fim de semana, durante a bebedeira. Aqui ainda não é nem de longe o lugar civilizadíssimo de que se fala por aí. Mas tem mudado, e com os mais velhos, que são os que tem notado as diferenças do mundo ao redor deles! Acho isso incrível.

3 coisaas que me deixam muito irritada

1)Consumismo - coisa de mulherzinha mesmo, aquele povo que vive comprando, comprando, comprando, e se vangloria disso. Eles não se dão conta de que, a cada mísero baton que se compra, um recibo, uma sacolinha plástica,uma embalagem de papel e um papelzinho tipo bula estão envolvidos.

2)Desperdício de comida - no trabalho, vejo todos os dias as pessoas se servirem de 3 ovos cozidos, 4 fatias de pão, 5 de queijo, 5 de presunto, e mais todos os acompanhamentos, e comer nem um terço disso. O tanto de comida que vai pro lixo TODO DIA só no meu hotel podia alimentar várias famílias na África, Ásia ou mesmo no Brasil. Os noruegueses não ficam nada atrás dos americanos nesse sentido. Se eu fossecontar o que se joga de comida no lixo nos navios, então, é pra chorar...

3)Desperdício de recursos em geral. Aqui em Bodø as pessoas deixam as luzes das casas acesas a noite toda, não só as de fora, como as de dentro também. Gente que lava calçada com esguicho no Brasil, isso me leva às beiras de um ato de violência física. Essas coisas...

O que eu poderia fazer e ainda não faço?

1) Pular num navio dos Sea Sheperds com o Paul Watson e ir tentar impedir a matança de baleias, tubarões, golfinhos e atuns no mundo todo! Me juntar ao Greenpeace, ser ativista de verdade...

2) Falar pras pessoas fúteis e rídiculas que elas são fúteis, ridículas e que deveriam fazer o favor pros herdeiros delas de deixar "a casa em ordem", comprando menos, falando menos, desperdiçando menos e fazendo mais ações.

3) Descobrir um jeito de viajar que não envolvesse carros e aviões, ou descobrir um combustível pra esses dois meios de transporte que fosse realmente renovável, sustentável e não-poluente...

Porque tá difícil, viu, Sonildes... Eu faço minha parte ao cubo... E quanto mais faço, mais me desespero ao ver que os outros não fazem e não estão nem aí mesmo, é tudo da boca pra fora...

Vc mencionou as chuvas em Sampa, o povo adora meter o pau na prefeitura (isso desde o tempo da Marta), mas continua jogando pneu no rio e saco plástico na rua! A inivciativa privada fala de responsabilidade social, mas cadê que a p*** da Globo dá um minuto por dia no horário nobre pra falar pro povo que não pode jogar lixo na rua?

E as praias do Nordeste? Antes de mudar pra cá estive na Paraíba e estive pra morrer, prais divinas, totalmente imundas!

A tarefa é árdua, mas não podemos baixar a guarda jamais! Continuemos espalhando o terror eco-chato pela rede. Ao menos um a gente atinge! Vc imagina quantas vezes fui chamada de eco-chata? rsrsrs Adoro!

Muitos beijos, Sonildes. Há uma luz no fim do túnel...
Somnia Carvalho disse…
Ca, minha querida chatonilda ecológica,

tava tentando entrar no seu espaço para falar do post e não entrava... tá lenta a rede aqui hoje e aí ja recebi seu coments!

obrigada!

eu aprendo muito com voce!

mas eu acho que e uma coisa mesmo terrivel e dificil de viver: quanto mais conscientes nos tornamos e mais fazemos (eu nesse quesito de meio ambiente ainda tenho atitudes perversas e nojentas se comparadas a voce) a gente se desespera.

