(Kátia Celeiroz na infância e sua família)
A participante de hoje é também uma blogueira da "cidade sangue quente, purgatória da beleza e dos caos". Sim! Kátia Celeiróz é carioca e gosta de escrever sobre memórias e hipocrisia em seu blog que tem há 4 anos. Apesar de "não gostar de títulos", Kátia é formada em Letras e está estudando Logística no SENAC porque a vida nem o mundo podem parar!
A Kátia não quer ser escritora, não deseja viver das letras, mas não consegue deixar de escrever sobre seus sentimentos. Isso, diz ela, é o que move sua "Literatura Mundana".
Eu não conhecia a Kátia e ela é a primeira pessoa quem anuncio aqui no concurso de quem eu não tenho uma história de relação minha com ela para contar, mas exatamente por isso fico tão feliz apresentando seu texto. Saber que daqui do meu escritório na quase Lapa de São Paulo eu consigo me conectar substancialmente com gente que anda vivendo sua vida por outros cantos do mundo.
Que o Cosmos é imensamente grande e os sentimentos imensamente próximos independente de onde tenhamos crescido e vivamos.
Kátia, obrigada pelo texto e pela sua participação! E espero que esta história de troca esteja só começando...
E para quem ainda está com aquele desejo de escrever entalado na garganta eu só tenho a dizer: "agora só falta você!". O prazo termina dia 10!
Tempos felizes
"Eu já não me lembrava mais dessa foto, mas lembrava do dia em que foi tirada: quando o padrinho do meu irmão trouxe esse cavalo enorme de São Paulo para o Rio e deu de presente para ele.
Lembro que sentia um pouco de inveja porque o padrinho do meu irmão sempre trazia presentes caros para ele.
Nessa época nós morávamos em um apartamento na Rua Arthur Timbau em Niterói e pouco convivíamos com outras crianças porque o prédio não tinha play e não deixavam a gente brincar na garagem.
Quando muito, meu pai pegava o carro, uma Variant 74 e nos levava para dar uma volta na praia e, quando estava de bom humor, parava em algum barzinho para comermos batatas fritas encharcadas de Ketchup.
O dinheiro não sobrava muito naquela época, mas estávamos sempre juntos...
Os momentos mais felizes que vivemos foram em família.
O tempo passou e levou com ele as pessoas, tirou o sorriso do rosto da maioria de nós, trouxe intrigas, briga e separações.
Não somos mais os mesmos, não somos mais tão felizes e talvez não sejamos mais nem mesmo uma família, apenas algumas fotos fazem questão de nos lembrar desses tempos que éramos tão felizes, tão ingênuos e tão unidos."
Kátia Cristina Celeiróz
Comentários
Será se nao dá pra olhar a foto e tentar sentir a mesma felicidade de antes, hoje? Daí talvez, mostrar esta e outras fotos junto com uma cartinha, tendo esse texto pra o resto da família que restou e tentar assim, de algum modo, trazer os sorrisos aos rostos?
Tentar nao vai fazer mal algum, pelo contrário, pode ser que faca só bem.
Sinto mt dó qd uma família se distancia tanto.
Muito bonitas e singelas lembranças daquilo que é o mais importante na vida das pessoas - família.
bjs cariocas
Mas, pensando bem, talvez isso nao seja possivel, com as mudancas sofridas e sentidas por cada um.
Bjs e dias felizes