E por isso que eu amo tanto Adorno... mas e por isso tambem que eu desisti dele no doutorado... eu abria meus olhos, abria e ai ficava pensando: e ai! o que e que eu posso fazer?

sabe, ca, se a gente nao mudar o mundo ao menos de consciencia pesada a gente nao morre... embora isso nao me deixe mais feliz...

beijos e se anima ai! que seu post me animou nesse e a gente vai movendo o mundo.
Anônimo disse…
Olá Somnia,

Mto legal esse post...tudo isso q vc postou é tao certo q essa semana no Rio de janeiro(Brasil) a gnt viu o resultado da falta de cuidado com a natureza(mais de 200 pessoas mortas,mto triste). Eu sei que o nosso governo tem uma parcela graaaande de culpa por tudo que ocorreu,mas a populaçao tb nao ajuda, se cada um fizer a sua parte e nao ficar só esperando pelos governantes, o nosso país estaria bemmm melhor.
Outro dia eu estava no shopping e tinha um rapaz com o filho passeando e jogou no chao o papel da pipoca e qdo eu fui falar ele respondeu: se eu nao fizer isso nao tem emprego.
Imagine o tamanho da ignorância da pessoa...
Eu fico a ponto de morrer qdo eu to no transito e tem um porco jogando lixo pela janela do carro...eu tenho vontade de fazer ele sair do carro e pegar o lixo de volta, nao custa nada deixar uma sacolinha no carro ou dentro da bolsa,né!?..Aff!
Beijim!!
Cati
Somnia Carvalho disse…
Pois é Catiana!

não foi um nem duas vezes que dei a maior chamada em quem vi jogar lixo pela janela... certa vez falei pros mocos antes deles jogarem: NAAAO!!! voce nao vai jogar seu lixo pela janela, vai guarda-lo para jogar no lixo assim que descer... e eles obedeceram...

tem uma diferenca tambem entre os onibus daqui e dos nossos... todos onibus aqui tem umas 3 lixeiras dentro... embora seja proibido comer dentro do onibus...

organizacao ajuda.
hej voce esqueceu de por sua listinha!

bjs!
Anônimo disse…
O meu problema com o teu blog, Somnia, é que tu escreve tanto e tantas coisas interessantes que eu penso 'vou comentar isso'...'e isso'...'e mais isso'... e acabou esquecendo metade! rsrs
Eu acho que se ainda tem muita gente que menospreza o respeito para com a natureza, então deveriam ao menos ter respeito pelo próximo. E essa falta de respeito eu sei que vai ser parte dos meus choques culturais quando voltar ao Brasil em julho.
Eu acho que os suecos estão a anos luz no quesito coleta seletiva e limpeza das áreas públicas. O fato de se ter 'tvättstuga' também inibe o uso desinibido da máquina de lavar roupas (já que não está na comodidade do seu banheiro). Já acho que quanto a gastar água e eletricidade em casa eles estão bem atrás. Onde moro, por exemplo, a taxa de luz é fixa até um tal limite. Como o limite fica lonjão, o pessoal deixa tudo aceso.
Sobre a coleta seletiva eu já ouví muita gente reclamando. Ou não tem tempo, ou acha chato ter que discriminar até metal/plástico/papel ao invés de só lixo seco de lixo orgânico. Agora tu lembra de quando ninguém no Brasil queria usar cinto de seguranca nos carros porque era incômodo, machucava ou não lembravam? Precisou do incentivo 'mexer no bolso', das multas, e hoje só que está no banco de trás 'não precisa'. E é aí que eu me pego pensando em que incentivo se pode dar num caso desses e torcendo pra que 'a moda' de ser responsável chegue logo!
Beijos
Somnia, maravilhoso seu post!
Realmente é preciso educar as pessoas, mas isso não se consegue de uma hora pra outra e eco chatices tb não resolvem...tem que ser com jeito, mas sem ser chato...já vi muita gente com carro importado, jogando saco de MacDonalds pela janela, já vi motorista de ônibus jogando copo e garrafa de água de plástico pela janela e ainda disse que tem gente que ganha pra limpar...é a nossa cultura escravocrata que acha que quem ganha pra fazer isso, tem obrigação de limpar por nós...que espera o empregado fazer pela gente...Mas isso é cultural, então tem que ser mudado aos poucos.Concordo com tudo o que vc disse...e a começar pelo Mulla, que agora acha que é "o cara" e faz tudo o que é anti ecológico...comprou um avião novinho em folha, viaja pra lá e pra cá e aqui mesmo, só faz inaugurar pedra fundamental...sem saneamento básico, deixa os sem terra desmatarem a Amazônia e venderem a madeira ilegalmente...e a Dona Encrenca, com aquela cara cheia de botox, virou primeira dama e a primeira perua também, tomou o lugar da Suplicy no concurso de quem tem o bocão maior...Num país onde um ignorante manda e acha que é o maior do mundo, como conscientizar as pessoas? Aos poucos...Vai multar favelado? Como?
É difícil amiga...mas um dia chegamos lá...vai demorar e não adianta arrancar os cabelos, só com educação se resolverão os problemas ecológicos entre tantos outros...mas só quando os políticos derem o exemplo poderemos exigir dos mais pobres e da população em geral.
Eu faço:
Separo lixo
Não jogo lixo na rua
Não desperdiço água

Quanto ao que eu poderia fazer, concordo com vc; mas o risco aqui no país é vc chamar a atenção de alguém que jogou lixo na rua e levar um tiro na cara...
Beijos azuis.
Somnia Carvalho disse…
Mariel, fofolete,

o inicio do seu comentario ate me deu um sustio! rs...

entao, voce tem razao: as lavanderias comunitarias sao mesmo uma forma de sentir e ser mais rensponsavel.

E concordo com voce que essa coisa de deixar luz ligada aqui nao pega! inclusive no inverno tem as tais luzinhas lindas iluminando tudo e ao mesmo tempo desperdiçando uma baita energia...

a verdade é que pega sempre aquilo que falta... e se nao ta faltando energia o pessoal nao sente... tambem e bom lembrar que aqui na Suecia há tanta economia de energia com os geradores de energia eolica, sabe? aqueles cataventos gigantes? que já ouvi dizer que eles teriam energia para 10 anos, num caso de apagao...

nao sei ate onde minha informacao ta certa, mas energia eolica e tantas mais sao saidas viaveis e possiveis...

beijao! e obrigada por querer comentar tudo! baita elogio
Somnia Carvalho disse…
Glorinha colorida,

Entendo perfeitamente o que vc diz sobre a gente estar uns anos luz atrás... eu tava pensando exatamente nisso hoje quando fui buscar Angelo de bike na escolinha, logo depois de escrever o post...

no Brasil estamos ainda sobrevivendo, fugindo dos cães, tentando não morrer em meio a tiros dados, tentando não perder gente amada no semaforo...

Mas sabe Glorinha eu discordo um pouco com voce... eu sei que a gente tá nesse patamar e não dá para sair falando pra qualquer um: tire seu pe dai! mas como voce mesma disse, da para intervir com cuidado e criterio.

Educação é base sim, mas educação é isso que a gente tá fazendo aqui, nao é?

Sobre a politica brasileira eu realmente não sou das melhores para falar... porque eu nao consigo ver o quanto o sistema nao corroi individuos e boas vontades.. isso e desanimador...

a corrupção deve ser dos maiores problemas que temos... sem contar a desigualdade...

Então minha ideia não e que a gente vai sair por ai arrumando briga ou morte, mas que a gente faça essas pequenas coisas e mostre para quem conhecemos que eles tambem devam fazer.

Voce economiza agua? mas quantos de seus amigos fazem o mesmo?

Eu, por exemplo, sou uma cidada consciente, mas preciso me controlar para nao sair comprando tudo quanto e tralha no IKEA daqui, loja que eu amo... o mesmo que milhares fazem na 25 de março, por exemplo...

Entende? a gente faz coisinhas ou coisas importantes todos os dias, mas tem sido taaaao pouco Glorinha.

E eu sei que demora, que leva anos, que talvez a humanidade nao consiga mesmo... que a gente desapareca, mas para alem dos politicos corruptos (embora eu nao ache que todos sejam) há quase 200 milhoes de habitantes nesse país...

nao e possivel que se a gente fizer um bom tanto todo dia os politicos ainda consigam nos fazer perder...

tem que ter fe, acreditar e agir ne Glorinha?

otima segunda azul pra voce! e espero que tudo esteja bem ai em Niteroi!
Anônimo disse…
Olá Somnia! Isso é o que eu chamo de post consciente! E cada vez me convenço mais, a questão é cultural/educacional, de berço, de dentro da nossa casinha, é ali que a gente aprende, que toma consciência de nossas mútuas responsabilidades. É ali que se incorporam esses hábitos saudáveis e necessários, ou melhor, vitais, para nós e para o planeta! Parabéns por esse "acordar". Todos nós, sem exceções, precisamos estar sendo constantemente "acordados" para não esmorecer conosco, com nossos semelhantes e com nossas crianças e com o planeta. Beijo grande.
Que post maravilhoso Somnia!

É preciso cuidar do planeta sim e é preciso conscientizar as pessoas (o que é difícil)

Muitos falam e não fazem sua parte, uma guimba de cigarro jogada na rua, não parece nada, mas mil guimbas de cigarro entope bueiros, contribuindo para alagamentos.

Prefeitura e autoridades tem culpa do que está acontecendo com nossa planeta, tem, mas a população também tem!

Eu tenho feito minha parte e ensinado às pessoas que estão à minha volta à fazer sua parte tb, porque eu sonho com um futuro digno para meus filhos e netos.

Parabéns pelas suas belas e inteligentes palavras!

Você é muito querida!
E o bebê que está crescendo em seu ventre, como vai??

beijos para o pequeno Angelo e para ti.
♥ "Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros" Ernesto Che Guevara ♥
Lu Souza Brito disse…
Olá. Muito oportuno o seu post. A conscientização é um processo longo, quase doloroso, mas temos que começar em algum momento né?
Eu sou considerada a ecochata da familia, porque coloco todo mundo pra separar o lixo, economizar agua (principlamente no banho, q durava até 20 minutos), a apagar as luzes, a nao comprar tantos enlatados, enfim. E como nao tenho papas na lingua, eu chamo atençao de pessoas no trem/ ônibus e nao tenho medo de cara feia não...

O que eu faço:
Recuso sacolas em lojas, supermercado (carrego duas sacolas de pano)
Evito comprar produtos que tenham muita embalagem (enlatados por exemplo, salgadinhos, etc)
Economizo agua e luz (pra tudo: banho, lavar louça, limpar casa).
Chamo atenção das pessoas se vejo jogando lixo em qq lugar!

O que poderia fazer:
Multirão de limpeza no bairro e conscientizar mais as pessoas;
Reutilizar algumas embalagens
enfim...muitas coisas!
Somnia, acho que vc não me compreendeu bem ou então eu me expressei de modo confuso: eu concordo com tudo o que vc disse!
Acho que podemos e temos sim que fazer mais.
Que cada um fazendo e passando para os menos esclarecidos essas ideias, vai mudar sim.
Mas não será de uma hora para outra, pq é cultural, são décadas e décadas de ditadura, corrupção, ladroagem, políticos posando de homens do povo e ficando com o ego tão grande que só falta explodir!E fazendo M em cima de M...
Aqui no Brasil é diferente...vc nunca sabe qual vai ser a reação da pessoa com quem vc fala...se até em discussão boba de trânsito um mata o outro!
Acho que temos que ser ecológicos, falar, mostrar, mas sem chatice...se chatice fosse bom, resovia tudo, com tantos eco chatos no mundo e até agora não resolveu! Ser chato é contra producente!O processo é lento e aqui, vai ser mais lento ainda...quem mora e vive aqui sabe disso, pois o exemplo não vem de quem deveria vir...pelo contrário, só há maus exemplos vindos de quem deveria ensinar a ser correto.
Mas concordo com tudo, exceto que há políticos honestos e probos. Pra se fazer política há que se fazer concessões e aí é que a coisa desanda!
beijos azuis.
Somnia Carvalho disse…
Oi Marli!

concordo que valores morais e eticos vem de berço e quanto mais cedo ensinados melhor sera!

eu so fico pensando o seguinte: certa vez quando eu normalmente justificava qualquer atitude de alguem pela sua pobreza e falta de informacao minha psicologa da epoca me disse que eu nao considerava que as pessoas tinham uma parcela de escolha...

e que elas se formam durante a vida toda...

ela deu o exemplo meu mesmo... minha familia nunca estudou porque nao pode... eu nao consegui parar ate pouco tempo atras... quer dizer essa coisa de valorizar a formacao educacional nao recebi em casa, porque eles nao sabiam exatamente como me passar isso... meus pais me mostraram que eu deveria ir a escola e levar a serio o que as professoras diziam...

o resto eu aprendi com gente que conheci quando era adolescente e mais jovenzinha...

entao eu me pergunto se esse berço nao quer dizer necessariamente a casa da gente... mas educacao tem que vir de algum lugar na minha opiniao entende?

passei pelo seu canto azul tambem!

seja bem vinda!
Somnia Carvalho disse…
Barbie,

voce tem razao: falar e falar e falar nao da em nada...

A gente deve sim ter olhos abertos para nossos governantes, mas a parte que nos cabe e preciso que nos mesmos facamos nao e?

obrigada por sempre me perguntar do nenem aqui de dentro!!!

ele ou ela vai bem... crescendo e se esticando, quase da pra ver mexer por fora ja...

acho que dessa vez meu barrigon vai explodir no final!

beijo
Somnia Carvalho disse…
Lu,

sua lista do que faz e muito interessante! e me lembrou o quanto sofro vendo o pessoal no pao de açucar de sao paulo desperdiçar dezenas de sacolinhas para por uns produtinhos...

em um deles, onde eu sempre levo as minhas de pano, a mocinha viu que eu tinha a de pano e eu queria empacotar eu mesma, mas ela querendo ser super prestativa usou umas 15 de plastico para colocar tudo primeiro depois pos dentro da minha de pano! pirei!

nem mesmo o pao de acucar consegue instruir seus proprios funcionarios quando alguem leva a sacola ecologica que eles vendem na loja...

beijos e volte sempre!
Somnia Carvalho disse…
Glorinhaaaa,

entendi! entendi melhor agora! vai ver eu me empolguei na resposta! rs...

entao, e verdade... demora... demorara muito...

eu penso nisso amiga todo santo dia que to aqui... nao porque aqui seja perfeito, mas pelas coisas que disse antes... eles resolveram problemas graves de base e agora da pra se preocupar com a questao ecologica de um modo diferente...

eu entendo sua decepção com a politica... entendo mesmo perfeitamente... em certos anos para ca para nao me decepcionar mais eu decidi me recusar a ler editoriais e noticias que me mostrassem mais e mais corrupcao...

o problema e que nao adiantou muito... ainda nao consigo mais ler jornal como lia diariamente procurando por todos os problemas do pais... sei que esse nao e o caminho, mas e um jeito de me manter mais colorida... com animo.

mas embora eu creia tambem que a saida seja loooonga e dura eu sinto que devemos continua remando, entende?

beijao!
Maariah disse…
Somnia, há sempre mais qualquer coisa que podemos fazer. Muito interessante o post, a começar pelo titulo, basta fazermos aquilo que estamos carecas de saber. Eu tenho alguns cuidados, mas sei que podia fazer mais. Assim que passemos a ter determinadas hábitos e os passarmos aos que nos são mais próximos torna-se tudo mais fácil. Por exemplo: não consigo lavar os dentes com a torneira aberta, de um modo geral ver uma torneira aberta sem estar a ser utilizada faz-me confusão.

Por outro lado tenho por hábito passar toda a loiça por água antes de a colocar na máquina. Eu sei é desperdicio, mas também me faz confusão não o fazer.

A reciclagem já se tornou um hábito. Aqui em Portugal acho que teve muito sucesso uma campanha com crianças, eram elas que nos ensinavam como reciclar e a importância disso. Ter as crianças como aliadas é muito importante, pois o assunto é focado na escala e são elas que levam para casa essa mensagem.

Tenho sacos próprios para as compras mas imprimo mais do que as vezes necessárias.

Enfim, por cada gesto bom que tenho encontro de certeza um onde posso melhorar. Esse é o caminho, melhorar sempre.

Somnia, não consigo enviar-te o e-mail. Podes confirmar o endereço?
Beth/Lilás disse…
Sonildes, meu amor!
Post legal, importante, mais ainda pra galera que aportar por aqui e não está na sintonia do nosso convívio diário, pois todo mundo que aqui fala, já postou algo parecido e está nesta luta.
Só espero que nossas palavras não sejam 'um tiro no pé', porque quem deveria ler mesmo isso tudo, com certeza, não entra num blog bacana como o seu, como os nossos.
Penso tambem que a atitude em proteger a natureza, que europeus como suecos, por exemplo, já adquiriram, pode ser o reflexo de um governo que protege, que cuida com carinho de seu povo, não os deixando em filas para a saúde, morando em lixões ou sem aulas como ficarão agora um grande número de crianças da rede público no Brasil, já que as escolas estão sendo usadas como abrigos para os que ficaram sem suas casas nestas enchentes. Então, um governo que cuida de seu povo, que dá educação e que o protege, receberá em troca,
benefícios como este que você citou - "não ponha os pés aí, isso pertence a todos", gente comum cuidando do bem comum.
Do alto de meus 57 anos, já aprendi muito e faço o meu melhor, quando posso ensino, mostro o correto, mas tenho que corroborar com o que minha amiga Glorinha enfatiza, pois no momento atual a que estamos passando aqui no Brasil, qualquer coisa que você tentar fazer, sem muito tato, poderá ter como resposta uma violência absurda.
Por estas mesmas razões, muitos políticos ou fiscais não sobem em morros e retiram pessoas de algumas áreas de risco, pois serão recebidos a tiros ou pedradas.
E digo mais, a todas vocês que estão morando fora do Brasil há tanto tempo, se voltarem experimentarão o que digo ou correrão o risco de viverem tristes e frustradas com o que gostariam de ver ou fazer por aqui, porque até para fazer o bem hoje está difícil, muito difícil.
Vou tentar me posicionar melhor, dando um exemplo de um militar que esteja sendo julgado por atos de guerra no passado. O júri terá que se transportar para a ambientação daquele tempo e lugar, só assim poderá fazer um julgamento justo.
Então, as pessoas que estão fora do cenário atual do Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, com seu alto grau de violência urbana, torna-se extremamente arriscado fazer posicionamentos enfáticos e pragmáticos, pois o risco de violência corporal é mega real.
Aqui, estamos vendo, constantemente, que a simples discussão em um cruzamento de trânsito, resulta em tiros e morte, discussões em bares por time de futebol, enfim ... não há como, de longe, avaliar sem estar nesse cenário quase de guerra (urbana).
E, digo mais, é o meu ensinamento diário para o meu filho e meu marido, não reagir, sem avaliar detidamente o seu entorno, porque a consequência pode ser fatal.
Vamos continuar fazendo nossa parte, dando o exemplo com a atitude, conversando com o porteiro, com a faxineira, com as pessoas mais humildes que não conseguem visualizar estes detalhes mínimos de separação e economia, até mesmo os filhos da gente quando ficam por muito tempo sob um chuveiro, falar mesmo, mostrar o quanto uma atitude, mesmo pequena, poderá ser um grande passo para a humanidade.
um super beijo carioca
Lúcia Soares disse…
OI, Somnia Sônia.
Já falaram tudo, e bem.
Eu nem posso fazer mais do que já faço, sou suuuuuper econômica, meu filho até me chama de "cesta básica", porque não compro a maioria dessas "porcarias" que os supermercados nos oferecem, nunca tive geladira cheia, aquelas "de anúncio", pois minha experiência é que as coisa se perdem muito mais do que são consumidas.
Água, aqui em casa, pago quase o mínimo! Rsrsrsr
Não agora, com criança em casa, e nem na época em que criava os filhos,mas sou uma pessoa consciente demais, nesse aspecto.
Não sou absolutamente consumista, nunca aderi a modismos, minha casa é clean, no sentido não de clara, mas de despojada mesmo.
Faço o que é devido, em matéria de separar lixo, etc.
Enfim, achei seu post lindo, e oportuníssimo.
É melhor ter muitas "chatas" conclamando o povo a cooperar do que ser omissa.
Bj
Somnia Carvalho disse…
Maariah!

eu entendo o que vc diz: no fundo a gente faz umas cosias e outras sao mais dificeis porque tem a ver com o que aprendemos desde criancas...

tambem economizo por exemplo de nao lavar a louca antes de por na maquina... isso me da ate um negocio, mas tenho amigas queridas que sao super cuidadosas com o lixo e acham importante lavar a louca antes... embora esteja provado que a maquina tirara toda a sujeira e e mais ecologico fazer assim..

acho que o legal e ter a consciencia do que nao fazemos... porque e isso que talvez faca diferenca... mudar o que ainda nao mudamos...

eu preciso tomar banho mais curto... nao e tao longo, mas sei que ainda exagero...

e assim vamos!
Somnia Carvalho disse…
Betíssima,

eu sei... acho que voces estao vivendo uma realidade que eu de fato nao consigo ainda imaginar... embora eu tenha saido do brasil so ha 3 anos... em sao paulo nunca fu assaltada, gracas a Deus! nada me aconteceu...

e uma guerra! e sei...

acho que meu post nao foi muito bem interepretado por conta de eu ter falado que os suecos chamam atencao dos outros na rua... eu imaginei que isso voces ficariam meio incomodados...

o post tem a seguinte ideia: o que voce ja faz para salvar o meio ambiente e OTIMO super legal, quando digo VOCE eu to falando comigo mesma, entende?

eu nem deveria ter escrito voce no titulo do post, porque era uma conversa e decisao comigo mesma e tambem eu estava arrecadando mais gente para minha "luta particualar".

Eu sei que vc tem feito isso muito bem, como a Camilitia, voces estao na luta antes!

mas o que me fez pensar foi... a gente sempre fala do que ja faz... entende? mas ainda nao e suficiente... entao o que e que a gente nao faz e sabe que deveria e ate consegue fazer, mas esta acomodado por certas coisas e pensando: ja faco a minha parte!

entendeu lilla?

eu tambem faço algumas coisas, mas me incomoda o que nao faço... entao nao quero que ninguem se meta numa guerra no rio, em sao paulo, com gente na rua.. .foi so um exemplo de como os suecos entendem que precisam cobrar atitudes...

o que pensei e da gente unir aquilo que podemos fazer ja agora a mais do que estamos fazendo e por em pratica... e passar isso adiante...

talvez eu explique tudo isso num outro post.

beijocas lindona!
Somnia Carvalho disse…
Lucinha,

ta ai lindona uma coisa que eu preciso aprender: com comida! eu nao jogo fora, mas eu tenho mania de comprar pensando que vou cozinhar, entende?


tento aproveitar tudo, mas da pra ser mais economica... e algo que me incomoda muito e voce disse faze lo muito bem!!!

como eu disse ai em cima pra betona: acho otimo a gente pensar no que ja faz e divulgar pros outros aprenderem! eu aprendo com vc e vice versa...

e a gente tambem pode pensar se ha algo que ainda da pra mudar...

beijocas
Anônimo disse…
Que lista é essa???
Bjs
Beth/Lilás disse…
Amiga,
Claro que eu entendi o que vc quis dizer com esse post e, claro, também, sei que não falou para nenhum de nós diretamente, mas quis justificar nossa postura de uma maneira geral diante dos problemas.

Mas, veja só este trecho do excelente blog da Jornalista Cora Rónai:

---------------------------------------------------------------------------------------------------------

"Há alguns (muitos) anos eu estava em Congonhas, caminhando com outros passageiros em direção ao avião que me traria de volta para o Rio, quando o sujeito que ia à minha frente, tendo terminado de ler o jornal, atirou todas as suas folhas ao vento. Tenho testemunhas: o sujeito era o cultíssimo, elegantíssimo, refinadíssimo Mario Henrique Simonsen, e até hoje não consegui esquecer o seu gesto de absoluta barbárie.

Ora, quando até um Mario Henrique Simonsen acha normal jogar um jornal inteiro (!) na pista de um aeroporto (!!!), o que se pode esperar de pessoas menos sofisticadas? É evidente que temos uma grave falha cultural em relação ao lixo; ou o governo toma providências em relação a isso, criando campanhas de conscientização permanentes e multando os porcos, ou continuaremos na mesma, pois já ficou claro que, em casa, esta educação não está funcionando.

Impossível não é. O cigarro, com todo o lobby das companhias de tabaco por trás, passou a ser mal visto; a mesma coisa se poderia fazer com o lixo, que sequer emprega marqueteiros internacionais.

Já está provado: o ser humano pode ser treinado."

-----------------------------------

A punição tem que mexer no bolso das pessoas, senão nada conseguiremos por aqui.

bjs cariocas
Xu disse…
Caraca! Me perdi com tanto comentário...rs... o assunto foi sucesso total, hein muié? Fiquei super feliz de saber q tem gente MUITO + eco-chata que eu... kkkkk! Ufa, que alivio!

O q me irrita?
1. gente q joga lixo na rua.
2. ver luz acesa desnecessariamente. no trabalho, já estou com fama de "doida"... pois passo na frente das salas reuniões (qdo nao tem ninguem dentro, claro! rs) e entro só pra apagar as luzes.
3. praia e mar sujos. nossa, isso dá mta raiva!

o q eu nao faco ou faco "errado"?
1. sempre uso o carro pra ir trabalhar... só fui 1 vez de onibus.
2. enxáguo a louca antes de por na máquina... mas faco isso pra poder lotar a máquina e ligar 1 ou 2x por semana, já q a gente não suja tanta louca assim aqui em ks. hmmmm, arrisquei uma desculpinha (rs) pra compensar. ;-)
3. desperdico comida... desculpa Camila... to melhorando, mas ainda jogo mta coisa fora. sinto falta de umas embalagens pequenas (individuais) q o pao de acucar tem, por ex, mas q nao se encontra aqui na suécia.

Deve ter + coisa... mas não me lembrando agora.

bjos
Somnia Carvalho disse…
Catiana,
e uma listinha que sugeri no post que voces facam...

primeira com 3 coisas que te irritam muito na atitude nao ecologica de quem vc conhece ou nao conhece...

e 3 coisas que voce mesma poderia mudar nas suas...
Somnia Carvalho disse…
Lilas, muito bom esse texto ai que voce mandou!!

mostra exatamente como agir eticamente nao depende de ter dinheiro ou nivel escolar...

nivel escolar e ter dinheiro pode ajudar a pessoa a ter acesso a informacao e valores, mas nao necessariamente ela reproduz o que aprende!!!

perfeito!
Somnia Carvalho disse…
Mulé,

eu entendi sua listinha e pensei que no fundo ha coisas que meio que fogem ao nosso controle... embora a gente ainda possa tentar fazer diferente.

uma das coisas que mais adoro e admiro e aquela sua lixeira que separa todo tipo de material... eu queria uma igual!

acho fantastico como vc separa tudo com detalhes e tal!

e um exemplo!

eu nao consigo lavar a louca antes de por na maquina, me sinto ultra mega mal, mas como vc disse eu lavo uma ate duas maquinas de louca por dia de tanto que cozinho, mas vcs quase nao usam...

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